Na última década ocorreram mudanças na estratégia de desenvolvimento econômico brasileiro ocorreram na última década, através da criação de grandes projetos de infra-estrutura. O governo federal brasileiro lançou todos esses projetos em um Programa denominado “Programa de Aceleração do Crescimento” (PAC), esta estratégia teve como objetivo aumentar a produção, bem como o seu escoamento. A nova reestruturação territorial, realizada pelas políticas federais, marca um novo contexto de desenvolvimento – denominado "novo desenvolvimentismo" – baseado, principalmente, pela construção de grandes empreendimentos petroquímicos, usinas elétricas, rodovias, entre outros. No presente estudo, questionamos o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ). O COMPERJ ilustra um caso típico de conflitos ambientais comuns no conjunto de transformações definidas pelo PAC, principalmente devido a instituição de áreas de exclusão de pesca na Baía de Guanabara. Este empreendimento produziu um conflito ambiental com os grupos de pesca, suas diferentes formas de apropriação e uso do espaço, que é uma condição de existência de seus meios de subsistência.
O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação (PPG-CiAC), criado em 2011, é o primeiro PPG da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fora da capital do estado. Ao longo dos últimos cinco anos, mais de 50 dissertações de mestrado foram defendidas no programa, geralmente tendo como objeto de estudo os ecossistemas e a sociedade do norte do estado do Rio de Janeiro, região que tem passado por grandes mudanças socioeconômicas nas últimas décadas. Em conjunto, a produção do PPG-CiAC contribui para o aumento do conhecimento científico multi e interdisciplinar regional, pautado na integração entre ciências naturais e sociais. Neste artigo apresenta-se síntese das principais contribuições do PPG-CiAC, focando na promoção do desenvolvimento sustentável da região.
Este trabalho propõe uma reflexão teórico-conceitual acerca das categorias de “camponês” - esse “incômodo” ator social, e o “agricultor familiar” à luz, sobretudo, de intelectuais brasileiros, mas não apenas, que têm como objeto de estudo a questão agrária. Nosso objetivo é apontar aquilo que dá substância tanto à construção social do camponês, quanto do agricultor familiar, mas levando em consideração o fato de que a heterogeneidade da agricultura de base familiar brasileira é indubitável, refletindo-se, portanto, na sua díficil definição. Propõe-se uma análise que pondera a respeito dessas duas categorias entendidas, não como pólos opostos, como se o camponês fosse resumido a um ator político e o agricultor familiar a um ator produtivo, mas a partir das possíveis imbricações entre ambas categorias destacando, sobretudo, a pertinência do campesinato no país.
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