Objetivo: Estudar os custos de correção dos vícios de refração em grupos de pessoas de distinto poder aquisitivo.Métodos: Os autores estudaram cinqüenta pacientes portadores de vícios de refração. Estes foram separados em dois grupos: grupo I com pacientes escolhidos de forma aleatória na primeira consulta ao ambulatório de Oftalmologia do Hospital Evangélico de Curitiba (HUEC), e grupo II com voluntários médicos do HUEC e acadêmicos de medicina da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná (FEMPAR). Foram analisados dados referentes a sexo, faixa etária, profissão, renda, grau de instrução, uso de correção (óculos ou lentes) e seu custo, consultas oftalmológicas. Os pacientes foram submetidos ao exame oftalmológico de rotina.Resultados: Encontramos no grupo I predominância de pacientes de meia idade (48,5 anos), com renda entre 1 a 5 salários mínimos (SM) e hipermétropes; e no grupo II, pacientes jovens (24,4 anos), com renda acima de 20 SM e míopes foram mais freqüentes.Conclusão: O gasto médio anual com óculos fica no mínimo em R$ 46,50 (0,3 SM); com lentes de contato, no mínimo R$ 196,66 (1,4 SM); e com cirurgia refrativa em R$ 800,00 (5,9 SM). O estudo sugere a cirurgia refrativa como boa indicação para ambos os grupos. Socioeconomic aspects of refractive errorsCada autor declara que não possui interesse financeiro no desenvolvimento ou marketing dos instrumentos referidos no estudo. Trabalho realizado no serviço de oftalmologia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba.(1) INTRODUÇÃOSabe-se que oitenta e cinco por cento da nossa relação com o mundo exterior é feita através dos olhos 1 e que tanto na fase escolar quanto no trabalho faz-se mister boa acuidade visual.Vários procedimentos cirúrgicos foram utilizados na tentativa da cura da miopia. Desde 1890 procuraram-se métodos cirúrgicos para correção refrativa, como a epiceratoplastia, ceratotomia radial, lentes de Baikoff, ceratomileusis, anel intracorneano de Choice, fotoceratectomia refrativa(PRK), ceratectomia intraestromal a laser (LASIK Foram incluídos todos os casos com diagnóstico de ametropias em um ou ambos os olhos, sendo estas divididas em miópicas, hipermetrópicas e mistas. As ametropias miópicas incluíram miopia e astigmatismo miópico. As ametropias hipermetrópicas incluíram hipermetropia e astigmatismo hipermetrópico, e as ametropias mistas incluíram somente astigmatismo. Os pacientes com presbiopia associada a miopia ou hipermetropia foram incluídos na respectiva ametropia para longe.Todos os pacientes responderam um questionário padrão (Anexo 1).Consideramos socioeconomicamente inativos os estudantes, aposentados, desempregados e donas de casa. Ativos eram os que exerciam atividade formadoras da renda familiar.Os Aspectos socioeconômicos em pacientes portadores de vícios de refração11 (22%) encontrados somente no grupo I, sendo que os motivos pela falta de correção foram dificuldade financeira para aquisição dos óculos em 3 pacientes, não adaptação em 1 paciente e outros como quebra dos óculos em 2, nunca ter consultado oftalmolog...
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