Resumo O objetivo deste artigo é descrever os conteúdos dos sonhos dos usuários de crack, de acordo com sua visão, e analisar a interferência que produzem no processo de abstinência. Pesquisa qualitativa com 21 usuários de crack. Consumir a droga durante o sonho significou o fracasso ou uma forma compensatória de prazer ou de alerta a potenciais recaídas; não consumir a droga significou sintomas de abstinência ou o sucesso em ter vencido a dependência. A interpretação dada aos sonhos pode levar os usuários de crack à fissura e recaída. Os resultados podem contribuir para intervenções terapêuticas eficazes.
O presente trabalho teve como objetivo compreender como os especialistas, estudiosos da dependência de substâncias psicoativas, consideram o sucesso de um tratamento dessa problemática levando em conta suas vivências, experiências e as suas diferentes abordagens relacionadas ao tema no Brasil. Foram utilizadas as bases da metodologia qualitativa. A construção da amostra foi baseada no princípio da amostra intencional; utilizou-se como ferramenta para essa pesquisa um questionário eletrônico na plataforma Monkey Survey; o recrutamento dos acadêmicos doutores foi feito utilizando a plataforma Lattes do CNPq. O processo de análise dos resultados seguiu as premissas da Análise de Conteúdo: assim o material possibilitou a construção de área temática e a partir do agrupamento dessas informações, foram construídas as categorias para análise. Dessa forma, foram enviados 464 e-mails, e foram considerados 55 participantes, 5 categorias foram encontradas (Mudança no padrão de consumo; Qualidade de Vida; Reinserção Social; Desenvolvimento Emocional; Autonomia). A análise demonstrou que os especialistas têm expectativas muito audaciosas como: abstinência, independência na condução da própria vida, retorno às atividades de trabalho e de estudo, reativar as relações com família e amigos. Essas expectativas são de difícil alcance já que são ignoradas outras variáveis que interferem na concretização das mesmas, como por exemplo: preconceito e rejeição da sociedade a usuários de substâncias, família não amistosa, situação de vulnerabilidade, etc. Esse quadro pode dificultar o processo de tratamento dos indivíduos acometidos pela problemática da dependência de substâncias.
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