Em maio de 2001, coletaram-se plantas de calêndula (<i>Calendula officinalis</i> L.), originárias de plantio comercial em Atibaia (SP), com sintomas de manchas foliares. Essas lesões, de cor parda ou quase preta, inicialmente puntiformes, grosseiramente circulares, rodeadas por halos amarelados, atingiam 2 a 3 mm de diâmetro. Quando em grande número, podia ocorrer-lhes o coalescimento, causando crestamento foliar, seca e morte da folha. Não raro, notava-se também retorcimento do limbo foliar em infecções via hidatódios, além de necrose e morte de botão floral. De amostras apresentando essa síndrome, isolaram-se bactérias gram-negativas, que produziram pigmento difusível, fluorescente em meio B de King. Testes de patogenicidade em hospedeiro homólogo reproduziram os sintomas da doença, de onde foi reisolada a bactéria. Os resultados dos testes LOPAT (- + - - +) permitiram enquadrar a bactéria em estudo no Grupo III das Pseudomonas fluorescentes, tendo sido identificada como <i>Pseudomonas cichorii</i>. Trata-se da primeira constatação dessa bactéria em calêndula no Brasil. Linhagem bacteriana encontra-se depositada na Coleção de Culturas do Instituto Biológico (IBSBF), sob o Nº 1696.
É descrita a ocorrência de <i>Pseudomonas cichorii</i> causando lesões foliares ligeiramente circulares e de tamanho variável, em plantas de diversos cultivares de filodendro (<i>Philodendron</i> spp.), provenientes de viveiro comercial localizado no município de Holambra (SP), e cultivados sob cobertura plástica. Essas manchas, pardo-escuras, podiam atingir até 7 a 8 cm de diâmetro, verificando-se, em alguns casos, coalescência de lesões, acarretando intenso crestamento foliar. Essa é a primeira constatação de Pseudomonas cichorii em filodendro no Brasil. Isolados encontram-se depositados na Coleção de Culturas do Instituto Biológico, Seção de Bacteriologia Fitopatológica (IBSBF) sob n.ºs 1262 e 1263. Diferentes graus de resistência foram observados entre os cultivares de filodendro. O ‘Amarelo’ foi o mais resistente, enquanto P. scandens e os cultivares Boulevard e Red Emerald, além de quatro outros não identificados, mostraram alta suscetibilidade.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.