Resumo:O índice de dissecação do relevo é uma análise morfométrica que considera o grau de entalhamento do vale e dimensão interfl uvial média. Ross (1992Ross ( e 1994 formalizou este índice o qual possui diversas aplicações, como segmentação do relevo, fornecer bases para o mapeamento geomorfológico, estudar a relação morfogênese -pedogênese e vulnerabilidade ambiental. O cálculo e mapeamento do índice de dissecação de forma analógica é extremamente dispendioso além de estar sujeito a erros humanos e a diferenças de interpretação. Atualmente não existe um método para realizar de forma totalmente automatizada o cálculo do índice de dissecação e que considere ambas as variáveis propostas por Ross (grau de entalhamento dos vales e dimensão interfl uvial média). O objetivo deste artigo é apresentar uma rotina de automatização do cálculo do índice de dissecação para
O presente trabalho investiga a influência da litologia na distribuição da cobertura vegetal e no uso do solo na Serra do Gandarela, Quadrilátero Ferrífero-MG. Para atingir esse objetivo recorreu-se a análise de imagens de satélite, trabalhos de campo, produção de um mapa de vegetação e de uso e ocupação do solo, além do cruzamento destas informações com o mapa geológico. Os resultados demonstraram uma influência da litologia sobre a distribuição das diferentes fitofisionomias e dos usos do solo, sendo verificados os seguintes padrões: (i) campos rupestres, tanto ferruginosos quanto quartzíticos na porção mais elevada do relevo, associados às áreas de rochas mais resistentes ao intemperismo: Grupo Itabira (Formação Cauê), Grupo Caraça e Grupo Maquiné; (ii) campo limpo e campo sujo associados ao contexto das rochas do Grupo Nova Lima, especialmente na porção mais a oeste da área; (iii) Floresta Estacional Semidecidual, ocorrendo na sua maior parte, nas áreas das rochas carbonáticas da Formação Gandarela (Grupo Itabira) e sobre os filitos do Grupo Piracicaba. No que se refere ao uso e ocupação do solo, as áreas de mineração estão associadas às rochas ferríferas da Formação Cauê (Grupo Itabira) e as atividades agrossilvipastoris, em geral, se encontram nas porções mais baixas do relevo, associadas às rochas do Grupo Nova Lima e Piracicaba.
ResumoO estudo em topossequência da morfologia do solo fornece importantes subsídios ao conhecimento da evolução do relevo e auxilia a compreensão do comportamento e funcionamento dos solos. Neste sentido, o objetivo da pesquisa é analisar a organização da cobertura pedológica em uma vertente do córrego dos Pereiras e verifi car qual o papel e a importância dos processos geoquímicos e pedogenéticos nesse processo e, consequentemente, contribuir para o entendimento da evolução geomorfológica da Depressão de Gouveia. Esta análise é essencialmente empírica e foi desenvolvida em três etapas: gabinete; trabalho de campo; e laboratório. A etapa de gabinete compreendeuse em um levantamento teórico, cartográfi co e fotointerpretação, visando a escolha da vertente a ser estudada. Os trabalhos de campo seguiram a metodologia de Boulet (1988), baseada no levantamento de topossequência com a abertura de perfi s, tradagens e coleta de amostras deformadas e indeformadas. As atividades de laboratório compreenderamse na realização das análises de granulometria, ataque sulfúrico, pH, mineralogia e micromorfologia. Os resultados obtidos demonstram fi liação genética do manto de intemperismo ao substrato rochoso in situ e o processo de evolução pedogeomorfológica da topossequência pode ser entendido a partir do modelo oferecido pela teoria da Etchplanação. Características encontradas na topossequência levam a crer que a estrutura pedológica desta área da depressão pode ainda estar se ajustando ao encaixamento da rede de drenagem ocorrido recentemente no tempo geológico. v. 13, nº 2 (2012) www.ugb.org.br Revista Brasileira de Geomorfologia
A cidade de Goiânia, entre 7 e 10 de setembro de 2006, recebeu os participantes do VI Simpósio Nacional de Geomorfologia (SINAGEO), evento nacional promovido pela UGB – União da Geomorfologia Brasileira, e a Conferência Regional de Geomorfologia, evento internacional promovido pela IAG – Associação Internacional de Geomorfólogos, realizados pelo Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG). (...)
