O presente trabalho trata do tema “desinformação na pandemia da COVID-19”, identificando como problema se notícias falsas realmente têm causado algum impacto no combate à doença. Para isso, tem como objetivo discutir alguns aspectos explorados por notícias falsas como a origem do vírus, as formas de propagação e tratamentos disponíveis. A fim de cumprir o referido objetivo, recorre à consulta a notícias disponíveis <em>on-line</em> e veiculadas por sítios da imprensa formal, bem como faz uso do suporte de Foucault (1980), Janich (2018), Levinson (2019), Žižek (2020) como embasamento teórico para se compreender questões relacionadas a uma possível definição de verdade, de informação e <em>fake news</em> e dos constantes alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre desinformação. Inevitável não notar como resultado que diante do considerável número de notícias circulando <em>on-line</em> a respeito da COVID-19, indivíduos mal-intencionados têm aproveitado a suscetibilidade do cenário para produzir e propagar desinformação, o que leva à conclusão de que apesar dos esforços de algumas redes sociais e de mecanismo de checagem de fatos em buscadores de informações, ainda se nota um crescente consumo e compartilhamento de <em>fake news</em>, sem que seja realizada qualquer tipo de busca a fim de se confirmar se o que está sendo compartilhado apoia-se em fatos, rumores, versões alternativas de fatos e teorias da conspiração.
O objetivo deste artigo é o de expor os aspectos característicos da cultura marabaixeira afro-amapaense, destacando sua designação como Patrimônio Cultural Imaterial (PCI) inscrito na ordem das discussões culturais que se iniciaram na década de 1970 e se estenderam até o ano de 2006, quando ocorre a efetivação dos objetivos traçados na Convenção da UNESCO, que aconteceu em outubro de 2003, em Paris. Para isso, procedeu-se à consulta a textos impressos e outros provenientes de periódicos on-line os quais utilizam como categorias de análise termos que transitam pela formação de um recente campo de estudos, aquele da produção imaterial de cultura, portanto, fortemente popular e marcado por traços de oralidade. Os resultados obtidos com a escrita deste artigo demonstram que apesar de anúncio do Ministério da Cultura, em novembro de 2018, de ter sido tombado como PCI da região norte entre as Formas de Expressão, o Marabaixo ainda está por alcançar o reconhecimento social que lhe é devido.
Poema que celebra milhares de vozes silenciadas e cujas identidades foram usurpadas pelos processos de exploração colonial.
Publicado na Revista Pan, em 25 de maio de 1940, O triunfo é texto que marca o início formal da carreira literária de Clarice Lispector. Nele, Luísa narra um dia de abandono após acordar e perceber que seu marido, Jorge, havia partido, definitivamente, dessa vez. Considerando esse cenário de reflexão sobre a vida, o amor e a ausência do amado, o objetivo do artigo é discutir o choque sentimental entre Luísa e Jorge, interpretando a postura do último em relação à primeira como ato de desamor. Para isso, na primeira seção, inicia tecendo um perfil biográfico da escritora brasileira, apoiado em Rosenbaum (2002), Gotlib (2011) e Moser (2016). Continua pontuando alguns aspectos da escrita clariciana contidos no referido conto, bem como não deixa de identificar o tipo de narrador utilizado pela autora nesse texto em particular. A seguir, na segunda seção, utilizando o comentário como procedimento metodológico de análise textual, avança para o tratamento do tema “amor como desamor” a partir de uma série de proposições tendo como foco teórico de base a discussão sobre o amor como uma arte, de acordo com Fromm (1962). O artigo conclui que já no texto em tela fazem-se presentes os traços estilísticos e temáticos que serão responsáveis pelo reconhecimento de Clarice como uma das vozes mais inovadoras da literatura brasileira contemporânea. Justificando ainda que o interesse pelo estudo do desamor surge da constatação de que é através do abandono, uma via bastante utilizada pela escritora em algumas de suas obras, que tomará corpo uma arte de desamar tipicamente clariciana, pois é na negação e na rejeição que os laços de afeto nela se constroem.
