O estudo das teorias da complexidade foi de fundamental importância para desencadear uma pesquisa sobre o processo de cognição e de subjetivação dos alunos e professores participantes de uma vivência denominada Aulão de História – Dia Mundial do Rock (AH-DMR), ambiente pedagógico organizado em uma escola de educação básica no estado do Rio Grande do Sul desde o ano de 2008. Tendo como ponto de partida o entrelaçamento da perspectiva da complexidade (MORIN; ALMEIDA; CARVALHO, 2013), da Biologia da Cognição (MATURANA; VARELA, 2011), do estudo das narrativas (GONÇALVES, 2002) e da vivência AH-DMR em si, concebida como um ambiente de aprendizagem ruidoso, essa reflexão teve o objetivo de problematizar em que medida estudar História poderia significar viver a História. Essa pesquisa utilizou uma metodologia predominantemente qualitativa e foi fundamentada na existência de uma relação de dinamicidade entre a vivência AH-DMR e o processo de cognição e de subjetivação de seus participantes. De uma forma geral, esse estudo permitiu-me perceber a História como uma ação emocionada e corporalizada sobre o que conhecemos como passado, ao ressignificar o devir histórico e, assim, ampliar o estudo da História sob a ótica da complexidade. Além do mais, operei nessa pesquisa com a percepção de que cada participante do ambiente de aprendizagem AH-DMR, ao estudar o passado e, ao mesmo tempo, vivenciar esse passado, não apenas elaborou uma narrativa sobre o mesmo, mas, sobretudo, situou-se a si próprio na História e assumiu também sua autoria sobre a História.
Esse artigo procura refletir sobre a disciplina de história na educação básica brasileira, tendo como referencial o conceito de história viva. Para sua constituição utilizou-se como percurso metodológico uma discussão com autores de referência para o estudo do currículo de história e para o campo da educação histórica. O ensaio apresenta o currículo de história da educação básica como uma história vivida em tempo real, como também conecta a educação histórica a um passado que permanentemente se ressignifica. Nesse sentido, a reflexão aborda os limites e as possibilidades trazidas para essa discussão pela utilização de narrativas autobiográficas em aulas de história. O texto propõe que a atribuição de sentido à experiência histórica é um requisito necessário à vida, a novas formas de aprendizagens e a novos modos de habitar o mundo.
O objetivo deste artigo é produzir uma análise do comportamento do cérebro humano diante do ato de ler tanto via material impresso quanto digital. Propõe-se, com isso, elucidar algumas questões que envolvem atenção, compreensão e retenção de informações e aprendizagem em ambos os modos de ler, tomando por base as pesquisas sobre suas implicações, as quais mostram, ainda que em estágios iniciais, evidências que precisam ser consideradas. Pretende-se, também, demonstrar a importância da leitura para a constituição de uma visão de mundo mais sólida e de um referencial identitário aos sujeitos, inseridos no que se convencionou chamar de Pós-modernidade.Palavras-chave: Leitura. Aprendizagem. Visão de mundo. Reading in printed and digital material: the neuroscience perspective and the implications for the subject’s learning and worldviewABSTRACTThe purpose of this paper is to produce an analysis of the human brain’s behavior in face of the act of reading via printed and also digital material. Therefore it is proposed to elucidate some questions involving attention, comprehension and retention of information and learning in both forms of reading, based on the researches about its implications, which show, even in the initial stages, evidences that need to be considered. Also, it is intended to demonstrate the importance of the reading for the constitution of a more solid worldview and of a identity reference for the individuals, inserted in what it is conventionally called Post-modernity.Keywords: Reading. Learning. Worldview. La lectura en material impreso y digital: la perspectiva de las neurociencias y las implicaciones para el aprendizaje y visión del mundo del sujetoRESUMENEl objetivo de este artículo es producir un análisis del comportamiento del cerebro humano ante el acto de leer tanto vía material impreso como digital. Se propone, con ello, aclarar algunas cuestiones que involucran atención, comprensión y retención de informaciones y aprendizaje en ambos modos de leer, tomando como base las investigaciones sobre sus implicaciones, las cuales muestran, aunque en etapas tempranas, evidencias que necesitan ser consideradas. Se pretende, también, demostrar la importancia de la lectura para la constitución de una visión de mundo más sólida y de un referencial identitario a los sujetos, insertados en lo que se convenció llamar de Posmodernidad.Palabras clave: Lectura. Aprendizaje. Visión de mundo.
