Avaliou-se a variação da produção e qualidade do leite, durante 11 meses do ano através do monitoramento de nove unidades produtoras de leite (UP), escolhidas aleatoriamente por pertencerem à bacia leiteira de Pelotas. Foram realizadas coletas mensais de leite e dos alimentos de cada UP. Foram avaliadas as características físico-químicas e contagem de células somáticas do leite, além da incidência de mastite e a produção média de leite das UP. As UP foram classificadas nos seguintes sistemas de produção: especializadas, semi-especializadas e não especializadas conforme critérios previamente estabelecidos. Na análise da variância, foram considerados os efeitos de sistemas de produção, meses do ano e a interação entre sistemas e meses do ano, segundo um delineamento completamente casualizado em arranjo fatorial. Foram observadas diferenças no leite produzido nos diversos meses do ano, quanto à produção de leite corrigida, proteína bruta, teor de caseína, teor de lactose, extrato seco total, extrato seco desengordurado e incidência de mastite, não sendo observadas, neste estudo, diferenças quanto às percentagens de gordura e nitrogênio não protéico do leite nem contagem de células somáticas. Nos meses de outono e inverno, ocorreram as menores produções de leite e menores teores dos componentes químicos, enquanto a ocorrência de mastite foi mais importante nos meses de primavera - verão.
Com o objetivo de investigar o efeito de diferentes fontes de gordura na dieta de vacas Jersey sobre os consumos de matéria seca (CMS), fibra em detergente neutro (CFDN) e extrato etéreo (CEE), sobre a composição e a produção de leite (PL), foram utilizadas oito vacas Jersey, distribuídas em dois quadrados Latinos (4 x 4). Os tratamentos utilizados foram: C = concentrado sem gordura; SB = concentrado com sebo bovino; GP = concentrado com gordura protegida comercial (sais de cálcio + óleo de palma); e GS = concentrado com grão de soja. Não houve diferença para os CMS e CFDN. O CEE foi mais elevado nos tratamentos que incluíram gordura nas dietas. Os tratamentos GP e SB proporcionaram produção leiteira (PL) e produção leiteira corrigida a 4% de gordura (PLCG4%) semelhantes entre si (25,6 e 23,6 kg/vaca/dia) e GP foi superior aos tratamentos C e GS, que resultaram em PLCG4% de 23,4 e 22,9 kg/vaca/dia, respectivamente. A eficiência da produção de leite (PLCG4%:CMS) diferiu entre tratamentos. O tratamento GP apresentou a melhor eficiência de produção (1,50), apesar de semelhante ao tratamento C (1,38). Os teores de gordura (G), proteína total (P), caseína (C), sólidos totais (ST), sólidos totais desengordurados (STD), densidade (D) e índice crioscópico (IC) não diferiram entre os tratamentos. Os resultados indicam a viabilidade do uso de gordura nas dietas para vacas leiteiras de alta produção, observando-se aumento na produção e melhoria da eficiência de produção, sem alterações no consumo de alimentos e na composição do leite produzido.
Foram utilizadas oito vacas Jersey, com peso médio de 420 kg, produção média de 20 kg de leite corrigida para 3,5% de gordura, na fase inicial de lactação (próximas ao pico de lactação), estabuladas em baias individuais, distribuídas em dois quadrados latinos (4 x 4). Objetivou-se avaliar a potencialidade do farelo de arroz integral como fonte de gordura, associado a óleo de arroz e a sebo bovino, em dietas isoprotéicas, isofibrosas e isolipídicas entre as fontes de gordura estudadas, por meio da digestibilidade aparente dos nutrientes. Os tratamentos foram: CON- concentrado sem adição de gordura; GP- concentrado com gordura protegida; FAIO- concentrado com farelo de arroz integral e óleo de arroz; FAIS- concentrado com farelo de arroz integral e sebo bovino. Os concentrados foram à base de grãos de milho moído e farelo de soja, e, como volumosos, foram empregados silagem de milho e feno de alfafa (1:1). O concentrado foi fornecido três vezes ao dia, separadamente dos volumosos. Os volumosos foram fornecidos à vontade, procurando-se manter a proporção de 55% em relação às misturas concentradas. A estimativa da excreção fecal foi obtida com emprego de óxido de cromo e a digestibilidade da gordura por diferença. A interpretação estatística foi feita pela análise de variância dos valores médios de cada tratamento pelo teste F. As fontes de gordura não afetaram a digestibilidade aparente da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro e de carboidratos não-fibrosos. O farelo de arroz integral pode ser usado como fonte de gordura, totalizando 6% de gordura bruta na dieta de vacas leiteiras na fase inicial da lactação.
Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito da inclusão de três fontes lipídicas (6% de EE total) em dietas com teores semelhantes de proteína, fibra e lipídios sobre o consumo voluntário, a produção de leite e a eficiência alimentar de vacas Jersey na fase inicial da lactação. Foram utilizadas oito vacas multíparas em estágio próximo ao pico de lactação, com 420 kg de PV e produção média de 20 kg de leite (corrigida para 3,5% de gordura), estabuladas em baias individuais. Os tratamentos foram avaliados em dois quadrados latinos (4 x 4) com períodos de 28 dias, conforme descritos a seguir: CON - dieta controle, sem inclusão de lipídios; GPC - dieta com gordura protegida comercial (sais de cálcio de ácidos graxos de óleo de palma); FAIO - dieta com farelo de arroz integral e óleo de arroz; FAIS - dieta com farelo de arroz integral e sebo bovino. Utilizaram-se concentrados à base de grãos de milho moídos e farelo de soja e, como volumosos, silagem de milho e feno de alfafa (1:1, na MS). Os concentrados foram fornecidos três vezes ao dia, separadamente dos volumosos. Os volumosos foram fornecidos à vontade, procurando-se manter a proporção de 55% em relação ao concentrado. A interpretação estatística foi feita por meio de análise de variância dos valores médios de cada tratamento aplicando-se o teste F. Os resultados comprovaram que as fontes lipídicas estudadas não afetam o consumo voluntário de MS e proporcionam maior produção de leite, de modo que a fonte de sais cálcicos de ácidos graxos de óleo de palma promoveu, também, maior produção de leite corrigida para 3,5% de gordura e melhorou a eficiência alimentar.
RESUMO -Objetivou-se avaliar os efeitos da suplementação de lipídeos como sais de cálcio de óleo de palma (GP), farelo de arroz integral + óleo de arroz (FAIO) ou farelo de arroz integral + sebo bovino (FAIS) sobre o consumo de MS, a eficiência produtiva e o balanço energético de vacas leiteiras no terço inicial da lactação. A dieta controle continha 2,9% EE, enquanto as dietas GP, FAIO e FAIS continham, respectivamente, 5,13; 5,29 e 5,16% EE. Foram utilizadas oito vacas Jersey, puras de origem, de 2 a e 3 a ordens de lactação, aos 70 dias de lactação, com média de 420 kg PV e escore corporal de 3,5 a 4. O delineamento experimental utilizado foi o quadrado latino 4 x 4 duplo, com oito animais, quatro dietas e quatro períodos experimentais de 21 dias (14 dias para adaptação e sete para coleta de amostras para as análises químicas do leite e dos alimentos).A produção de leite corrigida para 3,5% de gordura (PLC3,5%) foi maior com a suplementação de lipídeos à dieta. Não houve efeito da suplementação sobre o consumo de MS. A suplementação de lipídeos resultou em maior eficiência produtiva, expressa como PLC3,5% em relação ao peso metabólico. Independentemente da fonte de lipídeo, não houve efeito das dietas sobre a PLC3,5%, o consumo de MS e a eficiência produtiva. O uso de diferentes fontes de lipídeos em dietas para vacas leiteiras de alta produção pode ser viável, pois sua inclusão na dieta promoveu aumento na produção leiteira sem alterar o consumo de alimentos.Palavras-chave: balanço energético, consumo de matéria seca, eficiência de produção, farelo de arroz integral, produção de leite, sais de cálcio de óleo de palma Fat supplementation from different sources in the diet of Jersey cows in the initial lactation stage ABSTRACT -The objective of this research was to evaluate the effects of fat supplementations as calcium salts of palm oil (PF), whole rice bran + rice oil (WRBO) and whole rice bran + bovine tallow (WRBT) on dry matter intake, productive efficiency and energy balance of dairy cows in the beginning of the first third period of lactation. Control diet contained 2.9% EE, while the diets GP, FAIO and FAIS contained 5.13; 5.29 and 5.16% EE, respectively. Pure bred Jersey cows of 2 nd and 3 rd lactation were used, with 70 days in milk, average weight of 420 kg and body condition of 3.5 to 4. A replicated 4 x 4Latin square experimental design was used, with eight cows, four diets and four experimental periods. Each experimental period consisted of 21 days (14 days for adaptation and 7 for sample collection for the chemical analysis of milk and feeds. Milk production of 3.5% fat corrected milk (FCM 3.5%) was higher with the fat supplementation to the diet. There was no difference in dry matter intake. Fat supplementation showed better results for productive efficiency expressed as FCM3.5% in function of metabolic weight. Independently of lipid source, there was not effect of the diets on PLC3.5%, dry matter intake and productive efficiency, expressed as PLC3.5% in function of the metabolic weight. The ad...
O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes níveis de gordura na dieta de vacas em lactação, sobre a resposta superovulatória e qualidade embrionária. Foram utilizadas dezoito vacas Jersey (420±70,6kg de peso vivo; 22,2±1,7kg de leite) agrupadas em blocos de acordo com a data de parição e ordem de lactação e aleatoriamente distribuídas nos tratamentos. As dietas consistiram de: controle- dieta a base de milho e farelo de soja contendo 4,0% de extrato etéreo (EE); médio- dieta controle adicionada de sebo bovino para aumentar o extrato etéreo da dieta para 6,0% e alto- dieta controle adicionada de sebo bovino para se obter extrato etéreo de 8,0% na dieta. Todos os animais foram superovulados duas vezes (aos 90 e 130 dias pós-parto), sendo as coletas realizadas sete dias após a inseminação artificial (IA). As estruturas coletadas foram avaliadas para estágio de desenvolvimento e qualidade embrionária (IETS, 1999). Não foram encontradas diferenças significativas com relação ao número de estruturas coletadas, corpos lúteos, embriões de grau um e dois, e embriões de grau quatro. O grupo que recebeu alta (2,9±0,4) gordura apresentou maior número de embriões de grau três em relação aos grupos controle (0,2±0,4) e médio (0,0±0,5). A adição de sebo para aumentar o EE em dietas vacas lactantes não melhorou a resposta superovulatória e a qualidade embrionária.
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