A partir de pesquisa realizada em um município do extremo oeste do estado de São Paulo e convertido em complexo penitenciário, foi possível analisar as especificidades do sistema prisional paulista mediante o que se configurou como turismo penitenciário. O objetivo do artigo é analisar à luz da Sociologia Econômica os efeitos do encarceramento em massa a partir do recorte de mercado. O método consistiu em etnografia e entrevistas semi-estruturadas. A pesquisa conclui que o fluxo das visitantes, identificadas pela categoria nativa mulher de preso, reconverte não só o comércio local como já observado por outras pesquisas como igualmente seus significados, conforme observa Zelizer. Se os presos situam-se num lugar a parte, a política de interiorização dos presídios e sua respectiva dinâmica de mercado inserem as suas famílias num lugar a parte e aprofundam desigualdades. Palavras-chave: Prisões. Turismo penitenciário. Estado. Mercado. Consumo.
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