Resumo O artigo apresenta uma articulação entre gênero e docência na educação infantil, por meio de reflexões acerca das masculinidades e feminilidades presentes nestas instituições, resultado de um minucioso processo que, ao longo da vida, deixa marcas nos corpos de meninas e meninos, professoras e professores. Ao considerar a dimensão brincalhona como principal requisito desta profissão docente, marcada por padrões de comportamento sociais femininos, foi realizado um estudo de caso, em uma creche/pré-escola universitária, com observação da jornada educativa de um grupo de crianças e professora; momentos coletivos com outras crianças e profissionais; entrevistas semiestruturadas com a professora e com o único professor, revelando disponibilidades corporais e formas distintas como as marcas da socialização distanciam e/ou aproximam a dimensão brincalhona de ambos e questionando a passividade e a submissão que possam caracterizar as feminilidades nas creches e pré-escolas.
Resumo Ao investigar as possibilidades de retomada da dimensão brincalhona de professoras e professores que atuam com crianças pequenas, principal pré-requisito da profissão docente, este artigo apresenta e discute relatos de professoras/es acerca de suas concepções e ações em relação à brincadeira, assim como as observações de suas jornadas educativas em uma das creches/pré-escolas da Universidade de São Paulo (USP). Para tanto, foi realizado um estudo de caso, de caráter qualitativo, com um grupo de meninas e meninos pequenas/os (5 anos de idade) e de sua professora, bem como momentos coletivos com as demais crianças, professoras e professor da instituição. Também foram realizadas entrevistas semiestruturadas com a professora da turma observada e com o único professor da equipe, além da coleta e análise de documentos, como o Projeto Político Pedagógico da referida creche/pré-escola. As análises dos dados foram realizadas em articulação com a produção brasileira e estrangeira de pesquisas recentes no campo da pedagogia da educação infantil e das ciências sociais (como a sociologia e a antropologia), bem como na interface com as artes na primeira infância, sobretudo com as corpóreas. Ao buscar compreender como ocorria uma educação de escuta sensível e de protagonismo infantil, centrada na criação de espaços, tempos e relações brincantes, verificaram-se caminhos de lutas e territórios de disputas pelo direito à creche e, por isso, de referência e de resistência pela Educação Infantil brasileira.
RESUMO A presente pesquisa de Mestrado investigou as possibilidades de retomada da dimensão brincalhona de professoras/es da Educação Infantil, dimensão esta entendida como principal pré-requisito de tal profissão docente em construção. Para tanto, foi realizado um estudo de caso, de caráter qualitativo, em uma das Creches/Pré-Escolas da Universidade de São Paulo, com observação da jornada educativa de um grupo de meninas e meninos pequenas/os (5 anos de idade) e de sua professora, além de momentos coletivos com todas as demais crianças, as professoras e o professor da instituição. Também foram realizadas entrevistas semiestruturadas com a professora da turma observada e com o único professor da equipe, além da coleta e da análise de documentos, como o Projeto Político-Pedagógico da Creche/Pré-Escola. As análises dos dados foram realizadas em articulação com a produção brasileira e estrangeira de pesquisas recentes no campo da Pedagogia da Educação Infantil e das Ciências Sociais (como a Sociologia e a Antropologia), bem como na interface com as Artes na primeira infância, sobretudo com as corpóreas. As reflexões sobre os encontros entre meninas, meninos, professoras e professor da Creche/Pré-Escola, especialmente em momentos de brincadeira, também foram realizadas à luz das discussões que articulam Educação Infantil, gênero e profissão docente. Os dados coletados apontaram, entre outras questões, para a importância das relações centradas nas brincadeiras, nas linguagens do corpo, nas experiências artísticas e criativas, para que, no encontro com as crianças, professoras/es reconstruam suas dimensões brincalhonas de ser a partir de uma disponibilidade corporal e de um olhar atento para as criações de crianças pequenas. Além disso, o estudo discute o potencial transgressor da brincadeira na Pedagogia da Infância que buscamos: não escolarizada, não sexista, permeada por múltiplas formas de expressão, pela abertura à/ao outra/o e pela desconstrução das formas de dominação e poder. Palavras-chave: Educação Infantil; Dimensão brincalhona; Gênero; Profissão docente; Meninas e meninos pequenos. ANSELMO, Viviane Soares. Early Childhood Education, playful dimension, gender and teaching profession: what teachers have learned from little girls and boys? 2018. 109p.
As narrativas de professores homens da Educação Infantil sobre as imposições e expectativas conferidas a eles e às professoras mulheres no exercício da docência, nestes espaços públicos, educativos e coletivos, são o centro deste artigo. Produzidas por meio de entrevistas semiestruturadas e problematizadas à luz das pesquisas do campo da Educação Infantil e dos estudos sociais da infância, as narrativas revelam diferentes maneiras com que o sexismo e as discriminações de gênero podem impactar na atuação dos professores, como a necessidade de legitimar continuamente suas capacidades profissionais e a vigilância e/ou negação da dimensão do cuidado. Além disso, os professores entrevistados revelam e reconhecem promover e provocar corporalmente diferentes experiências e brincadeiras junto às crianças, contribuindo para ampliação das reflexões sobre a dimensão brincalhona na docência, para a valorização e reconhecimento dos professores e para uma Pedagogia da Educação Infantil em que cuidar e educar de meninas e meninos pequenos seja indissociável para professores e professoras.
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