A discussão sobre a assistência à saúde prestada pelos farmacêuticos durante o século XIX, na cidade do Rio de Janeiro, a partir de uma elite farmacêutica e médica reunida em associações científico-profissionais próprias, expõe intersubjetividades vivenciadas por esse grupo em torno dos discursos e das ações voltados para a aplicação da terapêutica medicamentosa. Cabe aqui, apresentar uma reflexão sobre as tensões, as alianças ou mesmo dependências vivenciadas principalmente pelos farmacêuticos em relação aos doutores em medicina, aos droguistas e mesmo ao Estado Imperial ou seus representantes oficiais, no estabelecimento da legislação sanitária e fiscalização do seu cumprimento.
As reflex ões sobre o processo de institucionalização do ensino da química na região da Baixada Fluminense, apresentadas neste texto, foram construídas durante o desenvolvimento de um projeto de pesquisa que investigou o processo de institucionalização das ciências naturais na região metropolitana do Rio de Janeiro. A pesquisa, a partir da perspectiva da história das ciências, abordou a educação em química nesta região, explorando as intersubjetividades inerentes a institucionalização do ensino da química, por meio da fala de professores do ensino médio e superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, campus Nilópolis.
O Centro de Memória da Eletricidade no Brasil, criado em 1986 com o objetivo de promover a preservação do patrimônio histórico da energia elétrica no Brasil, dedica-se, entre outras atividades, à produção de uma historiografia voltada para a compreensão do processo de implantação da energia elétrica e de seu desenvolvimento no país. Essa produção tem chamado a atenção pela qualidade em termos de informações iconográficas e textuais sobre o tema; citando como exemplos mais recentes: Cidade em movimento: energia elétrica e meios de transporte na cidade do Rio de Janeiro (2001); Energia elétrica no Brasil 500 anos (2000); e Reflexos da cidade: a iluminação pública na cidade do Rio de Janeiro (1565-1930) (1999).Em outubro de 2001, comemorando o seu 15º aniversário, a instituição lançou A vida cotidiana no Brasil moderno: a energia elétrica e a sociedade brasileira . Esse último lançamento realizado no apagar das luzes, num momento em que a ordem do dia era o racionamento de energia elétrica como conseqüência da crise no setor, explicita a atualidade do tema. Vale ressaltar a formação da equipe de autores da obra, constituída em grande parte por historiadores e museólogos.A divisão da obra em três capítulos, intitulados Modernidade e progresso, A cidade, e A casa, foi orientada pela preocupação em construir o contexto histórico-social do período em que os efeitos da utilização da energia elétrica se fizeram sentir no cotidiano dos principais centros urbanos da sociedade brasileira. Dentro dessa perspectiva, são analisados os aspectos do cotidiano que abrangem os espaços público e privado, os hábitos e práticas sociais relacionados à vida material, e a relação entre a produção e o consumo de objetos.O primeiro capítulo introduz o leitor no cenário da modernidade que se anuncia mundialmente a partir de finais do século XIX, com as transformações científico-tecnológicas promovidas em decorrência da chamada segunda revolução industrial, quando foram criadas novas formas e fontes de produção de energia. A eletricidade aí, como nova tecnologia, seria uma das formas de manifestação dessa modernidade, sendo compreendida no contexto de transformações sociais do período, entre as quais se situa o avanço da ciência na Europa, como desdobramento das descobertas científicas, que vinham sendo realizadas desde o século XVIII, especialmente na área da física. Sob esta ótica, no limiar do século XX, o desenvolvimento da indústria de energia elétrica é visto como
A presente comunicação investiga as diferentes percepções filosóficas da natureza, realizando um breve levantamento bibliográfico sobre a temática ambiental. Foram selecionados quatro periódicos nacionais da área de Filosofia para a pesquisa. O viés mais significativo que pode ser percebido entre os trabalhos selecionados, perfazendo significativas contribuições para o ensino de ciências no que tange a questão ambiental, é o de que, perante o atual estado da arte da ciência em que se postula a crise paradigmática, faz-se necessário que os seres humanos sejam reintegrados à natureza, contrariamente ao que se configurou a partir do pensamento moderno. Essa é uma tendência que vem sendo observada em propostas da educação ambiental centradas no conhecimento ético e crítico.
