Introdução: A dor crônica é uma experiência desagradável sendo caracterizada como aquela com duração maior de seis meses. Estudos apontam que a qualidade de vida das pessoas pode ser diretamente afetada, seja na vivência social, emocional ou física. Desta forma, a farmacoterapia representa um papel importante no manejo de pacientes acometidos por dores crônicas. Entretanto, muitas pessoas fazem uso de automedicação para alívio imediato dos sintomas, o que implica em diversos riscos à saúde. Objetivos: Identificar o perfil de estudantes com dor crônica autorreferida e a automedicação em uma população de estudantes universitários. Material e métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de delineamento transversal, realizado mediante a aplicação de questionário semiestruturado, de forma online. Foram incluídos estudantes de ambos os sexos, com idade entre 18-70 anos, dos cursos da área de saúde (Bacharelado em Enfermagem, Farmácia e Educação Física), da Faculdade Santíssima Trindade, localizada na cidade de Nazaré da Mata, no estado de Pernambuco, Brasil e que apresentavam dor crônica, igual ou superior a seis meses. Os participantes incluídos assinaram e concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta dos dados foi realizada no período de Abril - Junho no ano 2021. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (CAAE nº 30366820.0.0000.5208). Resultados: A pesquisa contou com a participação de 42 universitários que autorreferiram a dor crônica. Destes, 90,5% eram mulheres e 9,5% homens. Sobre a automedicação, 78,57% dos voluntários, afirmaram utilizar medicamentos sem orientação profissional. A automedicação pode resultar, não apenas na ineficácia dos fármacos utilizados, como também na ocorrência de diversas reações adversas, podendo, inclusive, levar à morte. Além disso, esta prática pode ser responsável por mascarar sintomas de quadros patológicos mais graves, dificultando o diagnóstico e a escolha do tratamento apropriado. As classes farmacológicas mais citadas entre os participantes que se automedicam foram analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios não-esteroides. Conclusão: Verificou-se um significativo perfil da automedicação pelos participantes que autorreferiram dor crônica, reforçando, assim, a necessidade de mais estudos sobre essa condição clínica para que o tratamento terapêutico seja seguro e eficaz.
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