RESUMO -OBJETIVO. Comparar os resultados tardios (recidivas) obtidos com o emprego de três técnicas operatórias para correção das Hérnias
INTRODUÇÃOAs estruturas anatômicas na região inguinal se dispoem de tal forma, que deixam uma área pouco protegida contra a pressão intra-abdominal. Esta área que Fruchaud denominou de "óstio miopectíneo" 1 , é recoberta e protegida tão somente por uma fina camada de tecido fibroso denominado de "Fáscia Transversal " (FT). Acrescente-se a isto o fato das estruturas fasciais, aponeuróticas e musculares sofrerem com o avançar da idade, um processo natural de envelhecimento e enfraquecimento progressivos. A quantidade e qualidade do colá-geno e das fibras elásticas dos tecidos nesta região se alteram, tornando tais pessoas mais propensas ainda ao aparecimento de hérnias [2][3][4][5][6] . Estudos recentes apontam, além do mais, também para uma provável influência genética nestas alterações 7 . A hérnia inguinal é conseqüência justamente da falência deste e de outros mecanismos de contenção de vísceras, com a conseqüente extrusão das mesmas ou de gordura preperitoneal por esta região.O tratamento das hérnias inguinais é eminentemente cirúrgico. Mais de uma centena de técnicas operatórias tem sido propostas para sua correção, desde que Marcy, em 18718 , e Bassini, em 1884 9 , lançaram as bases, até recentemente consideradas racionais, deste tratamento. Apesar desta enorme variedade de opções, os insucessos de tratamento com recidiva das hérnias continuam freqüentes demais. Nos EUA operam-se em média 500.000 hérnias anualmente, das quais 100.000 são recidivas 10 . Este é o motivo pelo qual nenhuma técnica isolada tenha conseguido convencer definitivamente os cirurgiões a adotá-la universalmente 11 . Existem preferências pessoais por determinadas técnicas operatórias, baseadas geralmente na experiência de cada cirurgião. Uma análise objetiva e impessoal dos resultados a longo prazo, entretanto, é prejudicada principalmente pelas dificuldades de
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