Objective: To analyze sexual and reproductive health indicators of adolescents based on data from the National School-based Health Survey (PeNSE) in 2015, comparing them to the data from 2009 and 2012. Methods: Cross-sectional study that has analyzed data from 9 th grade students from PeNSE 2015, 2012 and 2009. We estimated prevalence and 95% confidence intervals for the following indicators: sexual initiation, condom use in the last sexual intercourse, counseling for pregnancy, sexually transmitted infections and free condoms in the three rounds of the survey. Prevalence of all indicators accessed in 2015 was estimated according to sex, type of school and region. Pearson's χ 2 test was used. Results: The prevalence of sexual initiation reported by adolescents has decreased from 30.5%, in 2009, to 27.5%, in 2015, as well as the use of condom in the last intercourse, from 75.9 to 66.2%, respectively. In respect to counseling, there was a reduction regarding pregnancy prevention in public schools, from 81.1 to 79.3% and in relation to free condom in private schools, from 65.4 to 57.3%. About 30% reported using both condom and another contraceptive method, and 19.5% did not use any method. Boys presented greater prevalence of sexual initiation, higher number of partners and reduced prevalence of condom use. Adolescents living in North, Northeast and Central-West regions presented worse indicators. Conclusion: There was a reduction in sexual initiation and condom use among Brazilian adolescents, boys were more vulnerable to sexually transmitted infections, and girls from public schools were more vulnerable to pregnancy.
Resumo O Brasil apresentou elevada queda de fecundidade nas últimas décadas. No entanto, diferenças sociodemográficas ainda impactam diretamente no acesso ao planejamento reprodutivo no país. O objetivo deste artigo é estimar a prevalência do uso de métodos contraceptivos (MC) de acordo com variáveis sociodemográficas entre mulheres brasileiras em idade reprodutiva. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados secundários de 17.809 mulheres que responderam à Pesquisa Nacional de Saúde. Estimou-se a prevalência com intervalos de 95% de confiança e utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. Mais de 80% das mulheres relataram utilizar algum MC, sendo o contraceptivo oral o mais utilizado (34,2%), seguido dos cirúrgicos (25,9%) e das camisinhas (14,5%). As mulheres pretas/pardas, nortistas e com baixa escolaridade são mais esterilizadas, enquanto as brancas, com maior escolaridade e das regiões Sul e Sudeste são as que mais utilizam contraceptivo oral e dupla proteção. Apesar das melhorias observadas não houve diminuição da prevalência do não uso de MC e ainda existem desigualdades de acesso à contracepção no país.
O artigo pauta-se no desenvolvimento de um estudo etnográfico acerca da saúde de um grupo de mulheres Surdas e do uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) como agency, ou seja, como instrumento de busca de entendimento acerca de sua saúde corporal e de sua sexualidade. Neste processo verificamos por meio das redes sociais que o uso da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e a identificação com o ser Surdo caracterizam-se de forma positiva, pois contrapõem-se à visão da surdez como deficiência. Por fim, demonstramos a importância do uso das tecnologias como meio de acesso aos conhecimentos sobre a própria saúde, que nem sempre chegam às mulheres Surdas a partir dos profissionais da saúde. PALAVRAS-CHAVE: Mulheres Surdas; LIBRAS; Tecnologias; Acessibilidade. ABSTRACT The article is based on the development of an ethnographic study considering a group of Deaf women and the use of Information and Communication Technologies (ICTs) as an agency to get information about women’s health. The technologies work as an instrument to search for understanding about their corporal health and their sexuality. In this process, we verified through social networks that the use of LIBRAS (Brazilian Sign Language) and the identification with the Deaf person are characterized in a positive way, as they oppose the view of disability. Finally, we demonstrated the importance of the use of technologies as an instrument of access to knowledge about health, which does not always is offered for Deaf women by health professionals. KEYWORDS: Deaf Women; LIBRAS; Technologies; Accessibility. RESUMEN El artículo se pauta en el desarrollo de un estudio etnográfico acerca de la salud de un grupo de mujeres Surdas y del uso de Tecnologías de Información y Comunicación (TICs) como agencia, o sea, como instrumento de búsqueda de entendimiento acerca de su salud corporal y De su sexualidad. En este proceso verificamos por medio de las redes sociales que el uso de la LIBRAS (Lengua Brasileña de Señales) y la identificación con el ser Surdo se caracterizan de forma positiva, pues se contraponen a la visión de la sordera como deficiencia. Finalmente, demostramos la importancia del uso de las tecnologías como medio de acceso a los conocimientos sobre la propia salud, que no siempre llegan a las mujeres Sordas a partir de los profesionales de la salud. PALAVRAS CLAVE: Mujeres Sordas; LIBRAS; Tecnologías; Accesibilidad.
A presente comunicação tem por objetivo principal analisar a construção social da AIDS durante as décadas de 80 e 90, no contexto norte-americano, através da análise de filmes sobre o tema. Dessa forma, analisaremos o filme The normal Heart, produzido nos EUA em 2014; Philadelphia, produzido nos EUA em 1993. Tais produções -que retratam a AIDS associada a homossexualidade masculina no início da década de 80 -fornecerem elementos para compreender os discursos e estratégias de categorização da doença em seu aspecto biológico e social. Nossa pesquisa é norteada pelo conceito de "enquadramento da doença", baseado nas discussões de Charles Rosenberg, que entende a doença enquanto um fato social e não somente em seu aspecto biológico. Assim, buscaremos discutir como nos filmes o contexto social -política, cultura, crenças e valores -ressinifica a forma como se percebe a doença, seus portadores e as relações interpessoais daquele indivíduo em sociedade. Ademais, tais análises foram relacionadas com percepções e representações da prática dos profissionais de saúde na atualidade dos atendimentos em saúde.
