ResumoAdolescentes com trajetória de vida alicerçada na falta de valores éticos e morais estão mais vulneráveis à prática de atos infracionais. Caso isso ocorra, o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê sua inserção em medidas socioeducativas. Nossa pesquisa tem por objetivo identifi car a fase do desenvolvimento moral de adolescentes em confl ito com a lei. Para tanto, estudamos 30 adolescentes, entre 15 a 18 anos, do gênero masculino, inseridos em Centro de atendimento socioeducativo. Os dados foram coletados por meio de observação do jogo de futsal, que não contou com a fi gura do juiz e entrevista estruturada, seguindo-se as linhas gerais do Método Clínico de PIAGET (1994). A categorização dos dados coletados confi rmou nossa hipótese -de que esses adolescentes, ainda, se encontram com características de uma moral heteronômica, verifi cadas pelas diferenças entre a consciência e a prática de regras na situação de jogo. Apesar de conhecerem as regras, durante a partida, somente as respeitam para obterem benefícios, como: não cobrar a falta, enganar o adversário ou, simplesmente, ganhar a partida. Presumimos que somente as respeitariam, caso houvesse a fi gura de autoridade (juiz), porque esta iria lhes impor punições e privações. Acreditamos, portanto, que os resultados deste estudo possam tornar-se parâmetros para educadores criarem situações propícias, tanto preventivas como interventivas, para o desenvolvimento sociomoral, minimizando, assim, sofrimentos e oportunizando a formação de cidadãos com maior senso ético e moral, capazes de optarem pelo caminho da solidariedade, da cooperação e da justiça. UNITERMOS: Jogo de regras; Adolescente em confl ito com a Lei; Moralidade; Futsal.Jovens e adolescentes com trajetória de vida alicerçada na falta de valores éticos e morais apresentam difi culdades para estabelecer o que é certo e o que podem ou não realizar moralmente. Isso os tornam mais vulneráveis à prática de atos infracionais, e caso isso ocorra, sua condição torna-se adolescente em confl ito com a lei.Ressaltamos que atos infracionais, quando cometidos por crianças e adolescentes, esses são amparados pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, mais conhecido como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (BRASIL, 2006). Essa lei protege e garante os direitos das crianças e adolescentes, tratando-os como pessoas em desenvolvimento. Oportuniza tratamento especial para reeducação e inclusão social dessa população.Por outro lado, sabemos da importância do jogo de regras e da ação de jogar para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, moral e social dos indivíduos. Para tanto, é necessário a organização, coordenação e operação de uma série de relações, baseadas na natureza lógica.A ação de jogar propicia o desenvolvimento da aprendizagem e de processos psicológicos, como: atenção, concentração, memória e percepção, além de, socialização e interação entre os indivíduos. Os educadores, através da ação de jogar, poderão diagnosticar difi culdades apresentadas pelas crianças e adolescentes e, assim, oportunizar...
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