As mudanças climáticas apontam para um cenário futuro de projeções heterogêneas de aquecimento terrestre. Nesse contexto, os edifícios são responsáveis por uma parcela significativa do consumo energético global destinado à manutenção do conforto térmico dos ocupantes, especialmente quando não pode ser obtido por meio de estratégias passivas de condicionamento. O objetivo da pesquisa foi comparar o impacto das mudanças climáticas no conforto, no desempenho térmico e no consumo energético de uma edificação multifamiliar naturalmente ventilada à sua proposta de adaptação das esquadrias e dos sistemas de vedação vertical ao contexto climático local. Foram selecionadas Manaus, Vitória, Brasília e Porto Alegre para a realização de simulações de um Modelo Real (MReal) – representativo de edificações existentes – e de um Modelo Otimizado (MOt) – que incorpora recomendações da NBR 15575 e estratégias de condicionamento passivo. Os cenários climáticos considerados foram o período atual (com base na série histórica 1961-1990) e futuros (2020s, 2050s e 2080s). Os resultados demonstraram que, em cenários futuros, há aumento no número de horas de desconforto térmico por calor, tanto no MReal quanto no MOt. Em geral, o MOt minimizou o desconforto térmico por calor, principalmente no período atual e na parcela de tempo de 2020s, mas apresentou, a partir de 2050s, redução na capacidade de proporcionar conforto, considerando a adoção de estratégias passivas de condicionamento. Ratifica-se que a NBR 15575 poderia incluir parâmetros de projeções climáticas futuras para adequação das edificações ao clima e contenção das alterações climáticas antrópicas.
Em 2050 o mundo terá quase 10 bilhões de pessoas e o comprometimento dos limites ecológicos será um problema. O objetivo do artigo foi identificar quais são as características da janela mais abordadas na produção científica internacional, com ênfase na obtenção do desempenho energético da edificação e o conforto térmico. Foram utilizados dados bibliográficos indexados nas bases de dados Scopus, Web of Science e Science Direct. Os procedimentos metodológicos definiram os critérios para a escolha das bases de dados eletrônicas, as estratégias de pesquisa e definição dos descritores de busca e identificaram os parâmetros de relevância dos procedimentos para análise do conteúdo e sua sistematização. As informações obtidas resultaram em 744 artigos relacionados ao objeto de estudo. Para melhor organização dos resultados, a classificação do conteúdo pesquisado foi dividida em duas categorias: os elementos e posicionamento da janela; e os fatores que influenciam no desempenho da edificação. Os resultados mostraram que, dentre os elementos, o tipo de envidraçamento das janelas é o assunto mais estudado, já entre os fatores, o consumo de energia lidera. Tem-se a China como principal país pesquisador sobre o assunto, tendo o Brasil ficado com a 17ª posição. O ano de 2017 apresentou o maior número de publicações.
O elevado consumo de energia dos edifícios contribui para as mudanças climáticas, gerando a necessidade de obtenção de conforto no interior das edificações por meio das janelas que, ao permitirem a entrada de iluminação natural e de ventilação nos ambientes, reduzem o consumo energético quando corretamente dimensionadas. No entanto, o uso de modelos inadequados de esquadrias tem diminuído a eficácia desse elemento arquitetônico. Como existem legislações que buscam orientar os projetistas quanto às dimensões mínimas necessárias para as esquadrias, objetiva-se avaliar comparativamente a quantidade de horas de conforto térmico proporcionadas pelas janelas requeridas na NBR 15.575 (2013), no RTQ-R (2012) e no Código de Obras, utilizando-se da modelagem paramétrica em softwares de análise ambiental. A metodologia consistiu na definição do local de estudo, na configuração e modelagem do sistema e na definição da metodologia de avaliação. Os resultados foram comparados segundo os modelos de conforto adaptativo e do PMV.Palavras-chave: janela, conforto térmico, modelagem paramétrica.
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