Os estudiosos da industrialização brasileira há muito tem se debruçado sobre as questões introdutórias deste texto, a principal é entendê-la e interpretá-la num jogo, ora conflitivo, ora harmônico, com a base da economia brasileira no século XIX e princípios do XX. A vida econômica brasileira estava baseada no modelo agrárioexportador, que caracterizava-se pela forte concentração fundiária; pela utilização em larga escala da força de trabalho escrava africana, durante a maior parte do período, e, após, imigrante mediterrânica; pelo eminente caráter mercantil, coadunado pelo paulatino fortalecimento do sistema financeiro; e por sua crescente inserção na Divisão Internacional do Trabalho, em especial, após a primeira mundialização do capitalismo na década 1870.
Este artigo tem como objetivo aclarar e divulgar a categoria Formação Econômico-Social para sua instrumentalização na Ciência Histórica. Neste texto, buscaremos demonstrar como a tradição marxista a formulou para capturar a unidade coerente na diversidade social, ressaltando a multiplicidade de fatores, esferas e dimensões que sua pretensão abarca. Importa, também, pontuar a sua diferença e complementariedade ao conceito de Modo de Produção. Por último, teceremos algumas distinções entre formações pré-capitalistas e capitalistas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.