Este ensaio visa destacar as afinidades eletivas entre o pensamento de Bertolt Brecht e Walter Benjamin. Percorrendo ensaios, peças teatrais e documentos, analisaremos ao longo do texto questões como o engajamento intelectual, o exercício da crítica da sociedade e a relação entre arte a política. Nesse sentido, partindo de uma análise do teatro épico brechtiano apresentaremos os contornos desse empreendimento de arte engajada. A seguir, apontaremos as afinidades entre o teatro épico e o que Benjamin chama de teoria do escritor progressista.Palavras-chaves: Teatro épico. Escritor progressista. Crítica. Engajamento. Arte. Política.
Este artigo tem como objetivo discutir os desafios e os potências que determinados esforços intelectuais, filiados às chamadas viradas ontológicas na Antropologia e na área de Ciência, Tecnologia e Sociedade, podem oferecer à reflexão contemporânea sobre o fazer etnográfico nas ciências sociais. Nosso argumento geral é que na conjuntura político-epistêmica atual, em que uma crise ecológica global acusa a indispensabilidade de abarcar outro mundos, novos debates trazem o potencial de promover formas de se tratar empiricamente essas questões que engajem outros modos de existência na prática científica das ciências sociais. Apresentamos o argumento da virada ontológica direcionado nos seguintes elementos. Em primeiro lugar, a importância dos Estudos de Ciência e Tecnologia para a proposição de novos entendimentos ontológicos e políticos, especificamente, a partir da teoria ator-rede. Em seguida, o papel dos estudos que versam sobre a relação entre ontologia e linguagem como forma de reconhecimento de outros sujeitos ontológicos, bem como, o acolhimento de epistemologias que foram marginalizadas no processo de modernização ocidental. Numa terceira parte, desdobramos o argumento da virada ontológica, dessa vez, com um olhar específico para o fazer antropológico, sobretudo nos conflitos existentes na pretensão entre a tradução entre mundos e as pontes entre ontologia e política.
Este artigo aborda sociologicamente a questão da forma ensaística nas obras de Georg Simmel e Walter Benjamin e seu papel para a interpretação do moderno. Em Simmel o ensaio incorpora a dinâmica dualista de sua sociologia, em razão de propor no confronto do duplo-olhar, um movimento entre interioridade e exterioridade. Benjamin propõe uma apresentação filosófica que se dedique ao movimento das ideias. Nesse sentido, se posiciona de forma crítica às tentativas da ciência organizada em cristalizar o conhecimento no estatuto da fórmula. Da plasticidade da forma ensaística, sublinha-se as afinidades eletivas da forma do ensaio como meio de exposição de pensadores como Simmel, Benjamin, Siegfried Kracauer e Norbert Elias. O conceito que congrega os autores mencionados é o de constelação. A constelação indica uma linhagem intelectual que herda do pensamento simmeliano um procedimento adotado em investigações socio-filosóficas sobre a modernidade.
Nas páginas que compõem o presente ensaio apresentaremos algumas chaves de acesso para a sociologia da arte de Georg Simmel (1858-1918). Nesse sentido, partindo da pergunta: “como Simmel associou a sociologia com o estudo das obras de arte?”, pretendemos apresentar alguns atributos da abordagem estética do autor. Percorrendo os principais ensaios sobre as personalidades estéticas, tal como, Michelangelo, Rembrandt e Rodin, sublinhamos a ligação entre a arte e a sociologia das formas sociais de Simmel. A relação entre sociologia e estética promove uma engenhosa trama de exposição ensaística poeticamente orientada. No estado da arte do pensamento de Simmel, os elementos de criatividade e engenhosidade da arte são traduzidos para um outro modo de produção acadêmica: uma sociologia como arte.
Procura-se destacar aqui, a partir do diálogo entre os escritos de Walter Benjamin e Theodor Adorno o potencial emancipatório do conceito de História em sua mediação com a concepção de educação crítica. Pretende-se indicar como o diálogo entre os dois autores propicia uma formulação crítica à barbárie moderna.
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