No presente artigo discutimos a participação feminina em conflitos violentos na escola. A partir de narrativas de estudante e de professoras de uma escola pública estadual de Anápolis/GO procuramos analisar as ideologias disseminadas por toda a sociedade sobre a atual existência de uma igualdade entre os sexos. O diálogo com os autores consultados aponta para a desmistificação desse discurso ora dominante, chamado de "pós-moderno", cujas ilusões mais evidentes consistem em acreditar que o centro hegemônico do mundo ocidental, não é mais o homem, branco e heterossexual prevalecendo agora, as identidades "múltiplas" e "flexíveis", as quais trazem em seu bojo a questão da emancipação feminina. Todavia, a realidade nos mostra que as mulheres são as principais vítimas do atual desenvolvimento capitalista.
O presente trabalho faz uma análise sobre a violência contra a mulher que se desenvolve em dois contextos e, por isso, possui diferenças quanto à narrativa, à temporalidade e à cultura. Trata-se, respectivamente, de um conto escrito no século XIX de autoria do russo Dostoiévski e de uma matéria jornalística publicada no Brasil em 2018. O objetivo principal é demonstrar que os valores machistas que justificavam a violência contra a mulher em uma sociedade à margem do mundo ocidental, de característica rural e pré-capitalista, ainda se fazem presentes no espaço urbano brasileiro contemporâneo. Outrossim, destacar que apesar das lutas protagonizadas pelos movimentos sociais, especialmente o movimento feminista cujas conquistas se materializam em legislações e instituições destinadas à proteger a mulher dos espancamentos, dos estupros, dos assassinatos etc, esse ciclo de violência não se rompeu e ainda faz parte do cotidiano de milhares de mulheres em nosso país.
O presente artigo aborda a implementação da Reforma Trabalhista, executada pelo Governo no ano de 2017, sob a presidência de Michel Temer. Temer anunciou sua intenção de efetuar a Reforma da Legislação Trabalhista, intitulada por ele como modernização, já no primeiro pronunciamento, fundamentando a ação no aumento de empregos e maior segurança no mercado. Para a concretização desse propósito, Temer se valeu de estratégias lexicais, escolhendo palavras adequadas, provocando, assim, a adesão do público; e discursivas, como a dissimulação, conceito ostentado por Thompson (1995), proporcionando a eufemização e o deslocamento do discurso. Será analisada ainda a comodificação, processo denominado por Fairchough (2001), que pode ser compreendido como a influência do discurso mercadológico sobre discursos não mercadológicos em sua essência, aplicada a Reforma Trabalhista.
Propõe-se, no presente artigo, discutir questões relacionadas à educação familiar, violência e adoção, a partir da experiência de Patrícia, uma menina que, por várias vezes, foi "adotada" e devolvida às instituições sociais que abrigam crianças abandonadas. Essa condição de mercantilização do sujeito e sua transformação em objeto é discutida a partir da interlocução com os autores que se debruçaram sobre estudos e pesquisas para compreender questões como valores, violência e cultura. Assim, as diversas concepções de educação, violência e vida familiar são problematizadas, e o aparente consenso em torno da adoção no Brasil, amplamente divulgado como a melhor forma de solucionar a questão do abandono social, econômico e afetivo em que se encontra significativo número de crianças, é abordado na perspectiva de evidenciar o lado que permanece oculto na sociedade contemporânea.Palavras-chave: educação familiar, cultura, gênero, adoção e violência.
INTRODUÇÃOEste trabalho discute algumas questões sobre abandono de crianças, adoção, violência sexual e gênero, uma vez que os problemas discutidos dizem respeito às condições de vida de uma menina. As reflexões a serem desenvolvidas surgiram a partir de pesquisa
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