RESUMOINTRODUÇÃO: A espécie Calycophyllum spruceanum, pertencente à família Rubiaceae, conhecida popularmente como mulateiro, tem sido amplamente utilizada na região amazônica devido aos vários benefícios no uso cosmetológico, antiinflamatório e antimicrobiano. Nesse sentido, considerando a ampla utilização de C. spruceanum, muitas vezes de forma empírica, evidencia-se a necessidade de realizar estudos mais aprofundados com a espécie. OBJETIVO: Realizar a caracterização fitoquímica e avaliação da atividade antimicrobiana dos extratos brutos de C. spruceanum. MÉTODOS: As cascas de C. spruceanum, foram extraídas com hexâno e metanol, posteriormente o extrato metanólico foi fracionado por partição líquido-líquido com diclorometano (DCM) e acetato de etila (AcOEt). Todos os extratos e fases foram analisados por cromatografia em camada delgada comparativa (CCDC), utilizando-se reveladores físicos e químicos. A avaliação da atividade antibacteriana foi realizada pela metodologia de microdiluição em poço (CLSI, 2013). RESULTADOS: A avaliação cromatográfica permitiu observar indícios da presença de iridoides, terpenos, alcaloides, substâncias fenólicas entre os extratos hexânico e metanólico. No ensaio antimicrobiano o extrato metanólico apresentou uma concentração mínima inibitória (CIM) de 500 μg frente às 6 cepas testadas. Por outro lado, o extrato hexânico apresentou a menor taxa inibitória somente frente às bactérias Aeromonas hydrophila e Pseudômonas aeruginosa, as fases DCM, AcOEt e hidrometanólico obtidas do extrato metanólico mostraram atividade antibacteriana frente às cepas Acinetobacter baumannii, Aeromonas hydrophilae, Salmonella enteritidis. CONCLUSÕES: Evidenciou-se o potencial farmacológico da espécie C. spruceanum. Amparados pela confirmação da sua caracterização fitoquímica, os extratos vegetais foram analisados e comparando sua ação antibacteriana, sendo essas porcentagens influenciadas pelos solventes utilizados na extração, possibilitam estudos posteriores especificando sua sensibilidade e especificidade, visto que seus valores foram satisfatórios.
The antimicrobial potential of Aspergillus sp., isolated from the Amazon biome, which is stored at the Amazon Fungi Collection-CFAM at ILMD/FIOCRUZ, was evaluated. The fungal culture was cultivated in yeast extract agar and sucrose (YES) for cold extraction of the biocompounds in ethyl acetate at 28 °C for 7 days in a BOD type incubator. The obtained extract was evaluated for its antimicrobial activity against Candida albicans and Gram-positive and negative bacteria by the “cup plate” method and the determination of the minimum inhibitory concentration (MIC) by the broth microdilution method. The extract was subjected to thin layer chromatography (TLC) and fractionated by open and semipreparative column chromatography. The fractions of interest had their chemical constituents elucidated by nuclear magnetic resonance and mass spectrometry. The elucidated molecule was evaluated for cytotoxicity against the human fibroblast strain (MRC5). The extract presented inhibitory activity against both Gram-positive and negative bacteria, with the range of inhibition halos from 5.3 to 14 mm in diameter and an MIC ranging from 500 to 15.6 μg/mL. Seventy-one fractions were collected and TLC analysis suggested the presence of substances with double bond groups: coumarins, flavonoids, phenolic, alkaloids, and terpenes. NMR and MS analyses demonstrated that the isolated molecule was kojic acid. The results of the cytotoxicity test showed that MRC5 cells presented viability at concentrations from 500 to 7.81 μg/mL. The kojic acid molecule of Aspergillus sp., with antibacterial activity and moderate toxicity at the concentrations tested, is a promising prototype of an alternative active principle of an antimicrobial drug.
O presente trabalho investigou o potencial biotecnológico do fungo endofítico Graphium jumulu. O fungo foi cultivado em meio caldo de batata suplementado com 0,2% de extrato de levedura, em agitação a 120 rpm, a 30°C durante 20 dias, sendo os metabólitos do micélio extraídos com acetato de etila em banho ultrassom. O extrato foi testado para as atividades de toxicidade, antioxidante e antibacteriana, e não demonstrou efeito tóxico e nem atividade antioxidante, apresentando somente atividade antibacteriana, o que levou a seu fracionamento e, posterior, isolamento da substância: 4,9-dihidroxi-1,2,11,12-tetrahidroperileno-3,10-quinona. Esta substância foi testada frente as cepas patogênicas Acinetobacter baumannii, Aeromonas hydrophila, Edwardsiella tarda, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas fluorescens, Salmonella enteritidis, Serratia marcencens, Staphylococcus aureus. A substância não inibiu nenhuma das cepas avaliadas, entretanto estimulou o crescimento bacteriano de todas, com destaque para S. aureus, A. baumannii e S. enteritidis, que apresentaram um crescimento de forma linear crescente em função da concentração da substância. Conclui-se que a 4,9-dihidroxi-1, 2,11,12-tetrahidroperileno-3,10-quinona é um potencial estimulador do crescimento microbiano sugerindo a continuidade de avaliações frente a outras bactérias de interesse clínico e de interesse industrial. Este é o primeiro relato desta substância no fungo endofítico G. jumulu.
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