Este trabalho busca descrever e analisar as estratégias de inclusão socioprodutiva adotadas pelas integrantes da Associação de Mulheres “Resgatando Sua História”, localizada no povoado de Lagoa da Volta, município de Porto da Folha, no sertão de Sergipe, ao tempo em que discute a agroecologia como estratégia de convivência com o semiárido. Metodologicamente, optou-se pelo estudo de caso da referida Associação, sendo realizadas, em 2015, 12 entrevistas semiestruturadas além de registros fotográficos, de áudio e anotações no caderno de campo. Destaca-se que as associadas desenvolvem diversas atividades agrícolas e não agrícolas que contribuem diretamente para a renda das mulheres, para a segurança alimentar das famílias e para a convivência com o semiárido. As entrevistadas organizaram suas estratégias socioprodutivas a partir do associativismo que, em conjunto com as atividades de base agroecológica, apresentam-se como forma de inclusão socioprodutiva e participativa das mulheres e de sustentabilidade da vida e do ambiente no semiárido.
Este trabalho tem como objetivo avaliar se o sistema produtivo orgânico pode gerar uma melhoria das condições socioeconômica e ambiental dos agricultores familiares no semiárido nordestino. Para se chegar a uma resposta conclusiva e sólida sobre o objetivo exposto acima, foi necessário realizar uma ampla pesquisa bibliográfica acerca das temáticas: agricultura sustentável e orgânica, sustentabilidade agrícola, problemas socioeconômicos inerentes à agricultura, dentre outros temas. Também, foi realizada uma pesquisa sobre a situação social, econômica e ambiental dos agricultores familiares que estão manejando organicamente suas propriedades rurais no semiárido alagoano, tendo como referência os projetos agroecológicos conduzidos pela ONG Movimento Minha Terra – MMT. Após a delimitação do objetivo, da definição da problematização e da metodologia que iria ser utilizada, foi iniciada a pesquisa que chegou a resultados reveladores sobre a inserção do sistema agrícola orgânicos em estabelecimentos rurais no semiárido alagoano. Observou-se que a agricultura orgânica pode gerar um ambiente de independência econômica e social para os agricultores familiares em áreas que apresentem restrições ecológicas que dificultem a prática da agropecuária, inserindo os agricultores no sistema econômico, melhorando a sua condição econômica e propiciando uma melhor qualidade de vida para a sua família. Além disso, percebe-se que com o sistema produtivo orgânico pode ser evitado o absurdo êxodo rural, fato esse que contribui para o inchaço populacional das cidades, expande os bolsões de miséria, aumenta os índices de violência, degrada o meio ambiente, dentre outros fatores negativos.
RESUMO: A contabilidade rural não deve ser apenas usada com a finalidade fiscal, visto que esta é também uma ferramenta de gestão. Assim, o trabalho objetiva investigar como é determinado o preço de venda dos ovos de galinhas caipira, pelos produtores de Santana do Ipanema – AL inseridos no Programa de Avicultura Familiar (PAF). Metodologicamente a pesquisa tem uma abordagem quantitativa e qualitativa, dentre os procedimentos adotados foi realizada busca de informações na Cooperativa de avicultores e na Secretaria de Agricultura de Santana do Ipanema, em um segundo momento foi concretizada 44 entrevistas semiestruturada com os avicultores ativos no PAF. Constatou-se que os avicultores familiares estudados afirmam que não têm conhecimento sobre contabilidade e sobre nenhum método de mensuração dos custos de produção, assim não utilizam as informações contábeis e de custos para auxiliarem na formação do preço de venda dos seus produtos. Portanto, o preço de venda praticado é determinado pela cooperativa de avicultores que se baseia no levantamento de custos realizado pela assistência técnica ofertada aos cooperados. PALAVRAS-CHAVE: Contabilidade Rural. Avicultura Familiar. Contabilidade de Custos.
RESUMO: Esta pesquisa se dá no meio rural do Alto Sertão de Sergipe e tem como objetivo discutir aspectos sobre a autonomia e o empoderamento das mulheres que se organizam associativamente e produzem segundo preceitos agroecológicos. Para melhor compreender a realidade social dessas camponesas, metodologicamente optou-se pelo Estudo de Caso na Associação de Mulheres “Resgatando Sua História”, a pesquisa foi realizada em 2015 e 2019 e teve como principais procedimentos para coleta de dados: observações diretas, entrevistas com as todas as associadas, condução de grupo focal e pesquisa documental e utiliza-se, predominantemente, a análise qualitativa das informações. Verificou-se que a opção das mulheres pela agroecologia e pelo trabalho coletivo na Associação colabora para que as associadas protagonizem a organização das atividades produtivas agrícolas e não agrícolas, e participem na construção da renda monetária e não monetária das famílias rurais, o que tem contribuído para a segurança alimentar das famílias e para a afirmação dessas mulheres como protagonistas na gestão de seus modos de vida. A organização social das mulheres culminou na construção de uma identidade coletiva onde é notório a sociabilidade e o aumento da autoestima das associadas. Assim, o processo de associativismo proporcionou a inclusão social, econômica e política das mulheres e, portanto, pode ser considerado uma estratégia na busca por autonomia, pois fez com que as associadas transformassem a realidade cultural, de mulher sertaneja, superando as adversidades através da Associação, onde passaram a experimentar o status de serem donas de suas vidas e expressam o sentimento de empoderamento. PALAVRAS-CHAVE: Associativismo, Gênero, Agroecologia.
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar os processos de gestão e as relações em torno da tomada de decisão na Associação de Mulheres “Resgatando sua História”, localizada no meio rural do Sertão de Sergipe. Com esse intuito, esta pesquisa foi desenvolvida sob uma ótica da interpretação interdisciplinar dos fatos observados, a partir da área de estudo das Ciências Sociais, utilizando uma abordagem qualitativa para a análise das informações coletadas. Para tal perspectiva analítica, os dados foram obtidos por meio de entrevistas individuais com todas as sócias e com cinco ex-integrantes da Associação; aplicação de questionário com dois técnicos de instituições parceiras; condução de grupo focal com as associadas; pesquisa documental; anotações em diário de campo; participação em reuniões ordinárias da Associação e observação sistemática. Graças às análises, verificou-se o protagonismo e a autonomia decisória das sócias na administração desse coletivo, bem como a apropriação pelas agricultoras-gestoras de instrumentos de controle, com a construção de um sistema de gestão adaptado a sua realidade e demandas. Assim, as mulheres desenvolveram uma autogestão das atividades da Associação e dos recursos endógenos de forma democrática e participativa, seguindo lógicas encontradas em literaturas sobre as formas de gestão de Empreendimentos Econômicos Solidários.
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