N o início do século XXI, a América Latina (AL) vive uma profunda transformação política. Chegaram ao Poder Executivo, na maior parte dos países da região, governos identificados com um histórico de base popular, ou operária, ou camponesa, ou étnica, apresentando-se como representantes de maiorias excluídas de participação ativa da política e da economia desses países por mais de 500 anos. Assim, vimos um indígena presidente da Bolívia, um ex-operário presidente do Brasil e mulheres governando nações como Chile, Argentina e Brasil. Somados a esses fatos, os casos de Uruguai, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua e Guatemala são exemplos do que a literatura chama de "terceira onda de democratização na América Latina" (Hagopian e Mainwaring, 2005;Lanzaro, 2006) ou "maré rosa" (Panizza, 2005).Dentre os modelos em questão, aprofundaremos nossa análise sobre os exemplos brasileiro e venezuelano. São dois casos paradigmáticos. A chegada ao poder do Partido dos Trabalhadores, sobretudo com um ex-operário, seguido por uma mulher, tem um efeito simbólico incomensurável como renovação para as esperanças dos trabalhadores no Brasil.
O objetivo desta seção é trazer intelectuais e/ou militantes libertários para comentar assuntos de interesse social. Nesse segundo semestre de 2019, importantes assuntos políticos não faltaram. O novo (velho) governo brasileiro interveio em institutos federais, colocando interventores, cortou bolsas de estudos, fez contingenciamento de verba para educação. Testemunhamos uma grande mobilização internacional devido a escalada da degradação ambiental no Brasil. Na América Latina, em especial, no Chile, Equador, Haiti pipocaram movimentos e protestos sociais. Em meio a tudo isso, percebemos a ascensão de grupos proto-fascistas em outros países. O prof. Rômulo Castro, a partir da lente teórica anarquista revolucionária nos presenteou com suas análises acerca dos assuntos supracitados.
O objetivo deste artigo é analisar as posturas do governo brasileiro e a sua indisfarçável simpatia pela morte/aniquilamento de negros, indígenas, pobres e seus idosos. Necro-Estado e liberalismo econômico compõem o pior dos mundos para as novas senzalas e florestas brasileiras. Como forma de representar tais ações, apresento o conceito de Necrofilia Colonialista Outrocida (NCO).
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