Abstract. Araucaria forests are among the most threatened biomes of one of the world's 25 biodiversity hotspots, the south Brazilian Atlantic Rain Forest. This study was focused on flatworm community structure in three protected areas located on the eastern border of the Araucaria Plateau in south Brazil. We addressed three main questions: (1) How species‐rich are Araucaria forests? (2) Are there any differences in the community structure within the three areas? (3) What is the distribution pattern of land flatworms in this type of forest? A total of 51 flatworm species in ten genera and two subfamilies were found. Non‐metric multidimensional scaling analysis showed that the assemblage structure differed within the three areas. The abundance and richness varied in time, being affected by an interaction between season and areas. Araucaria forests on the eastern border of the Araucaria Plateau should be considered a hotspot of land planarian diversity, harboring an estimated 64 species. The high combined species richness in the protected areas studied emphasizes the importance of their preservation. Notwithstanding their close proximity, they are not redundant in maintaining regional biodiversity.

The role of rice fields as refuges for wetland macroinvertebrates was assessed at multiple spatial scales, and macroinvertebrate diversity was compared between fields and natural wetlands. Because irrigated rice fields are highly disturbed environments, and have lower environmental complexity and heterogeneity in the irrigated phase than do wetlands, we hypothesised that the fields would sustain lower diversity than do wetlands, especially at broader spatial scales. Wetlands and rice fields from three regions in southern Brazil were simultaneously sampled. In wetlands, the broadest scale (hydrographic basin) contributed the most to macroinvertebrate diversity. In rice fields, besides hydrographic basin level, narrower scales (site level) also contributed to macroinvertebrate g diversity. Different cultivation and management systems may be responsible for the contribution of narrower scales to g diversity in rice fields. Differences in community structure in both environments were determined by wetland drainage practices, and they were affected by the ENSO climatic phenomenon, which influenced macrophyte diversity in wetlands. Wetland communities were characterised by macrophyte-associated, passive-dispersing taxa, whereas rice fields contained short-lived, active-dispersing macroinvertebrates. The present study demonstrated that rice fields do not represent suitable refugia for wetland-expelled macroinvertebrates because they do not support similar community structure, at least under some management practices and climatic conditions influenced by ENSO.

Os tricladidos terrestres são predadores de topo de cadeia no seu microhábitat, alimentando-se de outros invertebrados de solo. A riqueza de espécies de tricladidos pode indicar a diversidade de outros grupos. A composição das comunidades de planárias terrestres da Floresta Estacional Decidual, que ocupa um quarto da cobertura vegetal do Estado do Rio Grande do Sul, é pouco conhecida. O presente trabalho teve como área de estudo o maior remanescente dessa formação florestal no Rio Grande do Sul, apresentando os seguintes objetivos: inventariar as espécies de planárias terrestres no Parque Estadual do Turvo (PE-Turvo) e comparar as comunidades desse Parque com as de outras áreas do estado com inventários desses tricladidos. Na área de estudo, foram inventariadas 26 espécies, sendo duas pertencentes às subfamílias Rhynchodeminae e Bipaliinae, e as demais, à subfamília Geoplaninae. Além dos gêneros Rhynchodemus Leidy 1851 e Bipalium Stimpson, 1857, foram registrados os seguintes gêneros de Geoplaninae: Geoplana Stimpson 1857, Choeradoplana Graff 1896, Pasipha Ogren & Kawakatsu 1990 e Notogynaphallia Ogren & Kawakatsu 1990, além do grupo coletivo Pseudogeoplana Ogren e Kawakatsu, 1990. O maior número de espécies foi registrado para o gênero Geoplana (10), seguido pelo gênero Pasipha (4). Geoplana rubidolineata Baptista & Leal-Zanchet, 2005 havia sido registrada anteriormente apenas para sua localidade-tipo, no nordeste do estado. Bipalium kewense Moseley, 1878, de distribuição cosmopolita, foi encontrada apenas em local submetido a alto impacto antrópico, não tendo sido registrada em áreas de floresta. Para comparar as comunidades de planárias terrestres do PE-Turvo com as de outros tipos de vegetação do estado, utilizou-se o método de ordenação NMDS. Essa análise indicou que as comunidades de planárias terrestres do PE-Turvo e de outras áreas de Floresta Decidual, Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa diferenciam-se das comunidades de áreas de Floresta Ombrófila Mista. A alta riqueza de espécies observada no PE-Turvo reforça sua importante contribuição para a conservação da diversidade regional.

Os rios neotropicais sofrem os efeitos das ações humanas. Medidas conservacionistas, pela escassez de estudos na região e do conhecimento límnico, baseiam-se em dados referentes a outras regiões, sendo muitas vezes ineficazes pela inobservância das diferenças nas respostas das comunidades aquáticas às variáveis ambientais em escalas distintas. Este estudo teve como objetivos: conhecer a riqueza de insetos aquáticos em uma bacia neotropical; verificar qual a influência das variáveis ambientais na distribuição das famílias de insetos aquáticos em quatro tributários dessa bacia e observar se o padrão de distribuição das famílias de insetos aquáticos varia entre as ordens dos rios ou entre microbacias, de acordo com a influência de variáveis ambientais e espaciais. Foi encontrado um total de 9.135 indivíduos distribuídos em 26 famílias de macroinvertebrados. A estrutura das comunidades foi distinta entre as microbacias. As famílias de insetos aquáticos foram influenciadas pelas variáveis ambientais e espaciais diferentes em cada microbacia.

Descreve-se uma nova espécie de Geoplana Stimpson, 1857 ocorrente na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil. Geoplana rubidolineata sp. nov. possui padrão de coloração característico, além de uma combinação de caracteres da morfologia interna, que a diferencia das demais espécies que apresentam epitélio com aparência estratificada revestindo o átrio feminino.