O músculo esquelético tem a propriedade de adaptar-se a diferentes estímulos, alterando o número de sarcômeros em série, de acordo com o comprimento a que está submetido. Este trabalho tem como objetivo comparar as adaptações de peso e comprimento do músculo sóleo de ratos, além de estimativa do total de sarcômeros em série, quando submetidos a alongamento intermitente durante imobilização em plantiflexão. Foram utilizados 24 ratos (Wistar) machos de 14 ± 2 semanas de idade, divididos em 4 grupos: C (n = 6) - controle; A (n = 6) - músculo sóleo esquerdo (MSE) alongado; I - (n = 6) MSE imobilizado; IA (n = 6) MSE imobilizado e alongado. O protocolo utilizado foi 3 séries de alongamento com duração de 30s a cada 48h; e período total de imobilização de 21 dias. Foram comparadas as variações observadas entre os músculos sóleus direito (MSD) e o MSE com relação a peso muscular, comprimento muscular e estimativa do número de sarcômeros em série (ENSS), através da contagem em 300mm. Nas variáveis analisadas ao comparar o MSD (controle) e o MSE (submetido a alongamento e/ou imobilização) foram observados: peso muscular: C = -1,59%, (p = 0,67); A = +5,41% (p = 0,05); I = -41,48% (p = 0,01); IA = -32,46% (p = 0,01); comprimento muscular: C = -2,63% (p = 0,43); A = +7,54% (p = 0,07); I = -12,74% (p = 0,01); IA = -10,42% (p = 0,11); ENSS: C = -3,81% (p = 0,09); A = + 2,73% (p = 0,56); I = -12,20% (p = 0,01); IA = -12,21% (p = 0,21). Conclui-se que o alongamento durante a imobilização preservou o comprimento muscular e a quantidade de sarcômeros em série, mas não evitou a perda do peso muscular.
Uma importante questão para a reabilitação é como proteger o músculo esquelético dos efeitos da imobilização, pois, o músculo é o mais mutável dentre os tecidos biológicos e responde às demandas normais ou alteradas com adaptações morfológicas e funcionais. O objetivo deste artigo foi verificar o efeito de duas diferentes intensidades de carga de natação sobre a morfologia do músculo sóleo, e se são eficazes para reverter o processo de atrofia causado pela imobilização durante o período de 15 dias. Foram utilizados 10 ratos, com idade de 10±2 semanas, divididos em 2 grupos: G1 (imobilização/natação sem peso) e G2 (imobilização/natação com sobrecarga de 10% do peso corporal). Dentro das variáveis analisadas ao comparar o membro esquerdo (submetido à imobilização) com o direito (não submetido) foram observados: para peso muscular em G1=-20,55% (p=0,0344) e G2= -17,02% (p=0,0053); comprimento muscular em G1= -10,66% (p=0,0011) e G2= -6,55% (p=0,1016); estimativa de sarcômeros em série no músculo para G1= -14,18% (p=0,0101) e G2= -10,99% (p=0,0043); e para comprimento de sarcômeros em G1= 3,51% (p=0,3989) e G2= 5,28% (p=0,1771). Conclui-se que duas semanas de remobilização através da natação, com diferentes tipos de sobrecarga não foram suficientes para reverter totalmente o processo de atrofia causado pela imobilização.
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