A área de conservação de têxteis históricos, ainda pouco difundida no Brasil, encontra-se, hoje, em uma fase de reavaliação de seus métodos de trabalho e filosofia de intervenção. A expressão "/ess is more", pode ser considerada definidora dessa nova prática e característica dos anos 90.Um novo ideá rio, baseado no respeito às características dos objetos, em abordagens menos intervencionistas, pouco químicas, de preservação, e, principalmente, no fim do mito da reversibilidade em conservação/restauração, trouxe à área têxtiL como às demais, uma série de mudanças em procedimentos e posturas até então considerados consensuais pelos principais centros de competência. Espera-se, hoje, muito mais, que o conservador/restaurador exerça o papel de um administrador dos processos de deterioração dos objetos, do que aquele anterior, do profissional que, embora apoiado em métodos e técnicas científicas, causava modificações irreversíveis nos objetos.Mas essa discussão apenas se inicia e podemos sugerir que se encontrem, hoje, duas principais linhas de abordagem.Uma primeira, acreditamos, seria aquela que privilegia os aspectos estéticos de um objeto e por eles justifica seus métodos de intervenção e filosofia de preservação. Situa-se nessa linha, por certo, a Fundação Abegg, na Suíça, que mantém inalterados seus métodos de trabalho desde os anos 60. Uma segunda linha, menos intervencionista, mais engajada nas novas idéias de fim-de-século, seria aquela que defende a intervenção mínima, enfatizando o trabalho preventivo e justificando a restauração apenas como último recurso. Assim parecem trabalhar
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