Na lógica do SUS, as consultas compartilhadas por profissionais de diferentes áreas são utilizadas como uma ferramenta de promoção de saúde, e prevenção de doença, e que também tem por finalidade ampliar o cuidado e dar autonomia para o sujeito com sua própria saúde. As residências Multiprofissionais auxiliam nesse processo, disponde de mais profissionais e qualificando-os para o cuidado integral ao usuário na atenção primária. Com isso o presente artigo trata-se de um relato de experiência sobre consultas compartilhadas realizadas por profissional residente de nutrição e educação física, como também ressaltar a importância do trabalho multiprofissional realizado em uma Unidade Básica de Saúde de um município localizado na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Os profissionais de Educação Física e os Nutricionistas trabalham de maneira semelhante, visando o cuidado sem utilização de tratamentos farmacológicos, assim auxiliam no processo de prevenção de doenças e de promoção de saúde através da proposta de alimentação saudável e prática regular de atividade física. Nessa lógica ampliada do cuidado, profissional da saúde e usuário são responsabilizados, deixando o usuário como protagonista do autocuidado e promoção da própria saúde.
OBJETIVO: Comparar a aplicabilidade do questionário do guia alimentar "Como ter uma alimentação saudável" (QGAS), proposto em 2006 pelo Ministério da Saúde, e do questionário de alimentação saudável da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 com relação à qualidade da dieta em longevos (85 anos ou mais) avaliados por uma equipe multiprofissional. MÉTODO: Estudo descritivo, quantitativo, transversal e analítico, em que foram avaliados em domicílio 44 longevos participantes de um projeto multiprofissional de atenção ao idoso, realizado na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Os hábitos alimentares foram avaliados a partir de dois questionários de investigação de hábitos alimentares, aplicados por entrevistadores nutricionistas e demais profissionais da área da saúde. Os itens alimentares constantes na PNS foram pontuados a partir de uma adaptação da pontuação proposta no QGAS para fins de comparação entre eles. RESULTADOS: O questionário da PNS foi mais fácil de ser aplicado por profissional não nutricionista, sendo significativamente relacionado ao QGAS com um coeficiente de correlação (r 2) de 0,67. Quanto à avaliação da dieta, as mulheres apresentam melhor qualidade da dieta no QGAS (10 dos 18 itens avaliados), enquanto no instrumento da PNS os homens apresentaram mais itens saudáveis (8 dos 15 itens avaliados). CONCLUSÃO: O questionário da PNS apresentou boa correlação com o QGAS na avaliação da qualidade da dieta em nonagenários e centenários. PALAVRAS-CHAVE: longevidade; inquéritos e questionários; dieta saudável; idoso de 80 anos ou mais.
Este estudo objetivou identificar o grau de capacidade funcional, as doenças crônicas mais frequentes e as características sociodemográficas de idosos de um território de saúde do meio rural. Trata-se de umestudo quantitativo, descritivo, transversal e exploratório, com 288 idosos residentes de uma zona rural de Santa Rosa/RS, no período de março a junho de 2012. Para a coleta dos dados foram utilizados osinstrumentos: índice de Katz, para as Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD); e a escala de Lawton para as Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD). Para análise dos dados, foi utilizado o programaEpi Info 3.5.3. Houve predomínio de mulheres idosas (52%), na faixa etária dos 75 anos ou mais (30%). A maioria dos entrevistados eram aposentados (94%), com renda de um a dois salários mínimos (81%)e baixa escolaridade (60%). A maioria se mostrou independente (97%) em relação às ABVDs e às AIVDs (77%). Entretanto, com relação às AIVDs, as mulheres foram as mais dependentes (60%). Observou-se que 57% idosos apresentavam algum grau de dependência, sendo que 23% deles não conseguiam utilizar o telefone e 20% apresentavam dependência parcial para utilizar meios de transporte e controlar as finanças. Foi possível identificar maior frequência de dependência a partir dos 70 anos de idade por meio dos dois instrumentos utilizados. Conclui-se que a diminuição da capacidade funcional relacionou-se ao aumento da idade, sexo feminino e baixa escolaridade. Os homens mostraram-se mais independentes. A hipertensão arterial sistêmica foi a doença mais frequente.
Introdução: O envelhecimento favorece alterações fisiológicas, funcionais e anatômicas em todo organismo feminino, comprometendo a qualidade de vida da mulher. Objetivo: Descrever a proporção de internações consideradas evitáveis por idosas com doenças inflamatórias pélvicas no Brasil, regiões e estados da federação. Métodos: Estudo quantitativo descritivo de dados extraídos do Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso, no ano de 2013 a 2018, provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, em que foram incluídas idosas de 60 a 74 anos que receberam diagnóstico CID10 N70-76, causas definidas como sensíveis a atenção primária. Resultados: A proporção de internações consideradas evitáveis por idosas com doenças inflamatórias pélvicas foi de 0,11% no Brasil no período supracitado. A região Norte apresentou as maiores frequências de internações (2013:0,18%;2014:0,16%;2015:0,18%;2016-2017:0,16%;2018:0,23%), ao passo que, a região Sul apresentou as menores frequências de internações consideradas evitáveis por idosas com doenças inflamatórias pélvicas (2013:0,08%;2014-2015:0,09%;2016-2017:0,08%;2018:0,09%), com exceção do ano de 2015 onde a região Centro-Oeste compartilhou da mesma frequência. Identificaram-se maiores frequências de internações evitáveis na Paraíba (2013:0,25%), Mato Grosso (2014:0,28%) e Acre (2015-2018:0,35;0,67;0,63;0,62%) e as menores frequências nos estados da Bahia (2013:0,06%), Pernambuco (2014:0,04%), Roraima (2015-2016:0,00%); Rondônia e Pernambuco (2017:0,05) e Rio Grande do Norte e Alagoas (2018:0,05%). Conclusão: As regiões Norte e Sul apresentaram as maiores e menores frequências de internações consideradas evitáveis por idosas com doenças inflamatórias pélvicas. Dados sugerem incentivar a saúde da mulher nos estados do Norte e Nordeste visto estes apresentarem as maiores frequências de internações do período.
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