Introdução. A Terapia de Restrição e Indução ao Movimento (TRIM) é uma técnica que consiste em incentivar o paciente a utilizar o membro superior parético nas suas atividades de vida diária (AVD), imobilizando o membro não acometido. Objetivo. Avaliar a utilização da TRIM na recuperação do membro superior afetado em pacientes pós-Acidente Vascular Cerebral (AVC). Método. Participaram do estudo pacientes com AVC na fase crônica, hemiparéticos, com mais de 18 anos e foram excluídos pacientes que apresentam outras patologias neurológicas, uso de neurotoxinas e alteração cognitiva que impossibilitasse a realização da técnica. Foram submetidos a duas sessões semanais de 50 minutos da TRIM por um período de 4 semanas. A fisioterapia consistiu na realização de exercícios voltados as AVD e atividades instrumentais de vida diária (AIVD). Resultados. Foram selecionados e recrutados 15 indivíduos, destes, 8 não finalizaram a intervenção. Na avaliação de recuperação da função motora dos membros superiores, mais da metade dos pacientes apresentaram melhora significante (p=0,008) na redução do grau de comprometimento motor. Nas atividades espontâneas de vida diária tiveram uma melhora na avaliação quantitativa e qualitativa. A redução do tônus foi percebida apenas em dois pacientes (14%). Conclusão. Os pacientes com AVC que realizaram TRIM apresentaram melhora na recuperação motora e nas atividades espontâneas de vida diária e do movimento do membro superior, na fase crônica. Já a espasticidade não apresentou diminuição significante, o que já era esperado.
Introdução: em março de 2020, a OMS declarou oficialmente o surto de COVID-19 como uma pandemia. Geralmente, os pulmões são um dos primeiros órgãos a serem afetados e a VNI tem o papel importante no manejo de insuficiência respiratória de várias patologias, e também pode ser uma estratégia no tratamento das complicações relacionadas à infecção por COVID-19. Objetivo: analisar o perfil dos pacientes internados com COVID-19, assim como as indicações do uso da VNI. Métodos: trata-se de um estudo observacional retrospectivo, com análise de prontuários de julho de 2020 a dezembro de 2021 de um hospital público terciário do Distrito Federal. A amostra foi composta de sessenta e cinco pacientes, constituída majoritariamente por indivíduos do sexo masculino (60%) com média de idade de 64 ± 14 anos. Resultados: no atual estudo, a Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) foi a indicação mais frequente para a utilização de VNI, e também podemos observar que, a falha no uso da VNI foi associada à persistência do quadro respiratório grave, sendo relacionada ao maior tempo de internação na UTI e permanência hospitalar. Conclusão:a VNI contribuiu como intervenção no tratamento para IRpA na COVID-19 e a maior ocorrência de insucesso pode ser justificada pela gravidade dos pacientes e também a presença de comorbidades e variabilidade nas indicações da VNI. Sendo que os pacientes que obtiveram sucesso no uso de VNI não necessitaram de intubação, tiveram o tempo de internação reduzido e menor mortalidade.
Introdução: Com a chegada da pandemia, medidas de distanciamento social foram tomadas para impedir a disseminação do vírus. Nesse contexto, os centros educacionais tiveram que se adaptar para ministrar conteúdos de forma on-line, o que impactou em mudanças bruscas na rotina de universitários. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida e o quadro álgico de universitários que estavam na modalidade aulas on-line durante a pandemia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo de abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada por meio dos questionários de caracterização da amostra, inventário breve da dor e o WHOQOL-bref, a fim de obter os dados sobre a qualidade de vida e o quadro álgico de universitários de uma universidade particular do Gama (Distrito Federal), consecutivamente. Resultados: Foram recrutados 100 universitários de diferentes cursos, que apresentavam média de idade de 22,6 ± 3,95 anos, sendo a maioria (74%) do sexo feminino e 45% do último ano de graduação. Em relação ao quadro álgico, 71% dos participantes relataram sentir mais dores durante a pandemia e 66% disseram que essas dores influenciaram em sua qualidade de vida. A região de dor mais relatada foi a região escapular (44%), seguida da parte frontal da cabeça (43%). A média da pontuação dos domínios da qualidade de vida foram: relações sociais (65,92), físico (62,24), meio ambiente (59,02) e psicológico (57,36). Conclusão: Os universitários apresentaram uma qualidade de vida reduzida associada a um quadro álgico relevante durante a pandemia.
