O estudo analisa a associação entre letramento funcional em saúde e adesão à medicação anti-hipertensiva. Estudo transversal, com aplicação de formulário a 340 usuários da Estratégia Saúde da Família, segundo características sociodemográficas, relacionadas ao paciente, à doença e ao tratamento, à equipe e ao serviço de saúde. A adesão medicamentosa foi mensurada pela MMAS-8 e o letramento funcional em saúde foi medido pelo B-TOFHLA. Foi utilizado o modelo de regressão de Poisson. A prevalência de não adesão foi de 24,1% (IC95%:19,7–28,5). Baixo letramento funcional em saúde foi encontrado em 80,3% dos hipertensos. Os fatores associados à não adesão foram não acreditar na importância dos medicamentos, maior frequência na tomada dos medicamentos por dia, não compreensão das orientações e explicações dadas pelos profissionais de saúde e maior dificuldade em conversar com os profissionais. Conclui-se que, com mudanças baseadas na complexidade do regime terapêutico, e ainda identificando-se as limitações dos usuários em relação ao acesso e à compreensão das informações e orientações repassadas, a equipe de saúde pode elaborar estratégias que favoreçam a comunicação entre profissionais de saúde e usuários, compensando, assim, os baixos níveis de letramento funcional em saúde.
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