A amiloidose é caracterizada pela deposição extracelular de uma proteína fibrilar insolúvel de cadeia pesada em órgãos e tecidos e pode ser classificada como primária ou secundária. Relato de Caso: Um paciente do gênero masculino, 62 anos, apresentou queixa de dor lombar acompanhada por macroglossia. A biópsia de língua confirmou o diagnóstico de amiloidose. O tratamento instituído foi de transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas. O exame físico intraoral no período do transplante mostrou macroglossia, lábios e mucosa desidratados, sem lesões ulceradas em toda a mucosa oral e linfadenopatia submandibular. Protocolo de higiene oral foi instituído, baseado em uso de escova extra-macia e creme dental à base de clorexidina, associado a bochechos, HPA-Lanolina para a hidratação dos lábios e hidratante gel para mucosa oral. Laserterapia de baixa potência para mucosite oral teve início em D 0 até D + 11. Escala Visual Analógica foi utilizada para quantificar o escore de dor / desconforto da língua e orofaringe. A pontuação descrita pelo paciente na língua antes da laserterapia (variação de 0-6) e depois da laserterapia (variação de 0-3). O paciente atingiu o maior grau de mucosite oral (Grau 1 - OMS). Conclusães: O diagnóstico de amiloidose com manifestação bucal e a aplicação do protocolo de higiene bucal na prevenção de mucosite oral durante o transplante foram eficazes no controle e redução das manifestações bucais durante o transplante e tem recomendação para aplicação.
Indivíduos diagnosticados com Leucemia Miel ide Aguda (LMA) podem apresentar manifestações bucais decorrentes da doença e manifestaões consequentes ao tratamento de quimioterapia e radioterapia. Relato de Caso: Paciente do gênero masculino, três anos, diagnosticado com Leucemia Mielóide Aguda (LMA) refratária, diabetes mellitus tipo1 (DM1) e hipotireoidismo. Recebeu transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) alogênico não aparentado. No controle do DM1 foi utilizada terapia de infusão contínua de insulina subcutânea e bomba de insulina associadas ao controle nutricional. Exame físico intraoral foi realizado no primeiro dia da internação. Foram prescritos protocolos da instituição de cuidados de higiene bucal e de Laserterapia de Baixa Potência (LBP) para controle e prevenção da mucosite oral (MO). No D+5 com leucócitos=50/mm3 apresentou mucosite grau II, inapetência com disgeusia, levando à instalação de nutrição parenteral. Revisto o protocolo de cuidados de higiene oral pela baixa tolerabilidade e adesão, substituindo-se apenas o enxaguante oral de clorexidina 0,12% aquosa pela solução de dióxido de cloro estabilizado 0,02%, e o gel umectante oral à base de lactoperoxidase pelo gel umectante oral à base de dióxido de cloro estabilizado 0,08%, mantendo-se o protocolo de LBP. No D+7 com leucócitos=40/mm3, a MO regrediu para grau I com aceitação alimentar e eliminação do quadro de disgeusia. No D+13 com leucócito=280/mm3, MO grau 0. No D+18, data da pega da medula, foi retirada a nutrição parenteral e voltou aceitação de leite materno. Conclusões: Concluímos que a substituição do enxaguante oral de clorexidina 0,12% aquosa e do gel umectante à base de lactoperoxidase que estavam causando falta de adesão ao protocolo por intolerência pelo enxaguante oral à base de dióxido de cloro estabilizado 0,02% e pelo gel umectante à base de dióxido de cloro estabilizado 0,08% demonstrou maior tolerabilidade e retomada ao protocolo, proporcionando redução e controle da gravidade da mucosite oral, mesmo no período de neutropenia do TCTH.
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