RESUMO Este artigo apresenta uma análise dos indícios de autoria em três resenhas produzidas por alunos do segundo e do terceiro ano do Ensino Médio do Instituto Federal de Sergipe. Os pressupostos teóricos envolvem a perspectiva sociointeracionista do Círculo de Bakhtin e as orientações sugeridas por Possenti (2009a, 2009b, 2013). A teoria sociointeracionista norteia o planejamento para o trabalho com gêneros, autoria e estilo; as concepções de Possenti são mais específicas para o trabalho pedagógico com os indícios de autoria a partir da produção textual dos alunos, na qual se verifica o nível de controle dos recursos linguísticos. Na análise, avaliam-se as associações com elementos da cultura assim como as ocorrências de possíveis decisões enunciativas dos produtores, envolvendo tanto as escolhas vocabulares quanto a variação dos aspectos formais dos textos. Procura-se também relacionar as resenhas escolares a um lugar de enunciação. Esses aspectos mostram-se pertinentes para mapear os indícios de autoria nas resenhas analisadas.
Este artigo desenvolve um estudo analítico de duas sequências discursivas materializadas em diários de leituras elaborados por estudantes do Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) como atividade componente da disciplina de Língua Portuguesa. Os pressupostos teóricos do estudo são as noções, em Análise do Discurso, de interpretação e autoria, memória, paráfrase e polissemia como estão desenvolvidas em Pêcheux (1983/2015a; 1983/2015b) e Orlandi (2007; 2012). Para a discussão sobre memória, o trabalho acrescenta concepções de Furlanetto (2010) e Paveau (2013). A análise dos aspectos parafrásticos, polissêmicos e de memória busca conhecer o que se reitera e o que se modifica nas sequências. A investigação é desenvolvida por meio do cotejo entre as sequências dos diários e formulações de outros textos, oferecendo a possibilidade de esboçar como as filiações discursivas dos sujeitos dos diários determinam o funcionamento da interpretação
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