OBJETIVO: Aprofundar a compreensão das interações interpessoais das crianças obesas no contexto familiar e social. MÉTODOS: Foi utilizada uma metodologia qualitativa de pesquisa, adotando-se uma fundamentação teórico-metodológica apoiada na teoria sistêmica. Empregaram-se os seguintes instrumentos: entrevistas de aprofundamento; técnica do genograma e desenhos da imagem corporal. Os sujeitos da pesquisa foram crianças e seus familiares (pai, mãe e irmãos), atendidos pelo serviço de Nutrologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. RESULTADOS: Evidenciaram-se os seguintes indicadores relevantes: segredos familiares das histórias de origem das figuras parentais; relação emaranhada mãe/filhos que indica certo distanciamento dos pais na relação com as crianças; fenômenos transgeracionais em seus aspectos biológicos e simbólicos da obesidade em três gerações dos grupos familiares estudados; mitos e lealdades familiares, os quais se apresentaram como um suporte da identidade pessoal e familiar no ser gordo. Os sinalizadores auxiliaram a compreender as dificuldades do processo de diferenciação dessas crianças, ou seja, a possibilidade de o emagrecimento ser vivenciado como uma ameaça aos processos de identidade do grupo familiar. CONCLUSÕES: Este estudo possibilitou demonstrar a importância de contextualizar a obesidade na infância, retirando a responsabilidade pelo problema da própria criança e deslocando-a para o contexto sociofamiliar. A prática desta pesquisa indicou outras possibilidades de intervenção, ressaltando a atuação interdisciplinar como postura profissional relevante para o tratamento da obesidade na infância.
For nursing to respond to the contemporary care demands in a contemplative and pertinent manner, a perspective and a reference framework need to be developed, leading to broader and more contextualised actions, with a multidimensional approach to the families and communities of which child and adolescent victims of violence are a part.
Trata-se de uma palestra desenvolvida no XII Seminário "O Lazer em Debate", na qual se abordou a relação entre Lazer, Pesquisa e Interdisciplinaridade, no contexto atual das produções acadêmicas. Nesse sentido, se questionou os critérios adotados para a avaliação dos trabalhos científicos, dentro do modelo que vigora entre a maioria das universidades, os quais priorizam aspectos quantitativos e produtivistas em detrimento da qualidade da sua produção. Diante do tempo exíguo para a realização das pesquisas nos cursos de pós-graduação, principalmente no nível de mestrado, tem se produzido trabalhos mais descritivos do que analíticos e interpretativos, sem possibilidade de intervenções pertinentes na realidade social. No campo de estudos do lazer, essa premissa se torna mais complicada, considerando sua interface com a cultura, e a necessidade do desenvolvimento de estudos antropológicos. A inter e a transdisciplinaridade comparecem como possibilidades necessárias para o enfrentamento da complexidade das atividades que envolvem o contexto de estudos acerca do lazer. Todavia, perante a uma perspectiva hegemônica que impõe leituras simplificadas e ágeis diante da realidade pesquisada corre-se o risco de produzir pesquisas pouco aprofundadas. Frente a isso, a discussão deste artigo problematiza a concepção de ciência que se vem construindo, nos últimos tempos, e a qualidade do conhecimento produzido diante das pressões do atual de sistema de avaliação das universidades brasileiras.
Résumé Cet article prend appui sur une recherche menée auprès de jeunes en régime de semi-liberté bénéficiant d’une prise en charge socio-éducative à Belo Horizonte, au Brésil. Ces adolescents vivent dans un monde belliqueux où l’ethos guerrier est dominant, associé à l’idée que la virilité ne comporte pas d’affect. Construction imaginaire et réelle du monde moderne qui aliène la virilité à la violence. Le bandit n’a pas d’amis, l’amitié ferait partie du territoire du sacré. La création d’espaces privilégiés, de dialogue, permettrait de déconstruire la virilité violente et ses rapports de domination pour que l’amitié ne soit pas bannie des rapports entre les êtres humains.
Resumo: Este texto tem como objetivo fomentar discussões relativas à exploração do trabalho infantil no contexto urbano, bem como suas implicações no que diz respeito às tensões entre ser criança e ter que trabalhar, visando problematizar as condições da presença de uma determinada infância, a infância trabalhadora na metrópole, em especial, a dos "sinais" de trânsito. Busca também levantar questões referentes à rua como espaço de afirmação da virilidade, a qual se apresenta marcada por códigos e delimitações temporais próprios de um etos guerreiro, composto por trabalhadores infanto-juvenis masculinos. Palavras-chave: Infância. Trabalho. Exploração do trabalho infantil.
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