Dos problemas de saúde que acometem as chinchilas (Chinchilla lanigera) a má oclusão merece destaque por ser comum, ter ampla repercussão nos sistemas e tratamento com prognóstico variável. Em decorrência disto, o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura, com finalidade de servir de material de apoio ao clínico que trabalha nesta área. Chinchilas possuem 20 dentes permanentes e são classificadas como monofiodontes elodontes. A má oclusão pode ter causas genéticas, dietéticas, por processos infecciosos, neoplasias e até traumas. Ocorre dificuldade de se alimentar, perda de peso, alteração do formato das fezes e modificação no padrão da mastigação. Abscessos apicais em dentes molariformes podem surgir com o crescimento dos dentes. O diagnóstico é realizado pela radiografia do crânio, sendo realizadas as posições convencionais que podem ser complementadas com as laterais oblíquas. Também é necessário proceder pelo exame físico completo da cabeça com utilização de espéculos e em casos graves com fraturas ou abscessos retrobulbares a tomografia pode ser realizada. O tratamento é feito com o desgaste adequado dos dentes e das pontas além do tratamento das várias doenças secundárias a má oclusão que podem ocorrer.
A gota úrica é um distúrbio comum em aves mantidas em cativeiro como animais de companhia, sendo caracterizada pelo depósito de cristais de urato em diversos órgãos, podendo se apresentar como gota visceral ou gota articular. Esse relato de caso trata dos achados macroscópicos de gota úrica visceral na necropsia de um lóris arco-íris (Trichoglossus haematodus). Na necropsia se destacou o acúmulo difuso de urato sobre o pericárdio, fígado, intestinos, baço e rins, não havendo sinais de gota articular. Essas lesões encontradas são condizentes com o que há descrito em literatura a respeito da gota úrica visceral. Além desses, foram encontrados também: hepatomegalia com alteração de coloração hepática podendo ser sugestivo de lipidose hepática. Sabendo que a gota é um distúrbio metabólico, existem várias possibilidades para o seu surgimento, geralmente associado a causas nutricionais como: excesso de proteínas na dieta, toxicose por Hipervitaminose D3, deficiência de vitamina A e excesso de cálcio, além de falência renal ou desidratação intensa sendo que a deficiência de vitamina A pode estar intimamente ligada a lesão renal. Hiperuricemia, um dos fatores que antecede a gota, pode estar associada ao jejum e dieta deficiente em lisina. Os fatores nutricionais são importantes ao relato de caso, uma vez que o lóris arco-íris é uma espécie com hábitos alimentares extremamente específicos, consumindo alimentos com níveis proteicos mais baixos que outras espécies de psitacídeos. Esse é o primeiro relato de gota úrica visceral em Trichoglossus haematodus.
Infecções respiratórias são frequentes na clínica veterinária de aves pet, sendo os psitacídeos a família mais comumente acometida e atendida. Várias bactérias são identificadas nesses quadros, algumas como a Klebsiella pneumoniae, uma bactéria Gram negativa e oportunista, que traz desafios ao clínico devido sua multiressistencia e tem sua gravidade potencializada pela capacidade patogênica da cepa. Muitos relatos médicos relatam O objetivo desse trabalho é relatar o caso de infecção respiratoria de um papagaio verdadeiro (Amazona aestiva) por Klebsiella pneumoniae, constatando a multiresistência dessa bacteria e as dificuldades de tratamento relatadas em literatura médica. Um papagaio de 42 anos, macho, com histórico de alterações respiratórias há cerca de dois anos, foi atendido numa clinica particular apresentando dispnéia, balançar da cauda evidente, secreção nasal esbranquiçada bilateral, diarréia, tremores, secreção na região da coana, e hiporexia de alguns dias. A tutora relatou uso de vários antibióticos ao longo desse tempo, sem acompanhamento médico veterinário, com quadros de melhora e piora, mas sem diagnóstico definitivo e resolução do mesmo. A ave também recebia dieta pobre de nutrientes, baseada em poucas frutas diárias e muito girassol. Foram realizados exames de RX da cavidade celomática, que acusou a presença de pneumonia difusa, hemograma e também a cultura com antibiograma da secreção nasal, onde se constatou a presença da bactéria Klebsiella pneumoniae. O antibiograma constatou a resistência da bactéria a vários antibióticos como: enrofloxacina, doxiciclina, ciprofloxacina, ampicilina e trimetoprimsulfametoxazol mais comumente usados nesses quadros. O papagaio foi tratado com marbofloxacina, um dos poucos antibióticos sensíveis do antibiograma, na dose de 5mg/kg durante 10 dias, tendo boa resposta e resolução de todos os sintomas. Também eram sensíveis a amoxilina com clavulanato, amicacina, gentamicina e cefalexina, mas todos com a concentração minima inibitória baixa. Além disso, foram feitas alterações na dieta e tratamento suporte com inalação duas vezes ao dia. Após 15
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