Praticando errâncias por ambientes urbanos, compreendemos que determinadas cidades se delineiam enquanto arquipélagos (ilhas-redes) e não como uma unidade moderna (centro-periferia). Neste artigo, praticamos uma corpografia pelas ruas do Rio de Janeiro e consideramos a mutabilidade constante das conformações dos espaços pelas experiências sonoros-musicais. Investigamos um processo de comunicação-comunhão entre práticas estéticas, sonoras, sensíveis e visuais que se articulam na cidade. Essas coexistências comunicam-se nas cidades-arquipélagos por meio de “portas e pontes” (em todas suas modulações técnicas e imaginárias), como sugeridas por Simmel (2013). O trabalho integra as pesquisas das Cartografias Sensíveis das Cidades Musicais do Rio de Janeiro, elaboradas pelos grupos CAC-UERJ e NEPCOM-UFRJ
Investigamos a construção e enraizamento das experiências carnavalescas ativistas nas ruas do Rio de Janeiro entre os anos de 2010 e 2020 que consolidaram o movimento chamado Carnaval “não oficial”. Argumentamos no artigo que a rede complexa de produção de cortejos carnavalescos vem contribuindo significativamente para a projeção de outras atividades culturais e para as transformações das cenas independentes na cidade. Buscamos consolidar o acompanhamento dos atores e microeventos realizados nos últimos anos, reunindo no artigo as controvérsias (LATOUR, 2012) e potencialidades que agitaram o movimento de Carnaval “não oficial”. Acreditamos que a revisão das dissensualidades encontradas em campo são potencialmente capazes de arquitetar arcabouços teóricos mais sintonizados com o alto nível de assimilação e interação dos grupos culturais com os novos ativismos, estéticas, sonoridades e visualidades da urbe.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.