RESUMOOs autores apresentam o caso de um paciente adulto, com sinais e sintomas de compressão de cauda eqüina, ocasionados por meningocele sacral oculta. Não havia alterações cutâneas no dorso, mas sim deformidade congênita dos pés. Foi feita a remoção cirúrgica do cisto que proporcionou alívio dos sintomas. PALAVRAS-CHAVEMeningocele. Meningocele intra-sacral oculta. ABSTRACT Occult sacral meningocele: case reportThe authors report a case of an adult patient with cauda equina syndrome caused by an occult intrasacral meningocele. The patient did not present any cutaneous stigmata but a congenital malformation of the feet. Following the surgical excision of the cyst the patient presented a improvement of his symptoms. KEYWORDSMenigocele. Occult intrasacral meningocele.*Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital São Francisco de Assis. **Neurocirurgiões assistentes do serviço. ***Residentes de neurocirurgia. IntroduçãoCistos meníngeos intra-raquianos são raros e correspondem a 3% dos tumores aí encontrados. Essas lesões são mais comuns na coluna torácica, onde são encontrados em 65% dos casos e menos comuns em nível cervical. Na região sacral, encontram-se 6,6% das lesões relatadas. Os cistos sacrais são mais comumente diagnosticados na idade adulta 3 .Relato do caso SFS, sexo masculino, 29 anos, foi internado em outubro de 2004, no Hospital São Francisco de Assis (Belo Horizonte, MG) com história de parestesia na região perineal, dificuldade de deambular, incontinência urinária e disfunção sexual de início há 18 meses, de caráter progressivo. Relatava ainda lombalgia crônica incapacitante e dor na região glútea direita há alguns anos.Ao exame físico observamos, como anormalidades, marcha parética, com "pés caídos" (paresia da flexão plantar e dorsal dos pés) e anestesia perineal em sela. Apresentava alteração congênita dos pés, que eram hipercavos, com deformidade dos artelhos (Figura 1).A radiografia simples mostrou alargamento do canal sacral. A ressonância nuclear magnética revelou tumoração cística que se iniciava ao nível de S1 e deslocava as raízes da cauda eqüina ventralmente. Não era evidente uma comunicação do cisto com o espaço subaracnóideo (Figura 2). O diagnóstico pré-operatório foi de meningocele intra-sacral. 73-75, junho de 2005 Arq Bras Neurocir 24(2):
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