A dirofilariose é uma importante zoonose considerada endêmica no Brasil, cuja transmissão acontece principalmente por meio de mosquitos vetores dos gêneros Culex, Aedes e Anopheles e que tem o cão doméstico como hospedeiro. Apesar da maioria dos animais serem assintomáticos, a doença pode afetar diversos órgãos, culminando em possíveis alterações em diagnósticos laboratoriais. Pode ser empregado diversos diagnósticos , sendo a visualização de microfilárias de Dirofilaria spp. em esfregaço sanguíneo o mais utilizado. O objetivo do trabalho foi verificar o perfil hematológico e bioquímico de cães diagnosticados com microfilárias de Dirofilaria immitis na cidade de Fortaleza, Ceará. Foram selecionadas amostras sanguíneas no período de agosto de 2014 a junho de 2018. Nas amostras em que houve positividade para a presença de microfilárias no esfregaço sanguíneo foi realizado um levantamento das alterações encontradas nos exames hematológicos e bioquímicos. Em 2.400 amostras de sangue analisadas, 26 apresentaram microfilárias (1,1%), com 46% de anemia e 46% com sinais de regeneração eritrocitária, 42% apresentaram trombocitopenia e 46% hiperproteinemia, com linfopenia em 61% dos casos. No perfil bioquímico, foram observadas discretas alterações abaixo do normal, exceto para albumina, que foi reduzida em 62% dos casos. A maioria dos analitos apresentaram valores normais, indicando que não havia uma hiperfunção ou hiperatividade dos órgãos. Logo, a dirofilariose influenciou na imunologia canina e, provavelmente, induziu a uma redução no número de plaquetas e aumento nas proteínas totais pelo estímulo inflamatório gerado.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). O conteúdo desta obra e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). O conteúdo desta obra e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
O megaesôfago congênito é caracterizado por uma dilatação esofágica generalizada e difusa decorrente de uma desordem na motilidade, tornando o órgão ineficiente e acarretando em diversos episódios de regurgitação. Sua etiologia não está totalmente elucidada, sendo a principal suspeita relacionada aos sinais clínicos em animais jovens. O objetivo deste trabalho foi relatar a ocorrência do megaesôfago congênito em um Yorkshire e a sua evolução prognóstica através da terapêutica prescrita. Foi atendido um canino, macho, de 3 meses de idade, com histórico de regurgitação pós alimentar e hídrica. Foram solicitados exames hematológicos, bioquímicos e radiográficos. O exame radiográfico confirmou a suspeita de megaesôfago e os exames hematológicos descartaram a possibilidade da doença ser secundária a problemas metabólicos ou sistêmicos. O tratamento baseou-se no quadro clínico apresentado, bem como na utilização de alimentação pastosa administrada em posição vertical e no uso de Sildenafil. O paciente obteve melhora do quadro a partir da terapia multimodal realizada.
O linfoma é um distúrbio do sistema hematopoiético cuja etiologia envolve a proliferação desordenada de células linfóides, no qual o linfoma multicêntrico é caracterizado pelo aumento generalizado dos linfonodos. O protocolo Madison-Wisconsin é uma das poliquimioterapias mais utilizadas no tratamento de linfomas multicêntrico em cães, sendo constituída pelos fármacos ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona, e administrados de forma alternada ao longo de 19 semanas. O presente trabalho teve como objetivo relatar a eficiência do protocolo terapêutico Madison-Wisconsin na remissão total de um linfoma multicêntrico em um cão. O animal atendido foi um cão da raça Bulldog Francês, que apresentava aumento dos linfonodos submandibulares, pré-escapulares, axilares, inguinais e poplíteos e, ao exame físico, o aumento em região mesogástrica sugeriu esplenomegalia. O exame citológico dos linfonodos submandibular e poplíteo foi compatível com linfoma. No exame ultrassonográfico detectou-se aumento acentuado do baço e fígado, caracterizando o quadro de hepatoesplenomegalia. No ecodopplercardiograma foi possível observar um aumento no átrio esquerdo. Houve acompanhamento hematológico do paciente durante tratamento quimioterápico e ao longo do curso terapêutico o animal apresentou alterações no hemograma, como trombocitose e neutropenia, o que requereu um tratamento adicional. No exame bioquímico, houve aumento da ALT. Após o término da quimioterapia o animal apresentou remissão total da neoplasia demonstrando o sucesso terapêutico do protocolo de Madison-Wisconsin sobre o linfoma.
Demodicosis is a parasitic disease caused by the imbalance in the number of mites of the genus Demodex sp. The skin scraping is the gold standard method for diagnosis, but other methods can be used. Based on this, the aim of this work is to report cases in which cytology served as an auxiliary diagnosis for demodectic mange. Two dogs went to a private clinic with skin lesion of different aspects and in which both dogs the cytology was performed by skin imprint, being possible to observe the presence of Demodex canis. Thus, cytology could be used as an auxiliary diagnostic method this disease.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.