<p>O teatro vicentino, cuja força de expressão e originalidade impressionam a ponto de parte da crítica literária reconhecê-lo como iniciador do segmento em Portugal, surge em um contexto histórico-social, a Europa do século XVI – o quinhentismo português, no qual a presença da filosofia medieval ainda é persistente. Essa filosofia, em nada homogênea e dedicada, fundamentalmente, à discussão da questão do ser, a partir da qual avança a metafísica ocidental, desdobrando-se na querela dos universais, entre outras, possivelmente, deixou rastros no teatro do dramaturgo português, constituindo-se a busca desses traços, desses vestígios em sua produção literária o objetivo deste escrito. A fim de se alcançar dito propósito, o artigo se debruça em referências que, primeiramente, apresentam o corpo histórico e as questões mais recorrentes da filosofia do medievo, assim como suas vertentes, sublinhando-se a grega, a islâmica, a judaica e a latina. Isto é cumprido por Corbin (1986), Nasr (2006), Gilson (2001), Libera (2011), Marenbon (2012), por exemplo. O segundo momento compõe-se de referências que investigam a obra de Gil Vicente em seus variados aspectos como a linguagem, a sociedade, a política, os costumes etc.; nesse momento tomam parte Teyssier (1982), Moura (1987), Moisés (2008), Saraiva e Lopes (2010); para finalmente compor-se a cena dedicada ao trabalho de rastreio esboçado no objetivo mencionado, seção na qual se há de fazer uso das <strong>Obras de Gil Vicente</strong> (1965), publicadas pela reconhecida editora portuguesa Lello & Irmão. Crê-se que o resultado desta investigação é o cumprimento de suas aspirações apropriadamente ao se ter localizado nas peças vicentinas selecionadas temas e questões tratados pelos filósofos medievais, assentadas na dualidade platonismo/aristotelismo, traduzindo-se em mais que preocupações de momento, em uma visão de mundo e de homem, a qual certamente se estendeu às artes, em geral, e à literatura, em particular, atingindo profundamente o dramaturgo lusitano.<strong></strong></p><p><strong>Palavras-chave</strong>:<strong> </strong>Teatro português quinhentista. Filosofia medieval. Metafísica. Existência.</p>
tocante à inclusão ou não no ementário das disciplinas componentes da Matriz Curricular, nas bibliografias básica e complementar, de tópicos ou conteúdos que permitam a discussão da temática diversidade de gênero. Para alcançar o referido objetivo, optou-se por uma trilha metodológica que pudesse conjugar além da análise do mencionado projeto, elementos de pesquisa descrita com aqueles já bastante utilizados da pesquisa qualitativa com uso de procedimento bibliográfico, tendo como base teórica o conceito de gênero a partir das
Resumo: O objetivo deste artigo é demonstrar a presença de elementos filosóficos nos poemas de Hilda Hilst, principalmente naqueles publicados nos livros da década de 1950. Nos poemas contidos nessas obras, a escritora paulista tratou de questões estritamente filosóficas e que identificariam sua produção literária, como o amor, o sagrado, a busca pelo princípio gerador dos primeiros filósofos gregos, o ideal platônico, a morte, o drama da existência, os limites e usos da linguagem, entre outros. Como representativo do que se pretende comprovar, selecionou-se o poema XVI de Balada de Alzira (1951) para análise e discussão, de modo a se tornar evidente a relação entre ambos os campos, literário e filosófico, e se comprovar que nas obras de juventude, Hilda Hilst, caminhando para a maturidade de sua escrita e estilo poéticos, propôs exercícios de pensamento e reflexões profundamente filosóficos.Palavras-chave: Hilda Hilst; Balada de Alzira; Poesia brasileira contemporânea; Filosofia ocidental.Abstract: The objective of this paper is to show the presence of philosophical issues in Hilda Hilst’s poems, mainly in those published in the books of the 1950s. In those poems, the Paulista writer discussed strictly philosophical questions that would identify her literary production as love, the sacred, the searching for the first principle of the Ancient Greek philosophers, the platonic ideal, death and the drama of existence, the limits and uses of language, and so on. As representative of what has been intended to do, it was selected the poem XVI, from Balada de Alzira (1951) to analyze and comment, to be evident the relation between both the fields of literature and philosophy, and to demonstrate that in those early works, Hilda Hilst, wanting to achieve the maturity of her writing and poetical styles, has written poems in which are evident exercises of thinking and deeply philosophical reflections.Keywords: Hilda Hilst; Balada de Alzira; Contemporary Brazilian Poetry; Western Philosophy.
Este artigo mostra os direcionamentos do artivismo de Bia Ferreira tendo como base o álbum Igreja Lesbiteriana, Um chamado (2019). Para tanto, fez-se uso da pesquisa exploratória, de cunho bibliográfico, recorrendo-se às vozes de Sá (2006), Aldeman (2009), Lyotard (2009), Santiago (2009) e Costa (2016) para apresentar o artivismo como um novo discurso que se inscreve na categoria do pós-moderno, além disso, a partir de Chaia (2007), Raposo (2014) e Bordin (2015), procurou-se conceituá-lo, demonstrando em que se constitui e o que os sujeitos que o praticam pretendem no tempo presente. Os resultados mostram que o artivismo como expressão artístico-cultura já vem sendo praticado desde os anos 1960, com a ascensão dos movimentos sociais, políticos e culturais, entretanto, o termo, como um neologismo resultante da junção das palavras arte e ativismo, somente adquiriu reconhecimento em meados dos anos de 1990, quando a internet e as redes de comunicação social tornaram possíveis a divulgação em maior escala dos trabalhos de artistas ativistas. Por fim, entende-se que o artivismo praticado por Bia Ferreira se dá, em grande parte, através das redes sociais, o que caracteriza a sua militância como digital e, com base na análise do álbum, conclui-se que o seu trabalho caminha em direção à crítica social com direcionamento específico para a autoafirmação identitária a partir da problematização de questões raciais, de gênero e sexualidade. Palavras-chave: Pós-modernismo. Artivismo. Bia Ferreira. Música de Mulher Preta.
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