ResumoForam pesquisados os fatores que contribuem para a vulnerabilidade de homens e mulheres que vivem com HIV/aids, usuários dos Serviços de Atendimento Especializado (SAE) em DST/aids, se examinando as diferenças sociodemográficas e epidemiológicas, além de seu acolhimento e acesso ao diagnóstico e tratamento. Realizou-se um estudo observacional, descritivo e de corte transversal, em que foram entrevistados 248 indivíduos, entre outubro e dezembro de 2007. Para análise, empregou-se o teste do qui-quadrado de Pearson e a análise multivariada através da técnica CHAID (nível de significância de 5%), observando-se as variações por sexo. Percebeu--se que alguns elementos de ordem individual, social e programática, incluindo questões de gêne-ro, contribuíram de maneira significativa para a vulnerabilidade dos entrevistados. Observaram-se importantes diferenças entre homens e mulheres, considerando: emprego e renda, total de parcerias e uso de preservativo. A forma de acolhimento e acesso ao diagnóstico e tratamento nos SAE se apresentou como um elemento de incremento de vulnerabilidade, por não promover um atendimento integral aos usuários. Identificaram-se, ainda, aspectos de vulnerabilidade diferencial no grupo das mulheres em relação ao "uso do preservativo após o diagnóstico", associado ao tipo de parceria (fixa ou não) e ao "entendimento do que lhe diz o infectologista durante as consultas", o qual esteve relacionado diretamente ao tempo de atendimento 1 Pesquisa financiada pela Unesco através da chamada para seleção de pesquisas sobre população negra e HIV/Aids nº 2/2005, do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR)/UNESCO.
O presente artigo consiste em um estudo descritivo e interpretativo de natureza qualitativa que reflete sobre memórias de heteronormatização escolar. Para tanto, foram ouvidos quatro militantes do Movimento LGBT em Belém/PA que, por meio de entrevistas semiestruturadas, responderam a seguinte questão; que experiências de heteronormatividade foram vividas durante seu processo de escolarização? Os dados obtidos, categorizados e submetidos a análise de conteúdo apontaram uma intensa investida escolar no sentido da conformação de corpos ao ideal heterossexual. Nesses processos, diversos sujeitos da comunidade escolar, a partir de intervenções nada sutis, se apresentam aos estudantes no sentido de garantir a replicação social da convergência entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual. Tais apontamentos revelam que na escola heteronormativa a ideia de autodeterminação, de apreço à diversidade e respeito a dignidade humana naufraga frente à força de uma norma que fortalece o ódio e alimenta a exclusão social.
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