Resumo O sistema financeiro desempenha papel crucial em qualquer economia. Fatores como forte regulamentação do setor bancário, mensuração e avaliação em termos de desempenho e eficiência vêm sendo fundamentais para as instituições financeiras. A sustentabilidade de longo prazo de cooperativas e bancos demanda a identificação e a comparação das variáveis que influenciam sua rentabilidade. Este estudo realizou a análise de um painel de instituições com características similares, compreendendo o período de 2009 a 2013. Os resultados indicaram que o retorno sobre o ativo dessas instituições mostrou-se afetado por: empréstimos, eficiência (mensurada por meio de análise envoltória de dados), despesas totais, depósitos totais, outras receitas e taxa Selic. Já o retorno sobre o patrimônio líquido mostrou-se influenciado por: depósitos totais, empréstimos, taxa Selic, PIB, inflação, outras receitas e despesas totais. Na amostra estudada, os resultados indicaram que não há diferença estatística se a instituição financeira for classificada como banco múltiplo ou como cooperativa de crédito quando considerado o ROE como medida de desempenho.
A estrutura de capital está sendo estudada profundamente desde os trabalhos de Modigliani e Miller (1958 e 1963). Neste contexto, os pesquisadores vêm buscando explicar a utilização das mais diversas estruturas de capital utilizadas e suas aplicações. Assim, esta pesquisa busca identificar como está sendo pesquisada a estrutura de capital em periódicos nacionais. Para tal, foi realizado um levantamento bibliométrico na base Periódicos Capes com os termos estrutura de capital e estrutura da dívida, no título ou palavras-chave. Foram encontrados, ao todo, 80 artigos. De maneira geral, os resultados dos trabalhos apontaram que as empresas brasileiras tendem a adotar uma estrutura de capital baseada na hierarquia de fontes de financiamento. Contudo, na presença de incentivos governamentais, possivelmente, as teorias não seriam aplicadas. Diante da diversidade de variáveis empregadas nos trabalhos foram propostas algumas categorias a serem incorporadas nos modelos, tais como: tamanho, tangibilidade, rentabilidade, gestão, risco, macroeconômico e alavancagem.
This study sought to analyze the variables that can influence company bankruptcy. For several years, the main studies on bankruptcy reported on the conventional methodologies with the aim of predicting it. In their analyses, the use of accounting variables was massively predominant. However, when applying them, the accounting variables were considered as homogenous; that is, for the traditional models, it was assumed that in all companies the behavior of the indicators was similar, and the heterogeneity among them was ignored. The relevance of the financial crisis that occurred at the end of 2007 is also observed; it caused a major global financial collapse, which had different effects on a wide variety of sectors and companies. Within this context, research that aims to identify problems such as the heterogeneity among companies and analyze the diversities among them are gaining relevance, given that the sector-related characteristics of capital structure and size, among others, vary depending on the company. Based on this, new approaches applied to bankruptcy prediction modeling should consider the heterogeneity among companies, aiming to improve the models used even more. A causal tree and forest were used together with quarterly accounting and sector-related data on 1,247 companies, 66 of which were bankrupt, 44 going bankrupt after 2008 and 22 before. The results showed that there is unobserved heterogeneity when the company bankruptcy processes are analyzed, raising questions about the traditional models such as discriminant analysis and logit, among others. Consequently, with the large volume in terms of dimensions, it was observed that there may be a functional form capable of explaining company bankruptcy, but this is not linear. It is also highlighted that there are sectors that are more prone to financial crises, aggravating the bankruptcy process.
RESUMOA modernização do processo de intermediação financeira e a adaptação a novas tecnologias, trouxeram ajustes aos processos operacionais e permitiram a diminuição dos custos de captação da informação, maior satisfação aos clientes, o aumento da competitividade, além de ganhos com eficiência a longo prazo. Neste contexto, esta pesquisa analisa a evolução em eficiência de escala e tecnológica das cooperativas de crédito e dos bancos múltiplos no período de 2009 a 2013. Utilizou-se o método de Análise Envoltória de Dados (DEA), o qual permite calcular a mudança na eficiência das instituições por meio do índice de Malmquist. Os resultados indicaram que instituições que empregam maiores volumes em ativos na composição dos seus recursos apresentaram evolução na eficiência de escala e tecnológica, influenciando na mudança de produtividade total dos fatores. Cabe destacar que as cooperativas tiveram, em alguns períodos, avanços em tecnologia e em eficiência de escala superiores aos bancos. De certa forma, este resultado pode ser explicado pelo fato da média de eficiência das cooperativas de crédito ter sido inferior ao dos bancos estudados no período de análise, sinalizando que há necessidade de aprimorar os processos internos por parte das cooperativas, se comparado aos bancos múltiplos pesquisados. Palavras Efficiency scale and technological change in credit unions and multiple banks using the COSIF ABSTRACTThe modernization of the financial intermediation process and adapting to new technologies, brought adjustments to operational processes, providing the reduction of information borrowing costs, allowing generate greater customer satisfaction, due to increased competitiveness in addition to making gains with long efficiency period. In this context, this research aims to analyze the evolution in scale and technological efficiency of credit and multiple cooperative banks from 2009 to 2013. We used the method of Data Envelopment Analysis -DEA, which allows to calculate the change in efficiency of institutions through the Malmquist Index. The results indicated that institutions that employ larger
Modelos para analisar o retorno de ativos vêm sendo estudados ao longo dos anos. Um modelo recentemente desenvolvido foi o de cinco fatores proposto por Fama e French (2015). Tal modelo inclui variáveis relacionadas à rentabilidade e investimento a sua proposta anterior, modelo de três fatores (relação valor patrimonial/mercado, tamanho e o beta (medindo a sensibilidade do ativo em relação a carteira de mercado)). Neste cenário, a presente pesquisa buscou analisar o comportamento do modelo de cinco fatores ao contexto brasileiro. A partir das empresas listadas na Bolsa, excluindo o segmento financeiro foram construídas 25 carteiras utilizando dados trimestrais entre o segundo trimestre de 2007 até o primeiro trimestre de 2017, totalizando 40 períodos, para estimar três regressões com dados em painel (CAPM, modelo de três e cinco fatores). Os resultados mostraram que ainda existem variações não explicadas pelo modelo, apresentando em alguns momentos interceptos significativos, contradizendo as premissas básicas do CAPM. Contudo, observa-se pelos resultados que existem ainda distorções provocadas pela taxa livre de risco utilizada. Há de ser destacado que os retornos das ações de empresas pequenas parecem não ser superiores aos das grandes empresas, como prevê a teoria, devido à elevada exposição ao risco. Neste contexto, os resultados são contrários aos resultados esperados pelo modelo analisado. Observa-se também uma melhora no poder de explicação com a inclusão de mais dois fatores em detrimento aos modelos anteriormente testado. Sugere ainda a possibilidade de aprimoramento do modelo ao não captar anomalias de momento.
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