RESUMO Introdução: Um filho com diagnóstico de Paralisia Cerebral acarreta mudanças estruturais e organizacionais na vida de uma família. O diagnóstico afeta o contexto familiar provocando conflitos, medo, incerteza e dúvidas. Objetivo: Conhecer quais foram as mudanças ocorridas no cotidiano de mães que apresentam um(a) filho(a) com Paralisia Cerebral e as dificuldades enfrentadas no seu dia a dia como mãe cuidadora. Material e Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo exploratório. A população do estudo foi composta por 11 mães cuidadoras de crianças com Paralisia Cerebral e a coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista semiestruturada, baseada em duas perguntas norteadoras: (1) "Quais mudanças ocorreram no seu dia a dia depois que foi diagnosticado o problema do seu filho (a)?"; (2) "Quais as principais dificuldades que você enfrenta por ser mãe cuidadora de uma criança com Paralisia Cerebral?". As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra para serem analisadas com o Método da Análise do Conteúdo de Bardin. Resultados: Percebe-se a abdicação das mães cuidadoras com relação à vida social, profissional e até mesmo pessoal em prol de seus filhos. Quanto às dificuldades vivenciadas, observam-se situações de preconceito, dificuldades de acessibilidade, transporte e de inclusão escolar. Esses empecilhos ocasionam uma sobrecarga física, psicológica e financeira da mãe cuidadora. Conclusão: Compreender a percepção das mães cuidadoras frente a essas adversidades é o primeiro passo para que os profissionais de saúde possam desenvolver ações, como as redes de apoio, por exemplo, que ofereçam suporte psicológico e social a essas mulheres.
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