Resumo: O artigo busca abrir uma fresta para vislumbrar a história de uma mulher negra chamada Flora Maria Blumer de Toledo e da missionária Martha Watts, atentando nas questões de gênero, escravidão e religião. O estudo versa sobre o caso de alforria de Flora e sua prestação de serviço como cozinheira a uma escola metodista de Piracicaba (SP), dirigida por Watts. Embora diversos estudos mencionem determinadas questões relativas à prestação de serviços domésticos pelas libertas durante o Oitocentos, o caso de Flora amplia o leque de diversidade, dado que seu serviço era prestado a uma escola norte-americana. O artigo vale-se de variadas fontes documentais e bibliográficas, além da coletânea de correspondências de Martha Watts publicadas originalmente pelo Woman’s Missionary Advocate, periódico da Sociedade Missionária de Mulheres Metodistas dos Estados Unidos.
A presente tese está sendo possível graças ao apoio e paciência da professora Maria Helena P. T. Machado, que me recebeu em fevereiro de 2018 para o curso de mestrado na USP. Tudo começou em 2017, quando eu lhe enviei um e-mail do Japão, indagando sobre a possibilidade de ingresso no curso, e ela me ofereceu todas as informações relativas ao programa. Sem ela, hoje eu não estaria aqui para aprimorar a pesquisa, numa das universidades mais prestigiadas do mundo, de modo que minha gratidão por ela nunca será o suficiente.Apesar de ter nascido no Brasil, passei a maior parte da minha vida no Japão, para onde me mudei logo depois do ensino fundamental. No país asiático, continuei meus estudos até o mestrado e, em 2017, tornei-me também membro de uma associação acadêmica que tinha por objetivo aprofundar o estudo das Américas no Japão, tendo por base diversas áreas de conhecimento no escopo das ciências humanas. Nesse contexto, decidi aprimorar meus estudos em História do Brasil em uma universidade brasileira e, graças à professora Maria Helena, estou agora no doutorado direto, para o qual pude ingressar em 2019, possibilidade indicada a mim pela professora, já que possuo mestrado no Japão.No intuito de aprofundar o campo de conhecimento da História do Brasil, nossa pesquisa tem como temática a imigração norte-americana ao Brasil do século XIX, universo que abarca dois grandes temas da história do país, como a escravidão africana e a questão racial, elementos importantíssimos para compreender igualmente a história da humanidade. Todavia, estes temas ainda são pouco pesquisados no Japão, onde os estudos relativos ao Brasil estão muitas vezes atrelados ao ensino da língua portuguesa, fazendo com que a História seja pouco abordada. Deste modo, para melhor compreender o Brasil, é necessário atentar sua história, imbricando elementos como sociedade, cultura e política do país. Neste contexto, a escravidão e a questão racial são relevantes não apenas para entender a formação da sociedade escravista brasileira, mas também para compreender o Brasil atual.Assim, estou extremamente grato à Universidade de São Paulo, a seus funcionários e professores, pela oportunidade que tive de aprimorar esses temas que futuramente compartilharei com alunos japoneses. Da mesma forma, agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que financiou este trabalho. Sem ela não seria possível realizar as inúmeras viagens para as cidades de Santa Bárbara d'Oeste, Americana e Piracicaba, onde realizei a maior parte da minha pesquisa. Devo também muitos agradecimentos aos funcionários do Museu da Imigração
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