Introdução: A crise econômica brasileira vivenciada na segunda década do século XXI exigiu transformações no mercado de trabalho, virtude do desemprego. Objetivo: Analisar os acidentes graves de trabalho ocorridos entre trabalhadores com e sem vínculo empregatício. Metodologia: Estudo observacional transversal de base documental e retrospectiva com dados da Ficha de Notificação de Acidente de Trabalho Grave, que informaram acidentes graves envolvendo membros superiores nos anos de 2016 a 2017. Os dados foram analisados por meio do Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Foram analisadas 370 fichas de notificação compulsória. Observou-se uma alta prevalência dos acidentes graves entre homens da construção civil e marcenaria. Foi observada também uma maior prevalência de trabalhadores sem vínculo empregatício, os quais afirmaram ter menor dificuldade em operar o equipamento causador do acidente, mas participaram menos de atividades de treinamento e uso de equipamento de proteção individual. Conclusão: O momento de crise econômica e, consequentemente no emprego, tem gerado um crescimento de trabalhadores sem vínculo, os quais são mais expostos aos acidentes graves de trabalho. Esse grupo de trabalhadores demandará mais atuação dos serviços públicos para desenvolver ações de treinamento e incentivo ao uso de proteção no trabalho.
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