This article proposes the evaluation of the passive movement of the affected elbow during the pendulum test in people with stroke and its correlation with the main clinical scales (Modified Ashworth Scale, Motor Activity Log, and Fulg Meyer). An inertial sensor was attached to the forearm of seven subjects, who then passively flexed and extended the elbow. Joint angles and variables that indicate viscoelastic properties, stiffness (K), damping (B), E1 amp, F1 amp, and relaxation indices were collected. The results show that the FM scale is significantly correlated with the natural frequency (p = 0.024). The MAL amount-of-use score correlates with the natural frequency (p = 0.024). The variables E1 amp, F1 amp, RI, and ERI are not correlated with the clinical scales, but they correlate with each other; the variable E1 amp correlates with F1 amp (p = 0.024) and RI (p = 0.024), while F1 amp correlates with ERI (p = 0.024). There was also a correlation between the natural frequency and K (r = 0.96, p = 0.003). Non-linear results were found for the properties of the elbow joint during the pendulum test, which may be due to the presence of neural and non-neural factors. These results may serve as a reference for future studies if alternative scales do not provide an accurate reflection.
Introdução: Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças, caracterizado pelo crescimento anormal e acelerado de células, podendo ser considerado sólido ou hematológico. As neoplasias hematológicas levam a alterações específicas que podem contribuir para a inatividade, principalmente pelo alto risco de sangramento, induzindo perdas funcionais, tornando importante a realização da fisioterapia para prevenir ou minimizar essas perdas. Objetivo: Analisar a força muscular e a mobilidade de pacientes com câncer hematológico internados em um hospital de referência do Distrito Federal. Método: Estudo quantitativo, retrospectivo e longitudinal. A coleta foi realizada a partir de dados secundários de prontuários eletrônicos e planilhas de acompanhamento da fisioterapia, abrangendo o período de junho a dezembro de 2020. Foram analisadas a força muscular, por meio da dinamometria manual e da escala Medical Research Council (MRC), e a mobilidade, por meio da ICU Mobility Scale (IMS). Resultados: Dos 86 indivíduos rastreados, 43 foram elegíveis para a pesquisa. A análise entre a admissão e a alta hospitalar não revelou diferenças significativas na força muscular e mobilidade. Houve associação moderada e significativa entre MRC e IMS na admissão (r=0,575 e p<0,001) e na alta (r=0,481 e p=0,001). Não houve associações significativas entre dinamometria e mobilidade. Conclusão: Este estudo permitiu identificar o perfil dos pacientes onco-hematológicos em acompanhamento, sugerindo que a fisioterapia contribuiu para a manutenção da funcionalidade desses doentes.