O presente estudo é fruto do Projeto de extensão intitulado “LIBRAS em Interface com as Unidades de Saúde: Práticas pedagógicas voltadas aos profissionais da saúde que prestam atendimento às pessoas Surdas de Viçosa, MG”. Este, foi desenvolvido durante o ano de 2013,em parceria entre a UFV e a Secretaria Municipal de Saúde de Viçosa, com financiamento via programa FUNARBEX. Capacitar os agentes comunitários de saúde em relação a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Tal meta surgiu a partir da demanda dos profissionais de saúde, atuantes nas Estratégias de Saúde da Família – ESFs de Viçosa - MG, em aprender a LIBRAS, e, consequentemente, proporcionar um atendimento de saúde com maior qualidade aos Surdos atendidos por estas unidades. Os cursos de formação e capacitação ocorreram de acordo com a base teórico-metodológica do Curso de Extensão em LIBRAS– CELIB, da UFV, em duas etapas: O curso básico I, em que foram trabalhados os temas vocabulário e palavras do cotidiano; e o básico II, para o desenvolvimento da formação inicial de frases e a respeito dos temas de saúde e o atendimento de saúde em LIBRAS. Como forma de refletir acerca das aulas e a aquisição de um conhecimento significativo de LIBRAS, durante todo o curso, foram realizadas avaliações qualitativas, por meio de ditados, questões acerca dos temas discutidos em sala e elaboração de atividades em LIBRAS para apresentar aos colegas. O método utilizado foi de caráter participativo, visando uma perspectiva dialógica, no sentido de proporcionar a troca de experiências de maneira reflexiva. Desse modo, além do ensino e aprendizagem da LIBRAS, os (as) cursistas puderam refletir sobre suas práticas de saúde, favorecendo a criação de novos parâmetros de ação junto a esse grupo minoritário. Tendo em vista as avaliações, o projeto apresentou resultados satisfatórios, uma vez que todo (as) os(as) cursistas atingiram notas acima da média de 75% no básico I e acima da média de 80% no Básico 2. Ademais, os participantes demonstraram satisfação pelo curso e interesse em continuidade. O curso de formação trouxe benefícios aos profissionais que participaram de tal iniciativa, proporcionado conhecimento significativo acerca da LIBRAS e promovendo um atendimento de saúde mais inclusivo, integral e humanizado aos Surdos de Viçosa-MG.
O presente trabalho envolve as temáticas de inclusão e vulnerabilidade social, com o foco nas Mulheres Surdas de classe popular e sua relação com os princípios de igualdade, de respeito à diversidade e de autonomia, inscritos nos princípios da Política Nacional para as Mulheres. Para tanto, realizamos uma pesquisa em uma cidade da Zona da Mata Mineira, durante os anos de 2013 a 2015, com o objetivo de entender como as Mulheres Surdas fluentes em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, que não estão cadastradas nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs), adquirem informações acerca de sua saúde. Para ponderar tais informações, tomamos por base o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e as diretrizes do Sistema Único de Saúde, no que tange ao exercício dos direitos sexuais e reprodutivos. A partir do desenvolvimento de um estudo etnográfico, utilizando recursos como caderno de campo, etnografia virtual e entrevistas, foi possível adentrar no cotidiano das mulheres Surdas e identificar 6 agentes, com idade entre 25 e 43 anos, usuárias da LIBRAS e que frequentam as unidades de saúde, mas não estão cadastradas nas ESFs. Para o desenvolvimento do estudo obtivemos recursos via FAPEMIG e CNPq. Segundo os dados obtidos pela pesquisa, percebemos a baixa utilização das unidades de saúde para questões relativas à sexualidade e reprodução. Em contra partida, o uso de tecnologias de informação e comunicação foi evidenciado como agency, ou seja, tais mulheres usufruem das Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs – para buscar entendimento acerca do próprio corpo e sua sexualidade. Outro aspecto a ser destacado é a autonomia das mulheres surdas em relação às questões que envolvem a surdez e sua cultura, com a ênfase na LIBRAS e na identificação de ser Surda de forma positiva, contrapondo-se à deficiência. Ademais, foram constatadas situações de violência de gênero. O acompanhamento familiar mostrou-se de modo tutelar (quando as Surdas apresentam pouca agência sobre sua saúde sexual) ou no sentido de interpretação (no caso em que a filha ouvinte faz a tradução para a mãe Surda). A saúde das mulheres Surdas por vezes é prejudicada devido a fatores como barreira linguística, despreparo profissional, tutela e infantilização pelas instituições famílias e, até mesmo, religiosas, o que interfere também no agenciamento que essas mulheres tem sobre seu próprio corpo. A partir desse conjunto de questões averiguadas, entendemos a importância da visibilidade e reconhecimento da necessidade de melhoria das condições de vida e saúde de uma parcela de mulheres, envolvendo a integralidade da saúde e a incorporação de novos segmentos populacionais ao atendimento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
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