Introdução: Informações sobre mortalidade por câncer de mama podem ser úteis para o planejamento de políticas públicas. Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer de mama em mulheres no Estado do Ceará. Método: Estudo descritivo exploratório cujas variáveis utilizadas foram: ano e local da ocorrência do óbito, sexo, causa básica de morte e a idade em faixa etária. A análise estatística dos dados foi realizada no programa Gretl, por meio de regressão linear, no qual as taxas de mortalidade por câncer de mama foram consideradas variáveis dependentes e os anos do período estudado, variáveis independentes. Foram apresentados os coeficientes de regressão, seus intervalos de confiança de 95% e os respectivos valores-p dos testes de significância estatística. Resultados: Foram notificados 141.168 óbitos por câncer de mama em todo o Brasil. O Estado Ceará representa 3,73% desse total e apresentou um aumento de 92,7% no número de óbitos por câncer de mama. Observou-se um aumento das taxas específicas de mortalidade a partir dos 40 anos de idade se mantendo crescente até a última faixa etária pesquisada. Conclusão: A análise realizada neste estudo evidenciou uma tendência progressiva no número de óbitos no Ceará, no Nordeste e no Brasil. É imprescindível a elaboração de estratégias que priorizem ações, a fim reduzir o atraso na condução dos casos de câncer de mama nos serviços de saúde para que a detecção precoce reduza o número de óbitos.
Introdução: A neoplasia de mama é uma das mais prevalentes entre as mulheres e pode proporcionar experiência traumáticas às mulheres. As alterações relacionadas ao aparecimento dessa patologia podem ocasionar alterações no humor, autoestima e sexualidade. Este estudo tem por objetivo analisar a qualidade de vida de mulheres após o diagnóstico de câncer de mama. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa com delineamento transversal. A população do estudo foi composta por mulheres que, na data da coleta deste estudo, tivessem o diagnóstico de câncer de mama há pelo menos 4 meses e que se mantivessem em tratamento no centro oncológico. Para coleta de dados, foi realizado um Cadastro Prévio das mulheres através da Ficha de Cadastro, e em seguida a aplicação da escala WHOQOL-Bref a fim de avaliar a qualidade de vida de mulheres que estavam em tratamento do Câncer de Mama. Resultados: A maioria das mulheres entrevistadas (80%) avaliou sua qualidade de vida de forma positiva. Enquanto 48,3% manifestaram sentimentos negativos, 91,7% mostraram-se satisfeitas com o apoio recebido dos amigos. A qualidade de vida relacionada ao meio ambiente foi a única que não apresentou em sua maioria, classificação boa ou muito boa. Conclusão: A partir da realização deste trabalho, conclui-se que embora o diagnóstico de neoplasia de mama possa trazer impactos negativos na vida das mulheres, a maioria delas classifica a sua qualidade de vida boa ou muito boa, sugerindo que a abordagem terapêutica e o apoio familiar podem amenizar os impactos deste diagnóstico.
A violência está presente na sociedade atual e parece contribuir para a ocorrência de crises hipertensivas. O objetivo deste estudo foi descrever a percepção do usuário da atenção primária em saúde sobre essa associação (violência e crise hipertensiva). Estudo descritivo desenvolvido junto a hipertensos adultos da área adscrita de uma Unidade de Atenção Primária à Saúde de Fortaleza-Ceará, com entrevistas semiestruturadas no ano de 2018. Os relatos foram transcritos na íntegra e realizada Análise Categorial de Bardin. Foram definidas quatro unidades de significado: 1- sentimentos percebidos e crise hipertensiva; 2- violência e crise hipertensiva; 3- conflito familiar e crise hipertensiva; 4- mudança no contexto social e crise hipertensiva. Os achados mostraram que, quando hipertensos moradores de áreas violentas presenciam e vivenciam situações de violências, isso desencadeia a crise, algumas vezes percebidas por sintomas diversos, outras pela verificação da pressão arterial. Conclui-se que muitos dos casos tratavam-se na verdade de pseudocrise hipertensiva e que a distinção entre elas requer habilidade da equipe multiprofissional, pois destoam na abordagem.
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