Fruto da experiência de duas universidades públicas e uma privada, o Projeto de Extensão Liga Saúde da Família (LSF) constitui-se numa estratégia de gestão participativa no campo da formação de profissionais da área da saúde, com base nos conceitos de educação permanente em saúde, educação popular em saúde, equipe multiprofissional e interdisciplinar, atenção primária à saúde, promoção da saúde, estratégia saúde da família, metodologias participativas de pesquisa e atuação inserida no território vivo. Este relato apresenta a experiência da integração ensino-serviço-comunidade por meio do Projeto de Extensão Liga Saúde da Família, no contexto do Sistema Municipal de Saúde Escola (SMSE), em Fortaleza-Ceará, que dialoga com a gestão participativa no Sistema Único de Saúde (SUS). Esta proposta do LSF foi implantada no SMSE a partir de uma ação apoiada pelo sistema de saúde de Fortaleza que visa potencializar os espaços de co-gestão docente-assistencial, por meio da proposta do método da roda e da tenda invertida. O protagonismo dos integrantes e da comunidade na construção das atividades do projeto e a ampliação do olhar crítico sobre a realidade social e do trabalho em saúde estão entre os maiores avanços surgidos dessa experiência. Esse projeto permitiu a integração ensino - serviço - comunidade, atendendo a uma perspectiva de gestão participativa e dialógica.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar as condições de saúde bucal, acesso a serviços odontológicos e autopercepção em saúde bucal, bem como relacionar a necessidade de tratamento odontológico em pacientes internados em um hospital de emergência, em Fortaleza - Ceará, no ano de 2011. Materiais e Métodos: Pesquisa exploratória do tipo transversal em que foram examinados 301 pacientes internados em duas enfermarias de um hospital de referência terciária em trauma, de abrangência regional e estadual. As variáveis exploratórias foram avaliação socioeconômica, acesso e autopercepção em saúde bucal e Índice de Necessidade de Tratamento Odontológico (INTO). A coleta de dados foi realizada por um único examinador, os dados foram processados no SPSS (Statistical Package for Social Science), versão 17.0. A comparação entre as variáveis foi feita através do teste t de Student, com nível de significância de 5,0%. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino, com média de idade de 39,38 anos, com ensino fundamental completo, com período mínimo de internamento de 2 dias e máximo de 4,83 meses (DP ±1,31). Ao serem indagados sobre busca de atendimento odontológico, o serviço público foi o principal meio de acesso e o principal motivo relatado da procura do serviço foi a presença de cavidades de cárie. Grande parte dos pacientes foi classificada, segundo modificação do INTO, nos perfis 3 e 4 (76,4%), ou seja, apresentava cálculo dentário, cavidade pequena de cárie e indicação de exodontia. Houve associação estatisticamente significante entre as variáveis“percepção de necessidade de tratamento odontológico” e “classificação da saúde bucal” (p<0,001), bem como entre “perfil” e “autopercepção de saúde bucal” (p<0,001). Conclusão: A partir de tal análise, conclui-se queas condições de saúde bucal desses pacientes são preocupantes, com a necessidade inconteste de cuidados de saúde bucal para a população institucionalizada.Descritores: Saúde bucal. Equipe hospitalar de odontologia. Serviço hospitalar de emergência. Higiene bucal. Educação em saúde. Assistência odontológica.
