Entrevista com o Professor Orlando de Barros (UERJ). Revista Maracanan, PPGH-UERJ, Rio de Janeiro, n. 30 - "80 anos da entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial: aspectos políticos, econômicos, culturais e regionais", maio-ago. 2022.
Os estudos reunidos na seção “Sociedades científicas” procuram abordar, de forma inovadora, aspectos ainda não tão explorados a respeito do período em que Getúlio Vargas foi presidente do Brasil. Sem dúvida, os governos provisório (1930-1934), constitucional (1934-1937), ditatorial (1937-1945) e democrático (1951-1954) proporcionaram transformações políticas, culturais, sociais e econômicas substanciais na história do país. Os artigos que compõem essa seção foram escritos por pesquisadores e pesquisadoras do grupo de pesquisa “Dimensões do Regime Vargas e seus desdobramentos”, filiado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e criado em 2012 pelo Prof. Dr. Orlando de Barros. O grupo agrega estudiosos do governo Vargas de universidades de todas as regiões e estados do Brasil, publicando livros e artigos e organizando eventos e simpósios temáticos.
Pedro Ernesto, interventor e depois prefeito eleito do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, foi aos poucos aprofundando suas relações com os trabalhadores, o que causou o descontentamento de grupos poláticos e sociais que sentiram seus interesses afetados. A popularidade obtida por Pedro Ernesto assustou não só os grupos de direita, como também os de esquerda, que viram o prefeito como um concorrente á obtenção da atenção da população pelo Partido Comunista Brasileiro e pela Aliança Nacional Libertadora. Mas o grande opositor do prefeito viria a ser o presidente da República e os homens do governo federal, que viram Pedro Ernesto como uma força polática que crescia nacionalmente e que poderia se tornar um concorrente em potencial. Caso isso ocorresse, seriam prejudicados os planos que visavam á manutenção de Vargas no poder e o estabelecimento da ditadura.
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