Este artigo analisa as interações em língua de sinais (LS), entre alunos surdos do ensino fundamental, nas aulas de Língua Portuguesa. Ele foi inspirado no trabalho de Donato (1994), que buscou identificar a presença da prática do andaimento nas interações entre pares em sala de aula de língua francesa como segunda língua. Em nossa pesquisa, analisamos através do sociointeracionismo (VYGOTSKY, 1988; WOOD, BRUNNER e ROSS, 1976) as interações entre os alunos surdos durante o desenvolvimento de uma unidade didática que os incentivava a escrever uma carta de reclamação, em Língua Portuguesa, sobre a sua escola. É possível perceber como as estratégias de andaimento possibilitaram a construção coletiva de aprendizagem para a realização da tarefa proposta.
A quarta categoria embora ainda pouco utilizada em razão dos custos, refere-se ao controle de ambientes, em que à pessoa com deficiência passa a ter a possibilidade de controlar as janelas, portas, aparelhos eletrônicos, móveis e iluminação, tudo por meio de um controle remoto ou mesmo por voz, expressões e assim por diante.A quinta diz respeito aos projetos arquitetônicos de acessibilidade como rampas, elevadores, adaptações em banheiros, mobiliário entre outras. Destaca-se, no entanto, que essa categoria requer um olhar mais apurado no que tange as políticas públicas, visto que, ainda hoje, mesmo fazendo parte da Lei 13.146/2015, que trada dos direitos das pessoas com deficiência, na prática a grande maioria das cidades brasileiras pouco contemplam projetos arquitetônicos de acessibilidade.A categoria número seis, diz respeito às Órteses e próteses e a sétima, refere-se a adequação postural, ou seja, almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos, que possibilitam o posicionamento adequado do corpo. A oitava categoria destina-se a veículos que visam a uma melhor mobilidade do indivíduo alguns exemplos são as cadeiras de rodas e os andadores.A nona é a de auxílio a cegos ou com visão subnormal em que alguns exemplos são, as lentes, lupas, softwares leitores de texto, ampliadores de tela, além de hardwares como, impressoras Braille entre outros. Já a décima são os auxílios para surdos ou com déficit auditivo, como aparelhos para surdez, entre outros. E por fim a última categoria refere-se as adaptações realizadas em veículos para que dessoas com deficiências físicas possam conduzi-los.A TA pode estar presente em todos os lugares, basta conhecer e fazer uso dessa infinidade de recursos que diminuem tanto a sensação de dependência de muitos indivíduos e isso resulta no aumento de sua autoestima e consequentemente em sua qualidade de vida. Sua utilização no contexto educacional é fundamental, mesmo porquê, como já mencionado no decorrer deste estudo, a TA é um direto garantido pela lei 13.146/2015, em que traz em seu Art. 3º no decorrer dos incisos I e III o direito das pessoas com deficiência à acessibilidade e a utilização de TA. Esse direito deve ser respeitado e de fato colocado em prática pelas instituições de ensino, pois, suas contribuições são significativamente importantes para o desenvolvimento das pessoas com deficiência.
Este artigo apresenta o trabalho de adaptação de textos literários para pessoas com deficiência intelectual e/ou transtorno do espectro autista realizado, através de um projeto de ensino, no laboratório da Sala de Recursos Multifuncionais do Campus Sapucaia do Sul do IFSul. A adaptação dos textos literários teve como objetivo torná-los adequados para pessoas com deficiência, tendo em vista o direito delas de serem incluídas em práticas culturais e de ensino. O processo de adaptação levou em conta o propósito do docente com a atividade de leitura e as características da deficiência ou do transtorno, buscando viabilizar o ato da leitura autônoma. Aqui, as autoras apresentam a metodologia criada pelo grupo para a adaptação das obras “A Cartomante”, de Machado de Assis, e “Meu Tio Júlio”, de Guy de Maupassant, durante o ano de 2019 e realizam uma análise do processo ao comparar trechos dos textos originais com os adaptados. O resultado do projeto foi a publicação, em formato impresso e digital, dos dois contos adaptados, permitindo que eles sejam utilizados em projetos de leitura e em sala de aula. Através desse trabalho, as autoras buscaram contribuir de forma consistente para a educação de pessoas com deficiência intelectual e transtorno do espectro autista no ensino médio e na educação profissional, especialmente no que diz respeito ao letramento literário desses estudantes e ao desenvolvimento da leitura no processo de educação inclusiva.
Para além de discutir a educação especial inclusiva de estudantes de ensino médio com deficiência intelectual, este texto apresenta a adaptação textual como uma proposta válida para a educação especial inclusiva, e aponta alguns conceitos relacionados a ela, como legibilidade e leiturabilidade, importantes para a sua compreensão. Também traz algumas técnicas de adaptação textual que podem ser utilizadas no contexto desta pesquisa, como a Linguagem Simples e a Leitura Fácil. Por fim, analisa uma proposta de adaptação literária através da Leitura Fácil desenvolvida pelo projeto "Literatura Acessível" em 2020, procurando encontrar pontos em comum entre a adaptação realizada e os passos de andaimento definidos por Wood, Brunner e Ross em 1976. Tal relação, a nosso ver, confirma essa prática como uma importante ação de mediação para a construção do letramento literário de estudantes do ensino médio com deficiência intelectual que possuam dificuldade de compreensão leitora.
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