Aos meus pais, Sandra e Roberto, por tudo que fizeram por mim, sempre com paciência e amor. À Bea, por estar sempre comigo, mesmo não estando perto. Ao meu orientador, professor Antonio Vicente, pela confiança, autonomia e apoio que foram investidos em mim. Ao professor Ivã Lopes, pela paciência e atenção dedicadas ao desenvolvimento desse trabalho. Ao professor Roberto Zular, pelas contribuições feitas ao trabalho no exame de qualificação. Para Carolina Lemos, Carolina Tomasi, Cleyton Fernandes e João Bosco pela amizade e pelos auxílios acadêmicos. Ao Israel Azevedo e ao Willian Billi, amigos desde sempre, que incentivam à criatividade. Ao Grupo de Estudos Semióticos da Usp (GES-USP), que amplia meus pontos de vista e estimula a investigação científica.
A diversidade das abordagens em relação às inscrições urbanas reflete a sua complexidade. Cada análise, seja ela sociológica, psicológica, histórica ou artística, constrói o objeto segundo seu ponto de vista (SAUSSURE, 1997), o que limita a investigação da prática. Se considerarmos as inscrições urbanas como uma confluência de movimentos, social e artístico, a articulação desses dois fatores é preponderante, visto que é a ausência dessa relação que tem determinado abordagens enviesadas de sua manifestação. Então, a partir dessas segmentações unilaterais, nossa tese propõe uma ampliação nas tendências de análise, ao considerar a história das inscrições urbanas sob o viés da prática, do texto e do objeto. Dessa forma, busca-se apontar as conservações e as inovações das estruturas de formação do sentido das inscrições urbanas em função de suas mudanças históricas. No nível da prática, um modelo de dinâmica social, baseado nas teorias de Merton (1970) Coseriu (1979) e Klinkenberg (2008, 2010), é estabelecido para explicar a produção dos enunciados, cujas relações entre o plano do conteúdo e o plano da expressão (FIORIN, 2008) e a influência da repetição na formação de algumas modalidades (LEMOS, 2015) desenvolvem nossa abordagem nesse nível de análise. Já o nível do objeto faz a junção com a prática e o texto por meio do suporte, que encontra na proposta de Dondero (2016) e Fontanille (2005, 2015) uma forma pertinente de tratamento de nosso objeto. Ressaltamos que, embora o tratamento histórico tenha uma base interdisciplinar, devido às necessidades do objeto, o processo de produção do sentido na diacronia é nosso objetivo principal e para isso, as teorias da linguagem conduzem todo o desenvolvimento de nossa reflexão, na qual a semiótica tensiva (ZILBERBERG, 2012) possui um especial destaque em razão de suas contribuições a respeito das dinâmicas processuais do sentido. Assim, acreditamos que a complexidade das inscrições urbanas exige novos tipos de abordagem, permitindo à teoria semiótica se desenvolver na apreensão de práticas cujo sentido é formado em uma forte dependência entre os níveis de análise do texto.
De acordo com Correa (2016), as inscrições urbanas podem ser compreendidas como um conjunto de práticas semióticas cuja dinâmica social mostra a interdependência entre os níveis de pertinência (Fontanille, 2008). Assim, ao avaliar a história das inscrições urbanas, identifica-se no suporte um núcleo de transformação dirigido pelas práticas e um fator desencadeador das tensões que promovem mudanças e conservações ao longo do tempo. Por isso, tomam-se as propostas de Dondero e Reyes (2016) sobre a questão do suporte na semiótica para abordar o desenvolvimento das práticas de inscrições urbanas em relação ao uso do suporte e seu impacto na plasticidade dos textos-enunciados. Desse modo, consegue-se dar mais um passo em direção à análise de um fenômeno social cujo dinamismo e multiplicidade desafiam a apreensão teórica.
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