The purpose of this study was to evaluate the oral health-related Quality of Life (QoL) FIP and IOD than in CD (p=0.013 and p=0.027, respectively)
Introduction: The growth of the Brazilian older adult population has influenced the increased demand for institutionalization for this public, which usually has poor oral health conditions such as edentulism. Objective: To characterize the oral health conditions and verify the variables related to the edentulism of institutionalized older adults and verify the relation of the time of institutionalization with oral health. Methods: It was a cross-sectional study conducted with 512 institutionalized older adults in which the sociodemographic profile, general health conditions, and oral health care and conditions were evaluated by clinical exams, consultations of medical records, and structured questionnaires. The data were analyzed in the Statistical Package for Social Sciences using the Pearson Chi-square and Fisher's Exact tests and a logistic regression model using a 95% confidence level. Results: A high DMFT (29.4), high prevalence of complete edentulism (61.3%), high need for maxillary (73.6%), and mandibular oral rehabilitation (56.8%) were observed. Edentulism was associated with older age (p<0.001), lower schooling (p<0.001) and non-retirement (p=0.031). It was found that longer institutionalization time remained associated with edentulism even when adjusted by sociodemographic and general health variables (p=0.013). It was also associated with the absence of brushing (p=0.024) and a lower frequency of tooth, gum, and prosthesis brushing (p<0.001). Conclusion: It is suggested to establish oral health care routines within long-term institutions for the effective maintenance of oral health throughout the institutionalization time.
The aim of this study was to assess the functional capacity of institutionalized older people and to verify which sociodemographic, health factors and oral health were related to the worse ability to perform daily activities. It was a cross-sectional study conducted with 512 institutionalized elderly people. Sociodemographic profile; general health and oral health conditions were evaluated. Functional capacity was assessed by Barthel Index. A high prevalence of functional dependent elderly was found (47.1%). A lower functional capacity was associated with female (p=0.006); higher education (p=0.009); older elderly (p<0.045); decision to institutionalize by others (p=0.011); affected cognitive state (p<0.001); reduced mobility (p<0.001), less autonomy for self-care in oral health and worse oral health. Institutionalized elderly has low functional capacity that is related to several aspects of their lives.
Objetivo: avaliar a autopercepção da qualidade de vida relacionada com a saúde bucal de idosos institucionalizados e não institucionalizados. Método: estudo epidemiológico, transversal, tendo como público-alvo, idosos com mais de 60 anos de uma instituição de longa permanência – ILPI (n=23) e de grupo de convivência de idosos (n=22), ambos localizados em Fortaleza - CE. Para a análise da autopercepção em saúde bucal, foi utilizado o índice GOHAI (Geriatric Oral Health Index). Para avaliar o nível de dependência foi aplicado o teste de Barthel e o teste de Pfeiffer para analisar o estado cognitivo. Resultados: A pontuação média dos valores do índice GOHAI foi de 32,6; entretanto foi percebido um alto número de edêntulos, já que apenas 17,7% da amostra possuía 21 dentes ou mais na boca. Percebeu-se que os idosos analfabetos e aqueles que utilizavam prótese total inferior estavam mais satisfeitos com a sua saúde bucal enquanto que outros fatores socioambientais não apresentaram valores estatisticamente significantes. Conclusão: a autopercepção é um conceito variável e subjetivo que nem sempre representa as reais necessidades clínicas do indivíduo.
Resumo O objetivo deste estudo foi analisar as condições de saúde bucal por meio do uso e necessidade de prótese dentária em idosos institucionalizados e não institucionalizados em Fortaleza (CE). Um estudo descritivo transversal foi conduzido em 98 idosos institucionalizados e 125 não institucionalizados em Fortaleza (CE), em 2008. O exame clínico foi realizado por cinco examinadores previamente calibrados, de acordo com os critérios metodológicos determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dos 98 idosos institucionalizados, 89,8% não usavam prótese superior, enquanto 96,9% não utilizavam prótese inferior. Quanto à necessidade de prótese, 94,9% era no arco superior, e 98,0%, no arco inferior. Em relação aos idosos não institucionalizados, 71,2% utilizavam prótese superior, e 66,4%, prótese inferior. A necessidade de prótese foi de 67,2 e 78,4% nos arcos superior e inferior, respectivamente. Dessa forma, constata-se a necessidade de reabilitação oral desses idosos, tornando-se de extrema relevância a atuação de políticas públicas para que isso ocorra efetivamente. Palavras-chave: Epidemiologia. Prótese dentária. Saúde bucal. Idoso.
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