As relações entre ciência e sociedade são cada vez mais complexas como resultado de mudanças no cotidiano das pessoas. No ensino de ciências, essas mudanças suscitam uma formação docente para o pensamento crítico acerca do processo de desenvolvimento científico-tecnológico e seus produtos. O estudo visou à inserção da História e Filosofia da Ciência como metodologia de ensino como forma de aproximar o saber sobre ciências do ensino de ciências. Para alcançar esse objetivo pesquisamos os trabalhos acadêmicos apresentados por quinze anos em evento de relevância para a pesquisa em ensino de ciências. A finalidade foi a de identificar e problematizar os trabalhos, estratégias e propostas pedagógicas que incluíssem a História e Filosofia da Ciência no ensino. Trata-se de pesquisa qualitativa, para a demarcação de panorama das pesquisas. Os resultados demonstraram haver poucos trabalhos empíricos envolvendo a História e Filosofia da Ciência e que as principais estratégias identificadas foram: jogos, experimentos, filmes, sendo mais recorrentes as que usam textos e questionários. No que diz respeito às disciplinas, a Física comparece com mais contribuições, como apontado em estudos anteriores. No que concerne aos objetivos do uso dessa metodologia, foi identificado que a maioria dos trabalhos analisados procurou aborda-la para que a ciência fosse entendida como um processo, influenciada por fatores históricos, sociais, econômicos, e não como um produto acabado.
Podemos pensar que ensinar ciências envolve levar aos alunos aprenderem a ciência. O que é, no contexto da escola, se apropriar dos conceitos científicos? Trata-se de focar nos construtos teóricos da ciência, nos processos pelos quais se chegou a eles, nos produtos da ciência ou etc.? O ideal seria responder a essa pergunta levando em conta todas essas dimensões nem sempre alcançável pedagogicamente.
RESUMOO artigo tem por fim apresentar uma análise reflexiva sobre o LAMLEC -Laboratório de Materiais Lúdicos para o Ensino de Ciências, cuja trajetória está vinculada a do próprio Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, onde está sediado. Paralelamente, essa apresentação será articulada a elucidação dos objetivos do laboratório, divulgação das propostas mais recentes para a educação e ensino de ciências, relacionando com as metodologias utilizadas na elaboração e validação dos seus materiais,incluindo aexibição dealguns de seus produtos. O propósito na divulgação de seus materiais e metodologias é de suprir uma carência já observada no ensino de ciências que necessita acompanhar as inovações científicas e tecnológicas presentes no cotidiano do jovem aprendiz. A partir desse objetivo os autores relatam a experiência de unir a divulgação científica à presença do lúdico na construção de materiais, partindo de uma equipe bem diversificada para isso, além de produtos dissemináveis do LAMLEC que podem ser trabalhados na educação formal e não formal, como jogos, histórias em quadrinhos e músicas.Trata-se de uma pesquisa aplicada com abordagem qualitativa, de natureza observacional descritiva.Palavras-chave: ensino de ciências; metodologias de ensino; divulgação científica. ABSTRACTHe articleaimstopresent a reflectiveanalysisof LAMLEC -Laboratório de Materiais Lúdicos para o Ensino de Ciências, whosehistoryislinkedtotheown Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, where it ishosted. At the same time, this presentation will articulate the elucidation of the lab's objectives, dissemination of the most recent proposals for education and science education, relating to methodologies used in the preparation and validation of their materials, including display of some of its products. The purpose in disseminating their materials and methodologies is to supply a shortage already seen in science education that needs follow scientific and technological innovations present in the young apprentice everyday. With this purpose, the authors report their experience to combine science communication to the ludic presence in building materials, starting from a well diversified staff for this, further LAMLEC's spread products that can be worked in formal and non-formal education, such as games, comics and music.
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