RESUMO Introdução: A expectativa de vida tem crescido devido à predominância de doenças crônicas em substituição às doenças infecto-contagiosas aumentando então, a morbidade. Objetivo: Analisar a capacidade funcional de idosos que tiveram quedas, e dos que não tiveram quedas no último ano. Métodos: Estudo caso-controle composto por dois grupos, o grupo 1 por idosos que tiveram queda(s) no último ano e o grupo 2 composto pelos idosos que não tiveram. Foram utilizadas para a avaliação da capacidade funcional a escala internacional de eficácia de quedas (FES-I-Brasil), o questionário Internacional do nível de atividade física (IPAQ), o teste de alcance funcional anterior (TAF), o Timed Get Up and Go (TUG) e o teste de preensão palmar. Resultados: Foram incluídos 27 idosos no estudo, sendo 7 do grupo de caidores e 20 do não caidores. No grupo dos caidores, o tempo do TUG foi maior, assim como a FES-I-Brasil, porém o TAF e os valores de preensão palmar tanto direito como esquerdo foram menores quando comparados ao grupo de não caidores. Na escala IPAQ, os valores foram superiores em todas as estratificações no grupo de não caidores, exceto “irregularmente ativos A”. Nenhuma variável teve associação com as quedas dos idosos. Conclusão: A maioria dos idosos que realizaram exercícios com frequência tiveram a capacidade funcional considerada boa, o equilíbrio anterior sem alteração, assim como o risco de quedas moderado e esporádico e o menor risco de dependência funcional futura, considerando o nível de atividade ativo ou irregularmente ativo. Palavras-chave: Envelhecimento. Atividade física. Comportamento sedentário.
Introdução. Os estudos realizados com indivíduos com Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser um grande desafio, principalmente durante a internação hospitalar. Objetivo. Analisar as principais dificuldades encontrados na realização de um estudo com pacientes hospitalizados com AVC agudo. Método. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, ocorrido durante a realização de um estudo em um hospital público terciário do Distrito Federal. Os critérios de inclusão foram: diagnóstico único de AVC, 24 a 72 horas do evento, ambos os sexos, idade igual ou superior a 18 anos, lesão na artéria cerebral média; colaboração à solicitação de comandos simples, IMS entre 1 e 3. Foram excluídos indivíduos que tinham doença sistêmica avançada, hipertensão intracraniana ou risco de evolução clínica evidenciada pela equipe médica, intervenção cirúrgica neurológica prévia, uso de antidepressivos ou antipsicóticos, AVC associado à hemorragia subaracnóide aguda traumática ou hemorragia subdural aguda. Resultados. Após os critérios de inclusão, 29 indivíduos do total de 347 foram selecionados para o estudo. Destes, por motivo de óbito, transferências, complicações hospitalares, permaneceram no estudo 19 indivíduos. Após o início da intervenção, ainda houve a perda de mais 3 indivíduos. Conclusão. Os estudos com indivíduos no estágio agudo do AVC são complexos de serem realizados pela gravidade do quadro neurológico e clínico, além da heterogeneidade da amostra, sendo essencial a escolha adequada de estratégias de recrutamento e manutenção do indivíduo durante a realização destes estudos.
Introdução: a DPOC é definida como uma doença prevenível e tratável, caracterizada por limitação progressiva do fluxo aéreo. Calcula-se que no Brasil seja a doença respiratória que causa maior morbimortalidade em adultos. Pacientes que realizam reabilitação pulmonar necessitam de menos visitas ao médico ocasionadas por exacerbações e, quando ficam internados, permanecem por menos tempo. Há, consequentemente, aumento da qualidade de vida e melhora na capacidade de realizar exercícios físicos. Objetivos: descrever as intervenções fisioterapêuticas e seus desfechos em pacientes com DPOC. Métodos: trata-se de um estudo observacional retrospectivo, por meio da análise de prontuários com dados de janeiro a dezembro de 2019 em um hospital terciário do DF. Resultados: o resultado demonstrou maioria de indivíduos do sexo masculino (63%) com idade média de 72,4 anos. Além disso, a média do tempo de internação foi de 5,56 dias e 44,4% dos indivíduos apresentavam outras comorbidades associadas à DPOC. A maioria dos pacientes utilizaram VMNI (18,5%) e 14,8% utilizaram VM. Cerca de 11% dos pacientes admitidos no Pronto Socorro evoluíram a óbito. A VMNI foi utilizada como principal recurso fisioterapêutico juntamente mobilização precoce. Conclusão: A VMNI foi utilizada como principal recurso fisioterapêutico aliada à mobilização precoce, e a maior ocorrência de insucesso pode ser justificada pelo fato de os pacientes serem mais graves, com comorbidades associadas e idade mais avançada.
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