This research is the result of ethnographic observations about a proposed cut to a particular frame of transnational migratory movement. From the approach of a specific case, emigration is taken from different scales of analysis, but with emphasis on the ways in which it is produced and meant at the local level. The frame refers to the seasonal movements focused on departure and return of emigrants from the village of Vilas Boas, northeast of Portugal. I seek to follow the agents for their displacements between the context of departure and destination contexts for which they headed, without losing the perspective of the village as the focus of interest in social participation of agents. Most of the field work, however, occurred in the context of massive return of migrants to the village for the celebration of a religious festival site. In this context are observed the different ways in which the emigrant group relates to the people residing in the village as well as the ways in which their participation in making the party and the local social life. It is, therefore, a reflection on practices that sustain social relations transnationally and update the reunion caused by return.
A proposta de aproximar analítica e comparativamente os universos artísticos do Brasil e de Portugal do século XIX não é inédita. Na verdade, os nexos históricos e lógicos possíveis entre esses dois contextos nacionais já foram apontados significativamente por diversos autores 2 . E tal como sugerem, mais do que produzir algumas aproximações ou paralelismos, pensar a arte nesses dois países nesse exato contexto implica relacioná-los. Ou seja, havia uma significativa circulação de agentes e ideias entre os dois países que configurava uma rede extensa de relações e correlações.Vale notar, no entanto, que essa circulação se fazia prioritariamente no sentido de Portugal para o Brasil. A recíproca não era equivalente. Enquanto contam-se numerosas exposições portuguesas no Brasil, sobretudo no Rio de Janeiro, as incursões de artistas brasileiros por Portugal são bastante mais raras, para não dizer inexistentes 3 . Desde pelo menos o final da década de 1870 podemos listar a exposição de produtos portugueses em solo brasileiro que contou com uma seção de belas artes. Foram comuns também as participações de artistas portugueses nas exposições gerais da Academia Imperial de Belas-Artes (AIBA) do Rio de Janeiro, e ao longo das duas primeiras décadas do século XX foram diversas as exposições individuais de artistas portugueses no Brasil. Isso tudo sem ainda mencionar a notória circulação de críticos portugueses pelo Brasil, e os periódicos produzidos e idealizados por lá e aqui vendidos.Claro que essa tendência tem a ver com a condição histórica da cada país no quadro geral do período. Ex-colônia recém independente, em termos especificamente artísticos o Brasil possuía menor acúmulo institucional. Muito embora as academias dos dois países tenham sido fundadas em datas muito próximas (a AIBA ligeiramente mais antiga, inclusive), Portugal contava desde o final do século XVIII com meios institucionalizados (embora precários) de formação e amparo de artistas. É preciso destacar nesse âmbito a Academia de Portugal em Roma, por exemplo, que rece-1 Doutorando em Sociologia e Mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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