R e s u m o : A fim de se visualizar a instalação das primeiras instituições de ensino superior no antigo Estado de Mato Grosso, foi necessário um olhar sobre as mudanças do campo educacional ocorridas no contexto nacional. A discussão, embasada em pesquisa bibliográfica de trabalhos memorialistas e acadêmicos, busca se concentrar nas experiências da construção de instituições de ensino superior no Estado de Mato Grosso, na década de 1960, e alcança o período da divisão do Estado, ocorrida no ano de 1977. Desse modo, expõese uma grade de informações que permite se entender o processo de criação da Universidade Federal de Mato Grosso e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Nesse ponto, defende-se que a porção sul do antigo Mato Grosso foi mais dinâmica do que a parte norte na promoção das primeiras escolas de ensino superior. A institucionalização de escolas de ensino superior ocorreu em um contexto nacional que favorecia o seu processo de interiorização, escolas essas encabeçadas por lideranças locais, profissionais liberais que se utilizavam do discurso da promoção da modernização regional para adquirirem poder e reconhecimento com as iniciativas empreendidas no campo educacional. Já o papel do sistema universitário era, essencialmente, a qualificação da mão de obra local.
As universidades públicas do estado Mato Grosso são o objeto deste trabalho. Elaborou-se uma narrativa cronológica linear das primeiras iniciativas de criação de escolas de ensino superior, contemplando-se as que ocorreram no atual Mato Grosso do Sul, para, em seguida, centrar as atenções sobre Mato Grosso no o período da divisão do Estado, de 1977. No decorrer do trabalho, opera-se uma análise dos discursos que associam às universidades um papel de promoção do desenvolvimento e modernização regional nas esferas econômicas e sociais, na intenção de demonstrar os limites desse tipo de discurso ideológico. Este trabalho é um recorte da tese de doutorado da autoria, intitulada História e Universidade, e, ainda neste trabalho, são contempladas reflexões dirigidas à expansão da UFMT e da UNEMAT rumo o interior do Estado, sobretudo, o espaço que diz respeito à Amazônia norte-mato-grossense.
O trabalho expõe o resultado de uma pesquisa sobre a saúde do professor da rede pública de ensino no município de Dourados-MS. Os dados quantitativos foram compostos por meio da análise das licenças médicas dos professores da rede municipal; os dados qualitativos são entrevistas com professores das redes municipal e estadual. A literatura específica consultada dialoga com Maurice Tardif, José Esteve Zaragoza e Wanderley Codo sobre aspectos do investimento emocional realizado na docência, e se apropria de contribuições de Norbert Elias sobre o conceito de habitus e figuração. Os resultados demonstram que as interações no ambiente escolar contribuem para a geração do “mal-estar docente” e para o acometimento de doenças psicossomáticas sobre os professores. Verificou-se que o termo “mal-estar docente” é elemento da identidade do professor, um efeito do habitus docente, agravado pelas condições de trabalho e pela debilidade do reconhecimento simbólico do papel de professor. A pesquisa notou que há uma tendência de absenteísmo docente que aumenta no segundo semestre do ano letivo, relacionada também a causas emocionais.
O presente trabalho analisa as estratégias narrativas que buscaram forjar a identidade do professor de História e da área do ensino de História, mediante estratégias de fixação de cânones do ensino de História. Foram identificadas nas formas discursivas denúncias, proposições de inovações no ensino e nas concepções de história, que remetiam para a construção da identidade de sujeitos autocentrados, onde crenças políticas se confundiam com proposições científicas para a leitura do social.
Analisa-se a trajetória de historiadores que se destacaram na Universidade Estadual de Mato Grosso, durante a década de 1970, que corresponde a atual Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Observou-se a importância da sensibilidade para a motivação dos projetos intelectuais e para o empoderamento institucional. Nesse período, esboçam-se os primeiros trabalhos em história regional, fruto de iniciativas espontâneas e da consolidação do sistema de pós-graduação no Brasil. Entrevistas orais foram as principais fontes selecionadas para o artigo.
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