O presente artigo aborda uma reflexão sobre o entrelaçamento entre a educação histórica e a produção de narrativas autobiográficas em aulas de história na educação básica. Campo de pesquisa relativamente recente no Brasil, a educação histórica distancia-se de uma concepção da história como um componente curricular isolado e que trata o passado como algo pronto, acabado. Ao contrário, a educação histórica conecta a aprendizagem histórica com o sujeito que aprende e, nesta direção, afirma a provisoriedade da explicação histórica e também retira do passado um sentido para o presente. Em busca de uma história transformativa, as narrativas autobiográficas permitem que cada sujeito, ao refletir sobre si e sobre o passado, atribua novos significados não somente para o passado, mas também para a sua própria vida. Esse processo ocorre de maneira única e pessoal, onde cada sujeito se complexifica. Uma visão complexa do estudo de história, percebida como uma ação emocionada e corporalizada sobre o que denominamos passado, resgata o caráter vivo da própria história. De forma semelhante, contribui para transgredir a perspectiva disciplinar ainda predominante na educação básica e para ampliar a reflexão crítica no campo da educação, em tempos de potentes mudanças e permanências.
O presente artigo aborda uma reflexão sobre o entrelaçamento entre a educação histórica e o campo curricular do ensino de história. Área de pesquisa relativamente recente no Brasil, a educação histórica distancia-se de uma concepção da história como um componente curricular isolado e que trata o passado como algo encerrado. Neste sentido, a educação histórica aproxima-se das demandas dos jovens a respeito do componente curricular história, bem como se preocupa com as formas pelas quais as identidades individuais e coletivas dos estudantes estão conectadas à sua consciência histórica. Este trabalho tem como referência uma experiência escolar realizada em aulas de história com alunos da primeira série do ensino médio em uma escola privada, no município de Santa Cruz do Sul, RS.
Em que medida mudar o entendimento do passado impacta sobre o futuro? Muito mais do que uma pergunta retórica, essa questão se coloca na ordem do dia. Em tempos de potentes deslocamentos no campo da educação, seja pela implantação de novas políticas públicas no Brasil, como a BNCC, seja pelas profundas reinvenções do próprio conceito de educação e pela emergência de um discurso oficial que repetidamente fragiliza a instituição escola e a figura do professor, ainda é possível falar de história na escola? E, se o tema é história, de qual história o currículo da educação básica está falando? Para esse ensaio, que busca refletir sobre o currículo de história contemporâneo na educação básica, abordam-se os limites e as possibilidades trazidas pela educação histórica, como também o potencial que ela apresenta de contribuir para uma história emancipatória e transformadora. Se, de um lado, estamos inseridos em um cenário de deslembrar, e, de outro, efetivamente se constitui como algo pertencente ao humano o desejo utópico de tentar consertar o impossível, torna-se cada vez mais relevante ressignificar o estudo do passado dentro da instituição escola. E, dessa forma, tornar a voltar os nossos olhos “de volta para o futuro”.
Cada vez mais os adolescentes estão desconectados do sentido de tudo aquilo que a escola lhes oportuniza. Considerando que a função primordial da Coordenação Pedagógica é a gestão do pedagógico da escola, o objetivo proposto para o presente trabalho foi investigar e apresentar possibilidades de intervenção da Coordenação Pedagógica na formação continuada de professores para, através da utilização de recursos tecnológicos, buscar uma aprendizagem significativa dos adolescentes. A análise dos relatos de coordenadores pedagógicos e de professores permitiu constatar que existem diferentes concepções sobre o que é tecnologia e distintas formas de perceber a inserção dos recursos tecnológicos no contexto escolar.
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