Este artigo objetiva refletir sobre determinados aspectos da subjetividade de alguns participantes do projeto PrEP Brasil, pesquisa conduzida a partir de 2014 por três centros participantes: a Fiocruz, por meio do Laboratório de Pesquisas Clínicas (LaPClin), o Centro de Referência e Treinamento de AIDS da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (CRT- AIDS/SP) e a Universidade de São Paulo (USP). O projeto PrEP Brasil envolveu a administração do medicamento antirretroviral Truvada, droga – comercializada nos EUA desde 2012 – que é majoritariamente utilizada por homens que fazem sexo com homens (HSH), e que promete diminuir o risco de infecção pelo vírus HIV em até 96%. Perscrutando alguns dos depoimentos extraídos de um fórum de discussão online sobre a PrEP e entrevistas na mídia, foi possível compreender como a equação “corpo, risco e prazer” se estrutura no cotidiano de alguns usuários desta nova tecnologia para prevenção contra o HIV.
O diálogo entre a psicanálise e os estudos de gênero é desafiador, especialmente, como bem pontuam Pedro Ambra (2015) e Joel Birman (2016), quando psicólogos e psicanalistas são convocados pelos Sexualidad, Salud y Sociedad
Este artigo, fragmento de uma pesquisa etnográfica realizada entre os anos de 2017 e 2018 na cidade do Rio de Janeiro investigou grupos específicos de homens que se relacionam sexualmente com outros homens sem o uso do preservativo, tem por objetivo refletir sobre sentidos e valores conferidos por estes homens à pele, categoria que tem posição nuclear dentro da experiência do que chamam o sexo “sem capa”. Afinal, no contexto dos riscos que envolvem a prática do sexo “sem capa”, quais as representações da pele que emergem dos sujeitos que se lançam à experiência bareback?
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