Ao observar o desenvolvimento da humanidade, é possível notar as diferentes configurações atribuídas ao corpo humano que ocorreram de maneira contraditória, isso é, outrora o corpo gordo foi considerado sinônimo de riqueza e fartura, atualmente é tido como deformidade, feio e repugnante. Destarte, a partir dessa afirmativa, o objetivo desse escrito consiste em analisar criticamente o fenômeno gordofobia segundo a perspectiva da Teoria Histórico-Cutural, bem como destacar sua ação coerciva na vida dos indivíduos, principalmente entre os pré-adolescentes em âmbito escolar. Assim, a pesquisa se pauta numa perspectiva bibliográfica, norteada por autores que discutem o assunto. Os resultados evidenciam que a gordofobia é internalizada socialmente como signos e ocorre em vários campos sociais, como escolar, profissional e econômico, sendo divulgados constantemente pela mídia. Evidencia-se ainda que o preconceito seja maior em relação às mulheres, o que torna essencial as discussões de gênero relacionado à gordofobia.
Analisando as percepções corporais ao longo do tempo, nota-se que estas sofreram diversas transformações durante o desenvolvimento da humanidade. À vista disto, este estudo tem o objetivo de descrever a trajetória histórica da percepção corporal até o surgimento do preconceito denominado gordofobia que atinge pessoas consideradas acima do peso, especificamente no contexto escolar. A pesquisa de cunho qualitativo se discorre a partir da revisão bibliográfica, tendo como eixo norteador a Teoria Histórico-Cultural que entende o homem em sua totalidade, inclusive, suas relações sociais. Considerou-se que a gordofobia é apreendida como signos, dando sentidos e significados negativos a pessoa gorda, ocorrendo em várias esferas sociais, profissional, econômico, inclusive o escolar, afetando principalmente o sexo feminino e o desenvolvimento das funções psíquicas dos alunos.
Artigo recebido em 23/03/2022. Última versão recebida em 03/11/2022. Aprovado em 04/11/2022. Avaliado pelo sistema Triple Review: a) Desk Review pelo Editor-Chefe; e b) Double Blind Review (avaliação cega por dois avaliadores da área).
<p>Objetivou-se com o estudo investigar as vivências de homens responsáveis por crianças na família, destacando quais os desafios vivenciados por eles ao desempenharem funções que são atribuídas socialmente às mulheres. A abordagem teórica baseia-se nos estudos de gênero e em legislações relativas à guarda dos filhos em decorrência da separação dos pais, especialmente a guarda compartilhada. Participaram da pesquisa quatro homens responsáveis por crianças e duas mediadoras da vara de família. Os resultados evidenciam que os homens não sofrem discriminação e são vistos como heróis em âmbito social, diferente do que ocorre com professores homens em âmbito escolar.</p>
O artigo exprime ponderações teóricas-metodológicas de produções investigativas, a partir da elaboração do Estado do Conhecimento. Tal procedimento, que se caracteriza pelo mapeamento dos escritos científicos, propicia compreender as especificidades e descobertas sobre o objeto de interesse, detectando suas contribuições para o conhecimento científico, bem como desvendar as lacunas e caminhos ainda não percorridos. A vista disso, esse artigo tem o objetivo de mapear as produções inerentes a gordofobia, preconceito que aflige o corpo gordo, na perspectiva teórica-metodológica das representações sociais. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de caráter bibliográfica, por meio do levantamento ao Portal da CAPES, desenvolvendo análise crítica das obras que explanam assunto. Assim, o levantamento dos dados indica que a temática ainda é pouco explorada no meio acadêmico brasileiro, em que também ressalta o fato de não ser utilizado a nomenclatura em si. As poucas publicações apresentam discussões sobre gênero e a influência da mídia na padronização dos corpos e disseminação da discriminação, sendo em sua maioria analisadas por meio das representações sociais, mas sem relacionar a temática ao contexto escolar e com a pré-adolescência. Conclui-se que o efeito de não existir muitas produções sobre o tema, promove a relevância de se realizar novos estudos na área.
O presente artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa de mestrado referente as representações sociais e as experiências vividas por pré-adolescentes a respeito da gordofobia, relacionando-a com o bullying, a violência e as dificuldades escolares. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, o qual teve como eixo norteador a Teoria das Representações Sociais, a partir de Serge Moscovici. Foi desenvolvida em 3 (três) escolas públicas de Sidrolândia/MS, com 16 (dezesseis) alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, por meio de grupos focais, sendo um em cada escola. Os dados foram transcritos e analisados a partir da perspectiva de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados revelam que o corpo pode ser visto como dispositivo de diferenças e intimidações por conta de sua estrutura. Para os alunos, a gordofobia é retratada como bullying. Praticas sistemáticas que provoca desconforto e desânimo para frequentar a escola devido aos maus tratos e a violência, o que afeta diretamente o seu desenvolvimento acadêmico. Ficou clara a demonstração de sentimento, dor e sofrimento por aqueles que estão fora do padrão exigido socialmente. Com isso, os alunos internalizam as representações negativas sobre seus próprios corpos e exteriorizam seu sofrimento de forma agressiva, fazendo com que a violência ocorra diariamente na escola. O que faz dessa instituição um local inseguro e totalmente despreparado.
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