Resumo:A evolução do relevo está associada às formações superfi ciais nas vertentes e vales, envolvendo os diferentes níveis de organização da cobertura pedológica. Nesse sentido, este estudo objetivou realizar a caracterização micropedológica de coberturas na borda oeste do Planalto do Espinhaço, buscando verifi car a existência de indicadores que traduzam a evolução da paisagem em escala regional. A partir de uma compartimentação da área em três superfícies geomórfi cas (SG1, SG2 e SG3), foram selecionados quatro perfi s derivados do mesmo material de origem. As descrições micromorfológicas foram feitas a partir da caracterização das microestruturas (agregados e porosidade associada), do fundo matricial e das feições pedológicas. A partir delas, foram selecionados indicadores capazes de Informações sobre o Artigo
As plumas de poluição atmosférica originadas nas áreas industriais respondem por considerável parte dos compostos que entram na atmosfera. A movimentação destes poluentes é condicionada por variáveis que incluem as propriedades do material emitido, condições meteorológicas e características da superfície. Este trabalho apresenta uma análise da circulação da pluma de particulados atmosféricos emitidos no distrito industrial de Pirapora-MG. A metodologia inclui o estudo da direção e velocidade dos ventos; levantamento da extensão e direção da pluma em imagens de satélite e avaliação do condicionamento geomorfológico baseado em levantamentos de campo e dados SRTM. A dinâmica atmosférica regional histórica é marcada por ventos de nordeste (NE) e direciona a movimentação preferencial da pluma para sudoeste (SW). A geomorfologia atua no controle da dispersão por meio de dois corredores geomorfológicos (NE-SW) e (E-W), estes delimitados por barreiras orográficas nas cotas médias de 600m e 800m. Foi verificado no quadrante oeste (W) perfil de pluma com extensão de 128,5 km, sendo este o de maior risco ambiental devido à deposição de poluentes transportados por ventos de leste (E). As imagens de satélite associadas à dinâmica dos ventos e feições do relevo permitiram a identificação das áreas com maior possibilidade de degradação da qualidade do ar e acúmulo de material particulado. Estes resultados serão importantes no direcionamento dos estudos de contaminação nos compartimentos ambientais receptores (solo e vegetação) na área de deposição da pluma e poderão subsidiar ações de gestão ambiental, bem como auxiliar na tomada de decisões por parte dos gestores públicos.
das terras, na qual a deterioração persistente dos solos e a destruição das caatingas constituem expressões marcantes. Condicionantes locais, como a crescente exposição de solos, pode constituir fator que amplia os riscos de desertificação. Este estudo analisou as relações entre os solos carbonáticose uma possível desertificação em curso na bacia do rio Salitre, no semiárido seco da Bahia. O estudo foi realizado tendo como recorte os dois compartimentos de relevo que caracterizam a área de estudo, denominados platô carbonático e depressão de fundo de vale. Foram utilizadas técnicas de sensoriamento remoto para delimitação temporal da exposição dos solos, comparando os anos de 1950 e 2019. A distribuição da cobertura pedológica numa vertente perpassando os dois compartimentos foi analisada para dimensionar a organização morfológica dos solos, que também foram caracterizados em laboratório a partir de suas propriedades físicas e químicas (com destaque para o conteúdo de carbonato de cálcio equivalente). Os resultados apontaram que na área do platô carbonático há maior cobertura vegetal e os solos são, do ponto de vista pedogenético, mais evoluídos, mais estáveis e mais resistentes à erosão. Já na depressão de fundo de vale, há quase 70% de solo exposto (crescente nas últimas décadas) sobre condições morfogenéticas bastante instáveis, com forte remoção do solum e sobre materiais altamente friáveis, de elevada alcalinidade e teores de carbonato de cálcio equivalente que superam 500 g kg-1. Estas condições trazem implicações que dificultam a recuperação das caatingas na área da depressão, revelando uma persistente e evolutiva exposição dos solos, que sugere um quadro de alto risco de desertificação.
O objetivo principal deste artigo é o de apresentar proposta de abordagem do relevo na escola básica sob a perspectiva de suas formas típicas e apresentadas em diferentes escalas. Tomando como referência o relevo de Belo Horizonte, inicia-se pela escala local das formas (ou seja, do concreto), para a escala regional, atingindo assim os níveis mais abstratos de compreensão do relevo. A proposta explora conceitos geomorfológicos e envolve a linguagem visual mediante o uso de fotografias oblíquas para a escala local e modelos digitais de terreno e mapas para representar a escala regional no processo de ensino e aprendizagem da geomorfologia.
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