As condições de saúde bucal no grupo populacional com 60 anos ou mais é estudada, na cidade de São Paulo em 1989. Com base em dados referentes à cárie dental, doenças periodontais, necessidade e uso de prótese e prevalência de alterações em tecidos duros e moles, conclui-se que este grupo apresenta um nível muito precário de saúde bucal. Recomenda-se a definição de política e de programas odontológicos específicos para a terceira idade.
Apresenta-se um retrato sobre a saúde bucal no Brasil, com ênfase em informações relativas à situação econômica e epidemiológica, prevenção da cárie dental, recursos humanos, montante de gastos financeiros e estrutura de prestação de serviços. O país mostra quadro típico de uma área em desenvolvimento, com elevada incidência de problemas, crescente oferta de cirurgiões-dentistas e difícil acesso aos serviços ofertados mormente face a barreiras de ordem econômica. Visando expandir cuidados odontológicos e reduzir a incidência dos principais problemas, propõe-se um programa de serviços básicos de âmbito nacional.
RESUMO:Os serviços de assistência odontológica são analisados como uma das variáveis que condicionam os padrões de doenças bucais de uma população. Outros fatores como o nível socio-económico, condições culturais, hábitos alimentares e o grau de desenvolvimento global de cada país usualmente exercem um papel bem mais representativo na determinação do nível de saúde de uma comunidade. É mostrada a situação dramática dos países em desenvolvimento, os quais seguiram os modelos de prestação de serviços odontológicos e de formação de recursos humanos das nações industrializadas (grande número de profissionais que se dedicam a atender apenas as pessoas que podem remunerar os seus serviços), o que levou à ocorrência de índices crescentes de doenças bucais. Mostra que o principal desafio a ser vencido pela profissão, nos dias atuais, é a construção de uma odontologia com conteúdo social, dirigida para todos. DESCRITORES:Saúde bucal. Serviços de saúde bucal. Doenças da boca, epidemiologia.* Documento apresentado na "World Dental Conference -Bristol 88", em Bristol, Inglaterra -7/9/88, durante o Painel inicial:"Setting The Scene-global aspects of oral health care ** Divisão Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde -Bloco 11 -Sala 313 -3° andar -70058 -Brasília, DF -Brasil.A existência de serviços odontológicos é apenas uma das variáveis que condicionam os padrões de doenças bucais de uma população, e em geral não se situa entre as mais importantes.Uma multiplicidade de variáveis extraodontológicas condiciona o surgimento das doenças e influi no ritmo da sua expansão. O desenvolvimento econômico, a forma de organização do governo, o nível educacional da população assim como os padrões de cultura e de tradição popular que regulam a formação de hábitos alimentares e as condutas de higiene pessoal e coletiva, fazem parte íntima do processo saúde-doença.A adequação dos serviços de saúde ao quadro epidemiológico predominante e aos problemas mais típicos de cada sociedade continua se constituindo num dos principais desafios a serem vencidos pelo mundo contemporâneo. Enquanto, as comunidades apresentam, cada uma, um conjunto específico de moléstias com níveis de gravidade e incidência igualmente particulares e fortemente condicionados pelos fatores ambientais e pelos padrões de renda locais, os serviços de saú-de muitas vezes estão organizados segundo sua própria lógica, ofertando ações de caráter eminentemente curativo, de preferência situados nos grandes centros urbanos e com ênfase para as camadas de melhor poder aquisitivo.Como se fossem dois sistemas independentes -as necessidades de atenção em saúde por um lado e o aparelho prestador de cuidados de outro -essas duas faces da mesma moeda passaram a trilhar caminhos distintos até atingir a situação hoje diagnosticada por exemplo na maior parte da América Latina, onde, apesar da disponibilidade de meios para o controle dos problemas de saúde bucal, a sociedade enfrenta ní-veis crescentes ou na melhor das hipóteses estacionários de doença.O resultado é que, no mundo atual...
Somente com o apoio fraterno e amigo dos que nos cercam é possível construir e levar avanteum trabalho deste porte. Agradecer a todos certamente não é uma missão das mais fáceis. Mesmo correndo o risco de não mencionar alguém, desejo expressar uma imensa gratidão a todos os que doaram uma parte de si e tiveram um papel fundamental nas diversas fases de elaboração da tese.
RESUMO: Discute-se a viabilidade da utilização do sal de cozinha como veículo para o flúor no processo de prevenção da cárie no Brasil. Com base na análise do estudo da Colômbia, e na experiência brasileira com o método similar de iodação do sal, conclui-se que o emprego do sal fluoretado é válido somente em áreas restritas e sob controle técnico. A fluoretação da água constitui o método de escolha para o país, que deverá concentrar seus esforços na tentativa de sua máxima expansão. UNITERMOS:Cárie dentária, prevenção. Fluoretação. Sal. * Do Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA) -Secretaria de Planejamento daPresidência da República -Edifício BNDE, 14.° A -70076 -Brasília, DF -Brasil. ** O termo "sal de cozinha" é utilizado como sinônimo de sal refinado. CONCEITO TRADICIONAL E NOVOS ARGUMENTOSTradicionalmente considerado como veiculo de menor adequação para a suplementação do flúor ao esmalte dentário no combate à cárie, o "sal de cozinha" ** começou a receber maior ênfase a partir de estudos efetuados na década passada na Colombia. O simples fato de que a criança praticamente não ingere sal em seu primeiro ano de vida, só o fazendo em quantidades significativas a partir do 4° ou 5.° ano, constituia-se em forte contra-indicação para o método, uma vez que é no período de formação do tecido dental -portanto a partir do nascimento -que o efeito benéfico do flúor é determinante. A necessidade de variação da dosagem do flúor no sal de acordo com os padrões de consumo individual (para evitar fluorose) era considerado como óbice de difícil transposição. As experiências da Suiça e Hungria (citados com constância na literatura), países desenvolvidos nos quais o beneficiamento do sal fica a cargo basicamente de uma só indús-tria, demonstravam reduzida aplicabilidade para o Brasil, além de que os resultados alcançados -em termos de força preventiva do método -eram inferiores aos da fluoretação da água de abastecimento público.À luz de novos argumentos trazidos recentemente à tona por técnicos internacionais, justifica-se um reexame da questão com vistas a estudar a viabilidade ou não para o Brasil, da adoção do sal como veí-culo para o flúor na prevenção da cárie dental.Os pontos de apoio básicos nesta análise estão situados, por um lado, em documentos específicos sobre o tema e, por outro lado, na absorção da vasta experiência brasileira
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